A retomada da comercialização de cinco sabores de sorvete da marca Aice reacendeu o debate sobre rotulagem de alimentos no Brasil. A liberação, autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ocorreu após a correção de falhas relevantes nas embalagens, especialmente ligadas a ingredientes com potencial alergênico e ao direito do consumidor à informação clara e adequada.
O que motivou a suspensão dos sorvetes Aice pela Anvisa?
A suspensão dos sorvetes foram motivados pela rotulagem de sorvetes Aice, diretamente ligada às exigências legais para informar ingredientes que podem causar reações adversas. De acordo com a Anvisa, quatro sabores tinham em sua composição o corante tartrazina, sem que essa informação estivesse claramente destacada no rótulo, em desacordo com as normas vigentes.
Em outro sabor, havia presença de amendoim, um dos alergênicos mais críticos, sem qualquer menção no campo de ingredientes ou de alerta específico. Essas falhas são consideradas graves, pois a legislação determina que substâncias com potencial alergênico sejam informadas de forma visível, com avisos como “contém” ou “pode conter”, sob pena de suspensão e recolhimento de lotes.
Quais sabores de sorvete Aice foram afetados pela irregularidade na rotulagem?
Os cinco sabores de sorvete Aice que tiveram a comercialização temporariamente proibida foram identificados pela Anvisa durante fiscalização de rotina e análise de rótulos. Cada um deles apresentava irregularidades ligadas à ausência de indicação adequada de alergênicos, exigindo recolhimento e reetiquetagem das embalagens.
A seguir estão os sabores que passaram por correção após o processo de revisão, com destaque para o tipo de falha apontada pelo órgão regulador:
- Milk Melon – não informava a presença do corante tartrazina.
- Juju Apple – carecia de aviso sobre o uso de tartrazina.
- Frutyroll – rótulo sem a indicação obrigatória do corante tartrazina.
- Nanas – ausência de alerta sobre tartrazina na composição.
- Berry Chocomax – não registrava o amendoim nos ingredientes nem no campo de alergênicos.
Por que a rotulagem correta é importante para consumidores com alergia?
O caso dos sorvetes Aice evidencia a relevância da rotulagem correta para consumidores com alergias alimentares e outras sensibilidades. Pessoas sensíveis a corantes, como a tartrazina, ou a ingredientes como o amendoim, dependem de informações claras no rótulo para tomar decisões seguras no momento da compra.
A Anvisa mantém regras específicas para a indicação de alergênicos em alimentos industrializados, que seguem padrões internacionais de segurança alimentar. Entre os itens que devem ser destacados estão leite, ovos, soja, trigo, castanhas e amendoim, além de aditivos como determinados corantes, que precisam ser identificados por nome e, em alguns casos, acompanhados de aviso adicional.
Como ler rótulos de sorvetes e reduzir riscos para pessoas alérgicas?
Para o consumidor, alguns cuidados simples podem ajudar na leitura de rótulos de sorvetes e outros alimentos industrializados. Essas práticas contribuem para prevenir exposições acidentais a componentes alergênicos e tornam a escolha de produtos mais segura no dia a dia.
- Verificar sempre a lista de ingredientes, mesmo em produtos já conhecidos.
- Procurar a área de “alérgicos”, geralmente destacada em negrito.
- Observar a presença de corantes e aditivos, como tartrazina, informados por nome ou código.
- Consultar canais oficiais da Anvisa em caso de dúvidas sobre recalls ou suspensões.
Qual é a situação atual dos sorvetes Aice após a liberação da Anvisa?
Com a publicação de nova resolução em novembro de 2025, os cinco sabores de sorvete Aice voltaram a ter sua comercialização permitida no Brasil. A atualização dos rótulos incluiu a correção das informações sobre tartrazina e amendoim, alinhando as embalagens às normas sanitárias em vigor e às diretrizes de transparência ao consumidor.
Para o mercado, o episódio reforça a necessidade de controle rigoroso na elaboração de rótulos, especialmente em produtos amplamente consumidos, como sorvetes e outros gelados comestíveis. A atuação regulatória e a leitura atenta das embalagens tendem a reduzir riscos para pessoas com alergias, demonstrando o impacto direto da fiscalização na segurança alimentar.
