Em 2026, os motociclistas na Colômbia passarão a conviver com um conjunto de exigências técnicas que muda de forma significativa a forma de circular pelas vias. A nova regulamentação, impulsionada pelo Ministério dos Transportes em parceria com a Agência Nacional de Segurança Viária, pretende elevar o padrão de segurança das motos vendidas no país, com regras claras para sistemas de freios e pneus, além de novos critérios de rotulagem e certificação.
Regulamentação para motos na Colômbia em 2026 muda padrão de segurança
A expressão regulamentação para motos na Colômbia em 2026 resume um pacote de regras técnicas que busca reduzir acidentes e padronizar itens de segurança. O foco está em dois pontos centrais: sistemas de frenagem avançados e requisitos específicos para as pneus aplicáveis a motos novas vendidas no país.
A partir de 13 de outubro de 2026, as motos novas terão de demonstrar, por meio de ensaios laboratoriais, que atendem a critérios de desempenho definidos em normas internacionais. Esse processo de verificação se aplica tanto aos veículos de duas quanto de três rodas, com rigor técnico semelhante ao adotado em outros mercados.
Quais são as novas regras para pneus de motos na Colômbia?
No caso dos pneus, a resolução editada em 2022 foi prorrogada para entrar em vigor apenas em 2026, dando tempo para adaptação da indústria. Ela determina que cada llanta destinada a motocicletas apresente um rotulado obrigatório, com informações padronizadas e facilmente verificáveis por consumidores e autoridades.
Esse rótulo deve incluir número de regulamento, série e dados de homologação, quando aplicável, todos legíveis a olho nu. As informações precisam ser completas, verdadeiras e escritas em alfabeto latino ou romano, permitindo identificar a origem, o tipo de uso previsto e as principais características técnicas do componente.
Quais são os requisitos para pneus e freios das motocicletas?
A regulamentação para motos na Colômbia em 2026 estabelece responsabilidades específicas para fabricantes, importadores e distribuidores. Produtores e fornecedores de veículos novos que utilizem pneus pneumáticas, assim como fabricantes e distribuidores de pneus de reposição, deverão garantir que os produtos estejam certificados e adequadamente rotulados.
As categorias abrangem pneus para primeiro equipamento e para o mercado de substituição, cobrindo toda a cadeia de fornecimento. O objetivo é evitar a circulação de componentes sem comprovação de desempenho mínimo e assegurar rastreabilidade em eventuais campanhas de segurança ou recalls de pneus.
Quais são as novas exigências para sistemas de freios de motos?
Em relação aos freios, o Ministério dos Transportes anunciou o primeiro regulamento técnico de sistemas de frenado aplicado às motocicletas comercializadas no país. Esse regulamento determina que, a partir de outubro de 2026, as motos novas passem a sair de fábrica com sistemas CBS (frenagem combinada) ou ABS (antibloqueio), conforme cilindrada ou potência do motor.
Além disso, o veículo terá de exibir, em local visível e de fácil acesso, um marcaje com dados técnicos do sistema de freios, também em alfabeto latino ou romano e de forma permanente e legível. Abaixo estão os principais limites de cilindrada e potência definidos pela norma para cada tipo de sistema:
- Motos com cilindrada maior que 50 cm³ ou potência nominal superior a 4 kW: obrigatoriedade de CBS ou ABS.
- Motos com cilindrada maior que 150 cm³ ou potência nominal superior a 11 kW: obrigatoriedade de ABS.
- Após o período de transição: motos acima de 125 cm³ devem ter ABS; motos até 125 cm³, CBS ou ABS.
Os comercializadores terão de obter um certificado de conformidade de produto para os sistemas de frenagem instalados nas motocicletas. Esse certificado comprova que todas as exigências técnicas e os ensaios previstos na norma foram cumpridos antes da oferta ao consumidor.
Como funcionam os sistemas ABS e CBS exigidos para 2026?
Dentro da regulamentação para motos na Colômbia em 2026, o sistema ABS é apontado como um elemento central de segurança ativa. O antibloqueio de freios mede constantemente a velocidade de giro de cada roda, a pressão aplicada nos freios e, em modelos mais avançados, até a inclinação da moto para modular a frenagem.
Já o CBS, ou sistema de frenagem combinada, atua distribuindo automaticamente a força de frenagem entre as duas rodas, mesmo que apenas um manete ou pedal seja acionado. Em frenagens bruscas, isso ajuda a compensar a transferência de peso e reduz a chance de derrapagens, resultando em maior estabilidade e distância de parada menor.
- O motociclista aciona o freio.
- Os sensores identificam a força e a velocidade de rotação das rodas.
- No ABS, a unidade de controle alivia e reaplica a pressão para evitar o travamento.
- No CBS, a força é redistribuída automaticamente entre os freios dianteiro e traseiro.
- O resultado é uma frenagem mais curta e com menor risco de derrapagem.
Segundo dados apresentados por autoridades de trânsito, motociclistas figuram entre os usuários mais vulneráveis no trânsito colombiano, com participação expressiva nas estatísticas de vítimas fatais. Ao padronizar o uso de ABS e CBS conforme a cilindrada, o regulamento busca reduzir essas ocorrências e fortalecer a segurança viária.
Como a regulamentação impacta os brasileiros que vivem na Colômbia
Para os brasileiros que vivem na Colômbia e utilizam motocicletas no dia a dia seja para trabalho, estudo ou mobilidade urbana a regulamentação em 2026 traz impactos práticos semelhantes aos enfrentados pelos colombianos, mas com alguns pontos específicos de atenção. Muitos brasileiros já estão acostumados, no Brasil, com a presença de ABS e CBS em motos novas devido às normas do CONTRAN, o que pode facilitar a adaptação e a compreensão dos requisitos técnicos adotados na Colômbia.
Quem pretende comprar uma moto zero quilômetro em território colombiano após a entrada em vigor da norma deverá verificar, na documentação e nos rótulos, se o modelo cumpre as exigências de freios e de pneus certificadas. Isso vale tanto para residentes permanentes quanto para estudantes, trabalhadores temporários ou empreendedores brasileiros que atuam em serviços de entrega, mototáxi ou aplicações de mobilidade por aplicativo.
Brasileiros que planejam levar uma motocicleta do Brasil para a Colômbia (por mudança definitiva ou viagens prolongadas) precisam considerar que, para registro local, importação ou regularização, o veículo tende a ser cobrado pelos mesmos padrões de segurança exigidos para motos vendidas no mercado interno colombiano. Ter ABS ou CBS e pneus adequadamente rotulados e certificados pode facilitar processos de homologação, evitar problemas em inspeções técnicas e reduzir o risco de infrações.
