A duplicação e restauração da PRC-272, entre Mauá da Serra e Lidianópolis, no Vale do Ivaí, é tratada como um divisor de águas para a logística regional do Paraná. O trecho de 54,81 quilômetros, hoje fundamental para o escoamento da produção agropecuária, passa a integrar um corredor rodoviário contínuo em pavimento de concreto, ligando a BR-376 à PRC-466 e conectando o norte, o noroeste e o centro-sul do estado, com expectativa de ganhos em previsibilidade, segurança e competitividade para a economia local.
Como a duplicação da PRC-272 e o pavimento de concreto impactam a logística?
A duplicação da PRC-272 tem como pilar o uso de pavimento rígido de concreto, aplicado pela técnica de whitetopping, em que o asfalto existente é mantido como base. Essa solução aumenta a resistência estrutural da via, reduz a necessidade de manutenção frequente e projeta vida útil em torno de 30 anos, com foco em intervenções pontuais.
Com menos frentes de obra para tapar buracos ou refazer trechos danificados, há menor probabilidade de paradas inesperadas e congestionamentos localizados. Para produtores rurais e transportadoras, isso significa viagens mais regulares, redução de atrasos, menor desgaste de veículos e planejamento logístico com maior segurança no cumprimento de prazos. Veja como a logística será impactada:
- Aumento da capacidade viária: duplicação reduz gargalos, melhora a fluidez e permite maior volume de tráfego de cargas
- Mais previsibilidade no transporte: menos congestionamentos e ultrapassagens perigosas reduzem atrasos logísticos
- Menor custo operacional: pavimento de concreto tem maior durabilidade e menos intervenções de manutenção
- Redução de interrupções: obras menos frequentes diminuem desvios e paradas inesperadas na rota
- Maior eficiência para cargas pesadas: concreto suporta melhor o tráfego intenso de caminhões
- Ganhos em segurança viária: separação de pistas reduz acidentes e perdas no transporte
- Integração regional: melhora o escoamento da produção agrícola e industrial do Vale do Ivaí
Quais características da rodovia favorecem segurança?
O projeto, coordenado pelo DER-PR e pela Secretaria de Infraestrutura e Logística, não se limita à duplicação de faixas. Inclui restauração completa da pista atual, revisão de traçado em pontos críticos, acostamentos padronizados e dispositivos voltados à segurança de moradores, pedestres e usuários do transporte coletivo.
As faixas de rolamento terão 3,60 metros e os acostamentos, 2,50 metros, beneficiando veículos leves e caminhões articulados. A implantação de 31,7 quilômetros de terceiras faixas em subidas deve reduzir ultrapassagens arriscadas, minimizar filas atrás de caminhões e diminuir o risco de colisões frontais em trechos íngremes.
Como será a execução da obra e o controle do tráfego na PRC-272?
Durante a execução dos trabalhos, o tráfego será mantido com sistema de pare-e-siga, sem bloqueios totais do trecho, priorizando a continuidade do corredor em períodos de safra. A operação em um lado da pista enquanto o outro recebe o concreto busca equilibrar segurança, produtividade da obra e circulação de cargas.
Após a entrega, o comportamento do tráfego de cargas será monitorado, com possibilidade de implantação de balanças estáticas e dinâmicas ao longo do trecho. O controle de excesso de carga é considerado fundamental para preservar a durabilidade do pavimento de concreto e evitar deformações precoces, mantendo custos de manutenção sob controle. O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) mantém, no momento, seis processos licitatórios de obras com valores sob sigilo, divulgados recentemente. Pelo tamanho dos projetos, a soma dos editais lançados pelo órgão em 2025 deve superar R$ 8 bilhões destinados a investimentos na rede rodoviária estadual. Veja os detalhes das obras na região:
Quais os benefícios da duplicação da PRC-272 no Vale do Ivaí?
A obra insere a PRC-272 no eixo central de rodovias que conecta Guarapuava à BR-369, em Campo Mourão, e à BR-376, em Mauá da Serra, articulando-se com novos lotes de concessão. Com isso, o Vale do Ivaí passa a integrar um corredor logístico de maior escala, apto a absorver o crescimento do tráfego e oferecer rotas alternativas para o escoamento de grãos, insumos e produtos industrializados.
Além de melhorar o fluxo de veículos, o projeto prevê intervenções urbanas e rurais, como viadutos, vias marginais, adequação de trevos, calçadas acessíveis, abrigos de ônibus e dispositivos de travessia segura. Essas soluções buscam reduzir riscos para pedestres, organizar o contato entre trânsito local e de longa distância e estimular empreendimentos logísticos, cooperativas e armazéns, apoiados por investimentos de mais de R$ 2 bilhões em pavimentação de concreto na região. Veja os impactos na região:
| Categoria | Benefícios |
|---|---|
| Segurança viária | • Redução de acidentes por eliminação de trechos de pista simples e criação de faixas adicionais (terceiras faixas e acostamentos). |
| • Correção de geometria de curvas e subidas, melhorando ultrapassagens e diminuindo risco de colisões. | |
| Fluxo de tráfego | • Maior fluidez e capacidade da rodovia ao separar fluxo de veículos pesados e leves. |
| • Redução de filas e gargalos, principalmente em trechos de subida. | |
| Logística e economia | • Criação de um corredor logístico mais eficiente ligando o Vale do Ivaí a importantes eixos do Paraná. |
| • Facilita o escoamento da produção agrícola e industrial da região. | |
| • Aumento da competitividade e potencial atração de novos empreendimentos. | |
| Infraestrutura | • Pavimento de concreto mais durável e de menor necessidade de manutenção. |
| • Implantação de viadutos, acostamentos amplos, iluminação e dispositivos de segurança. | |
| Desenvolvimento regional | • Possível geração de empregos durante a obra e estímulo ao desenvolvimento local. |
FAQ sobre a duplicação da PRC-272
- A PRC-272 terá pedágio após a duplicação? Até o momento, não há anúncio específico de praça de pedágio no trecho Mauá da Serra–Lidianópolis. Eventuais tarifas dependerão de futuros contratos de concessão e da modelagem adotada pelo governo.
- Quando a duplicação da PRC-272 deve ser finalizada? O cronograma detalhado é definido nos editais e contratos com as empreiteiras. Em geral, obras desse porte se estendem por alguns anos, variando conforme clima, licenciamento e ajustes de projeto.
- Produtores rurais terão novos acessos à rodovia? O projeto inclui adequação de trevos, vias marginais e acessos, o que tende a reorganizar entradas e saídas de propriedades. Em muitos casos, isso significa acessos mais seguros e com melhor visibilidade.
- O que acontece com o tráfego de ônibus intermunicipais durante a obra? As linhas que utilizam a PRC-272 seguem operando, com eventuais ajustes de horário devido ao sistema de pare-e-siga. A circulação é mantida durante toda a execução dos serviços.