Enquanto no Brasil os radares móveis fazem parte da rotina de fiscalização, alguns estados dos Estados Unidos adotaram uma postura bem diferente. Em determinados locais do país, o uso desses dispositivos portáteis para medir velocidade está totalmente vetado, o que gera discussões sobre eficácia, ética e segurança no trânsito.
Esse contraste evidencia abordagens distintas na forma como os governos entendem e aplicam as regras de trânsito.
Quais estados americanos proíbem radares móveis?
A legislação de trânsito nos Estados Unidos é descentralizada, o que significa que cada estado tem autonomia para definir suas próprias normas. Alguns deles optaram por limitar ou proibir completamente o uso de radares móveis, priorizando abordagens mais visíveis e educativas.
Entre os estados com restrições mais rígidas estão:
- Havaí
- New Jersey
- Virginia
- Wisconsin
Nesses locais, a polícia não pode utilizar dispositivos móveis escondidos ou operar radares dentro de veículos descaracterizados para registrar excesso de velocidade.
Como esses estados fiscalizam a velocidade sem radares móveis?
Mesmo sem o uso de equipamentos móveis, a fiscalização continua firme. Os métodos aplicados focam na visibilidade e na ação direta das autoridades de trânsito.
Entre os recursos mais comuns utilizados estão:
- Radares fixos: instalados em locais públicos, geralmente sinalizados.
- Patrulhamento com carros identificados: presença física da polícia como forma de dissuasão.
- Técnica VASCAR: método manual de medição baseado na distância percorrida e no tempo.
- Câmeras em semáforos: usadas para monitorar comportamento nas interseções.
A estratégia é tornar a fiscalização mais transparente e educativa, promovendo a prevenção em vez da punição surpresa.
Por que alguns estados americanos rejeitam radares móveis?
A recusa em usar radares móveis nesses estados se apoia em uma combinação de razões éticas, políticas e pedagógicas. Para muitos legisladores e cidadãos, a forma como a fiscalização é conduzida impacta diretamente na relação entre motoristas e autoridades.
Entre os principais argumentos estão:
- Evitar armadilhas: radares escondidos são vistos como injustos e puramente arrecadatórios.
- Fiscalização com efeito educativo: motoristas tendem a respeitar mais quando sabem que estão sendo observados.
- Reforço da presença policial: a patrulha visível transmite segurança e reduz a imprudência.
- Pressão popular: muitos eleitores se posicionam contra métodos considerados abusivos.
Esse modelo visa manter a confiança do cidadão, ao mesmo tempo em que promove comportamentos mais conscientes no trânsito.
E no Brasil, como funciona o uso de radares?
No Brasil, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) permite uma variedade de equipamentos para controle de velocidade, incluindo:
- Radares fixos
- Radares móveis
- Radares portáteis
- Radares estáticos
Desde 2019, houve uma tentativa do governo federal de restringir o uso de radares ocultos, exigindo maior sinalização e visibilidade nos pontos de fiscalização. No entanto, o uso de radares móveis segue permitido e ainda é comum em diversas rodovias e vias urbanas.
Abordagens distintas, o mesmo objetivo: segurança no trânsito
- Nos EUA, alguns estados proíbem radares móveis para evitar fiscalizações consideradas punitivas demais.
- No Brasil, o uso desses radares é permitido, desde que haja sinalização clara e visível.
- A meta em ambos os países é a mesma: reduzir acidentes e preservar vidas por meio da conscientização e do respeito às leis.