A Linha 17-Ouro do monotrilho de São Paulo entrou na reta final de implantação e passou a representar uma das principais apostas de mobilidade na zona sul da capital. Com 93% das obras civis concluídas, o projeto que conectará diretamente o Aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos avança com ritmo acelerado e previsão de início de operação em março de 2026, segundo o cronograma atualizado, prometendo reorganizar deslocamentos em uma região marcada por congestionamentos intensos e grande concentração de empregos.
Como está o avanço das obras nas estações da Linha 17-Ouro?
Os dados mais recentes indicam que as estações da Linha 17-Ouro se aproximam do estágio final, com índices superiores a 90% de execução em quase todas as paradas. Estações estratégicas para a integração com outras linhas se destacam: Morumbi alcançou 99%; Vereador José Diniz, 98%; Aeroporto de Congonhas, 97%; e Campo Belo, 95%, todas já com escadas rolantes, elevadores e áreas para sistemas de bilhetagem.
O foco atual está nos acabamentos e na preparação para receber o público, com instalação de sinalização interna e externa, sistemas de controle de acesso, equipamentos de segurança e paisagismo externo. Esses elementos são essenciais para garantir operação contínua, acessibilidade adequada e cumprimento das normas técnicas atualizadas nas oito estações do trecho prioritário.
Quais são as principais características da Linha 17-Ouro?
A Linha 17-Ouro foi planejada como um eixo de transporte de alta capacidade na zona sul, com conexão direta ao Aeroporto de Congonhas por meio de um túnel sob a avenida Washington Luís, evitando travessias em nível. No trecho prioritário, entre Congonhas e Morumbi, serão 6,7 km de extensão, oito estações e um pátio de manutenção, o Pátio Água Espraiada, que concentrará operação, estacionamento e serviços dos trens.
A linha contará com 14 trens, dos quais oito já chegaram ao pátio e estão em fase de testes e comissionamento, que incluem verificação de tração, freios, comunicação, alimentação elétrica e integração com a sinalização de via. Esses procedimentos são fundamentais para a emissão de certificados de segurança antes do início da operação comercial, previsto para o primeiro trimestre de 2026. Veja os detalhes da linha:
| Característica | Detalhes |
|---|---|
| Tipo de sistema | Monotrilho elevado |
| Cor / Número | Linha 17-Ouro |
| Extensão aproximada | 6,7 km |
| Número de estações | 8 estações |
| Município atendido | São Paulo |
| Integrações | • Linha 9-Esmeralda (CPTM) • Linha 5-Lilás (Metrô) |
| Principais regiões atendidas | • Zona Sul • Entorno do Aeroporto de Congonhas |
| Objetivo principal | • Melhorar o acesso ao aeroporto • Reduzir tempo de deslocamento |
| Capacidade estimada | • Até 100 mil passageiros/dia |
| Status da obra | • Em fase final de implantação |
Como a Linha 17-Ouro deve impactar a mobilidade?
Localizada na zona sul, a Linha 17-Ouro foi desenhada para atuar como elo entre o aeroporto, bairros adensados e importantes eixos de negócios, com integração à Linha 9-Esmeralda (CPTM) e à Linha 5-Lilás (Metrô/PPP). Essa conexão deve facilitar deslocamentos para regiões como Pinheiros, Santo Amaro, Moema, Osasco e o entorno da avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, que concentra edifícios corporativos e serviços.
Com previsão de atender quase 100 mil passageiros por dia, a linha tende a redistribuir parte da demanda hoje concentrada em corredores viários saturados e em outros ramais ferroviários. Entre os principais benefícios esperados para a mobilidade urbana, destacam-se:
- Melhor conexão com o Aeroporto de Congonhas, reduzindo dependência de carros, táxis e aplicativos;
- Integração direta com sistemas sobre trilhos, ampliando opções e rotas alternativas de viagem;
- Redução da circulação de veículos em vias como a avenida Washington Luís e avenidas do entorno imediato;
- Aumento da previsibilidade de viagens em horários de pico e maior confiabilidade nos tempos de deslocamento.
O que ainda falta para o início da operação da Linha 17-Ouro?
Mesmo com 93% das obras civis concluídas, ainda restam etapas importantes antes da abertura ao público, como a conclusão de acabamentos nas estações, a instalação definitiva dos sistemas de controle e sinalização e os testes dinâmicos com os trens. Esses testes em conjunto simulam situações reais de circulação, paradas em plataforma, comunicação entre trens e centro de controle, além de procedimentos de emergência.
Após o comissionamento técnico e a liberação dos órgãos de segurança metroferroviária, a Linha 17-Ouro iniciará a operação assistida, em que os trens circulam com passageiros sob monitoramento intensivo. Nessa fase, serão ajustados intervalos, capacidade e fluxos de acesso, consolidando o monotrilho como alternativa relevante de transporte na zona sul paulistana e conectando de forma estável o Aeroporto de Congonhas à malha de trilhos. Veja mais detalhes das obras em SP no vídeo divulgado pelo Governo do Estado de São Paulo, via YouTube:
FAQ sobre a Linha 17-Ouro
- Quando a Linha 17-Ouro deve começar a funcionar? A previsão atual é de início de operação no primeiro trimestre de 2026, após a conclusão dos testes e a obtenção dos certificados de segurança.
- Quantos trens vão circular na Linha 17-Ouro? A linha terá 14 trens ao todo, sendo que oito já se encontram no Pátio Água Espraiada em fase de testes e comissionamento.
- Qual será a extensão da Linha 17-Ouro no trecho inicial? O trecho prioritário, entre o Aeroporto de Congonhas e Morumbi, terá 6,7 km de extensão com oito estações em operação.
- Quantas pessoas a Linha 17-Ouro deve transportar por dia? A estimativa é de atendimento a quase 100 mil passageiros diariamente, considerando a demanda da região e as integrações com outras linhas.