A duplicação da BR-116 no Rio Grande do Sul entrou em fase decisiva, com avanço visível em viadutos, pavimentação e novas estruturas de segurança ao longo do trecho entre Guaíba e Pelotas. Conduzido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o empreendimento já tem 85,2% das obras executadas, o que representa cerca de 180 quilômetros entregues, em um total de 211,2 quilômetros previstos, considerados peça-chave para o transporte de cargas e a mobilidade na região sul do estado.
Como será a duplicação da BR-116/RS entre Guaíba e Pelotas?
O projeto de duplicação entre Guaíba e Pelotas integra o Novo PAC e conta com investimento de aproximadamente R$ 1,6 bilhão do Governo Federal. Além da ampliação de faixas de rolamento, abrange travessias urbanas, ruas laterais, retornos operacionais, pontes, viadutos e passarelas para pedestres, reorganizando o tráfego em áreas urbanas e ligando a Região Metropolitana aos portos de Rio Grande e Pelotas.
Segundo o DNIT, cerca de 3,8 mil caminhões de carga e mais de 2,2 mil veículos de passeio utilizam diariamente o trecho contemplado. Ao separar fluxos, criar vias marginais e liberar novos acessos, a expectativa é reduzir conflitos entre veículos pesados e leves e melhorar a mobilidade em 12 municípios da região Sul, com reflexos diretos no transporte, no comércio e no turismo. Veja os detalhes das obras:
| Item | Status / Detalhes |
|---|---|
| Extensão total | 211,2 km entre Guaíba e Pelotas. |
| Percentual concluído | 85% (≈180 km) já duplicados/em operação. |
| Trechos já entregues | Vários segmentos liberados (ex.: 16,4 km recentes). |
| Trechos pendentes | Aproximadamente 31 km ainda em obras. |
| Melhorias previstas | Travessias urbanas, ruas laterais, retornos operacionais, pontes/viadutos. |
| Cronograma de conclusão | Expectativa geral agora em 2026-2027 (com atrasos históricos). |
Quais obras estão em andamento em Camaquã e Cristal?
Em Camaquã, avançam os viadutos nos acessos principais, nos km 397,9 e 400,7, além da segunda parte de uma passagem inferior no km 399,7, que conectará Banhado do Colégio ao bairro Getúlio Vargas com mais segurança. Duas pontes já liberadas, sobre os arroios Duro e do Passinho, ampliam a fluidez e reduzem gargalos temporários gerados pelas frentes de obra.
No município de Cristal, entre o km 422,40 e o km 427, as intervenções se concentram em ruas laterais, em fase de terraplenagem e aplicação de base, destinadas a absorver o trânsito local e alimentar os acessos. Essas vias marginais também servirão de conexão à nova ponte sobre o Rio Camaquã, praticamente concluída e estratégica para a travessia regional e o escoamento de cargas.
Como a obra na BR-116/RS é dividida?
A duplicação da BR-116 no Rio Grande do Sul está distribuída em vários segmentos, com frentes de trabalho em pavimentação, drenagem e dispositivos de acesso. Em São Lourenço do Sul, entre o km 455 e o km 456,1, equipes atuam em reforço de base e adequação das faixas duplicadas, preparando o pavimento para o intenso fluxo de caminhões em direção aos portos.
Em Turuçu, entre o km 487,6 e o km 488,4, e em Pelotas, entre o km 509,4 e o km 511,1, os serviços concentram-se em pavimentação e sistemas de drenagem, essenciais para evitar acúmulo de água e aquaplanagem. No conjunto, viadutos, pontes, ruas laterais e faixas extras reorganizam a rodovia em padrão de corredor logístico moderno, com fluxo mais contínuo e menos interferência urbana. Veja como estão as obras no vídeo divulgado pelo DNIT no Instagram:
Quais são os impactos na economia e na segurança viária?
A duplicação da BR-116/RS deve impactar diretamente o escoamento da produção agrícola da metade sul do estado, que depende dos portos de Rio Grande e Pelotas para exportação. Ao reduzir o tempo de viagem e tornar o tráfego mais previsível, a rodovia oferece maior regularidade ao transporte de produtos perecíveis e às operações logísticas que precisam cumprir janelas de embarque e contratos rígidos de entrega.
Em termos de segurança viária, a segregação de fluxos, o uso de ruas laterais, a construção de passarelas e viadutos e a eliminação de cruzamentos em nível reduzem pontos críticos ao longo do trecho. Para moradores das cidades cortadas pela BR-116, acessos mais bem definidos e passagens inferiores tornam mais seguros os deslocamentos diários para trabalho, escola e serviços básicos, diminuindo a exposição a situações de risco. Veja os impactos da obra:
- Impactos Econômicos
- Melhora no escoamento da produção
Facilita o transporte de produtos agrícolas, industriais e cargas para o Porto do Rio Grande e rotas de exportação, reduzindo gargalos logísticos. - Redução de custos de transporte
Caminhões e veículos passam a trafegar com mais fluidez, diminuindo tempo e despesas com fretes. - Atração de investimentos e desenvolvimento regional
Infraestrutura mais eficiente tende a estimular novos negócios e fortalecer cadeias produtivas na região Sul do RS. - Benefícios para municípios ao longo da rodovia
Melhoria do acesso a mercados e serviços para comunidades de 12 cidades diretamente ligadas ao trecho duplicado.
- Melhora no escoamento da produção
- Impactos na Segurança Viária
- Redução de acidentes graves
A duplicação diminui ultrapassagens perigosas e colisões frontais típicas de pista simples, elevando a segurança no tráfego. - Organização do tráfego urbano e rural
Travessias urbanas, retornos e viadutos reduzem conflitos entre veículos de passagem e tráfego local. - Menos congestionamentos e paradas bruscas
A segunda pista, junto com melhorias como pontes e passarelas, aumenta a fluidez e reduz situações de risco. - Impacto direto na vida das pessoas
Trecho historicamente com número elevado de acidentes e mortes se torna mais seguro com pista dupla e infraestrutura associada.
- Redução de acidentes graves
FAQ sobre a duplicação da BR-116/RS
- A duplicação da BR-116/RS atinge quantos municípios diretamente? O projeto beneficia diretamente 12 municípios da região Sul do Rio Grande do Sul, ao longo do trecho entre Guaíba e Pelotas.
- Por que a BR-116 é considerada um corredor logístico importante? Porque liga a Região Metropolitana de Porto Alegre aos portos de Rio Grande e Pelotas, por onde escoam grandes volumes de carga, especialmente produtos agrícolas.
- Que tipo de veículo mais utiliza o trecho em duplicação? O fluxo é composto principalmente por caminhões de carga, cerca de 3,8 mil por dia, além de mais de 2,2 mil veículos de passeio diariamente.
- As obras incluem passarelas para pedestres? Sim. O projeto prevê passarelas, além de viadutos, pontes, ruas laterais e travessias urbanas, para melhorar atravessias e acessos em áreas habitadas.