As intensas chuvas que atingem o bairro Jardim Maravilha, na zona oeste do Rio de Janeiro, evidenciam a necessidade urgente de infraestrutura para conter enchentes recorrentes. Para responder a este desafio, foi lançada a segunda fase das obras do PAC Jardim Maravilha, com o objetivo de transformar a dinâmica da região e trazer alívio a cerca de 30 mil moradores.
Como será a segunda fase do PAC Jardim Maravilha?
A nova etapa das intervenções no Jardim Maravilha foi anunciada no sábado, dia 22 de novembro, e busca melhorar de forma significativa a infraestrutura local. Entre as principais obras está a construção de um dique ao redor do Rio Cabuçu-Piraquê, inspirado em soluções holandesas, para conter as águas das fortes chuvas.
Além do dique, o projeto inclui a urbanização e canalização do rio e a ampliação da drenagem urbana. Três grandes reservatórios, chamados de ‘piscinões’, serão construídos para armazenar até 231 milhões de litros de água, o que equivale a aproximadamente 13 vezes a capacidade dos reservatórios da Praça da Bandeira.
Por que as obras no Jardim Maravilha são fundamentais?
As enchentes deixaram de ser um fenômeno eventual e se tornaram um grave problema recorrente, especialmente para uma área situada sobre uma mancha de inundação. O impacto direto das cheias do Rio Cabuçu-Piraquê exige soluções de grande alcance.
Segundo Eduardo Cavaliere, vice-prefeito do Rio, e Wanderson Santos, secretário municipal de Infraestrutura, o objetivo das obras é promover uma urbanização integrada, levando pavimentação, distribuição de água tratada, saneamento básico e sistema de drenagem eficiente para o bairro. Veja os impactos do projeto para a região:
| Aspecto | Antes das obras | Depois das obras |
|---|---|---|
| Drenagem | Alagamentos frequentes; ruas intransitáveis | Redução expressiva de enchentes; escoamento adequado |
| Saneamento | Rede insuficiente; esgoto a céu aberto em alguns trechos | Ampliação da coleta e tratamento; melhoria da saúde pública |
| Mobilidade | Vias esburacadas; tráfego prejudicado | Ruas requalificadas, pavimentação nova e circulação mais fluida |
| Qualidade de vida | Insegurança, prejuízos materiais e insalubridade | Ambiente urbano mais seguro, limpo e valorizado |
| Desenvolvimento | Baixa atração de investimentos | Aumento do valor imobiliário e estímulo ao comércio |
Quais são os potenciais impactos sociais e econômicos do projeto?
O investimento de R$ 340 milhões anunciado para esta fase faz parte de um esforço conjunto, com recursos federais do Novo PAC e coordenação do Ministério das Cidades. A expectativa é que, além de melhorar a infraestrutura, as obras gerem empregos e movimentem a economia local.
A Fundação Rio-Águas, responsável também pela primeira fase do programa, lidera as intervenções, previstas para o primeiro semestre de 2026. Na primeira fase, concluída em março deste ano, mais de R$ 50 milhões foram investidos em drenagem, esgotamento sanitário e pavimentação de 27 ruas. Veja os detalhes do projeto em vídeo divulgado pelo Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes:
Como os moradores percebem a importância das obras?
A comunidade expressa esperança e otimismo diante das melhorias prometidas. A diarista Vanessa de Souza relata que as obras trazem um esperado alívio diante do medo constante das chuvas e alagamentos na região.
Para ilustrar a avaliação dos moradores, confira abaixo alguns dos principais sentimentos relatados por quem vive no bairro em relação às intervenções:
- Alívio e redução da ansiedade em períodos de chuva
- Maior sensação de segurança e dignidade
- Expectativa de valorização dos imóveis e melhorias na mobilidade
FAQ sobre obras no Rio
- Qual é a extensão do dique planejado para o Jardim Maravilha? O dique terá uma extensão de 3,4 km, uma altura de até dois metros e meio, e será largo o suficiente para suportar uma ciclovia sobre seus muros.
- Quais são os principais objetivos das obras além de mitigar as enchentes? Além de mitigar as enchentes, as obras pretendem urbanizar a área, desenvolver infraestrutura de saneamento e garantir a pavimentação de ruas, promovendo a dignidade e segurança aos moradores da região.
- As obras serão suficientes para evitar todos os tipos de enchentes no futuro? As obras visam atenuar os impactos das enchentes mais frequentes e agressivas, proporcionando uma infraestrutura robusta que deve, idealmente, reduzir dramaticamente os eventos de alagamento, mas condições extremas e imprevistas podem ainda representar desafios.