Após uma reunião de governadores aliados, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou nesta quinta-feira (30/10) a criação do novo “consórcio da paz”, que busca unir esforços entre estados para fortalecer a segurança pública por meio de cooperação e integração interestadual, com sede prevista para o Rio e expectativa de participação federal.
Quais são os principais objetivos do consórcio da paz?
O “consórcio da paz” foi criado para integrar os estados em áreas críticas da segurança pública, promovendo trocas de experiências, inteligência e apoio financeiro. O foco está em otimizar contingentes militares, compartilhar informações e aumentar a eficiência no combate ao crime.
A atuação inclui ações conjuntas, empréstimo de material humano e compras consorciadas entre os estados, além do compromisso do consórcio em trabalhar de forma colaborativa e abrangente para enfrentar desafios comuns na segurança.
Dessa união nasce o Consórcio da Paz, uma iniciativa que vai integrar os estados no enfrentamento ao crime organizado, ao tráfico de armas e à criminalidade que ultrapassa fronteiras.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) October 31, 2025
Como o consórcio se diferencia da PEC da Segurança Pública?
O consórcio estadual se diferencia da Proposta de Emenda Constitucional da Segurança Pública, de âmbito federal, ao priorizar a colaboração direta entre os estados em vez de centralizar poderes na União. Essa distinção é vista por governadores como fundamental para manter a autonomia estadual na área.
As discussões sobre a PEC ressaltam preocupações com a transferência de controle da segurança para o governo federal, enquanto o consórcio propõe fortalecer a integração sem reduzir o protagonismo dos estados.
Qual o impacto da operação no Rio de Janeiro?
A recente operação contra o Comando Vermelho no Rio, resultando em 121 mortes, foi um dos principais motivadores para a formação do consórcio. O evento gerou debate nacional, dividindo opiniões entre governadores e a sociedade sobre a eficácia e os custos dessas ações.
O apoio de outros governadores ao Rio de Janeiro ampliou a percepção da necessidade de atuação coordenada, servindo de ponto de partida para consolidar a cooperação interestadual e buscar melhores estratégias de enfrentamento ao crime.
Quais são os desafios do consórcio?
O futuro do consórcio indica maior troca de informações e recursos entre estados, fortalecendo a resposta conjunta ao crime organizado. Para alcançar eficiência, será necessário coordenar agendas e solucionar possíveis divergências entre prioridades estaduais e federais.
Entre os principais desafios, está a necessidade de harmonizar interesses locais e garantir a adesão de todos os estados, além de promover uma interlocução efetiva com o governo federal.
- Alinhar estratégias e protocolos operacionais entre estados
- Superar barreiras políticas e administrativas regionais
- Expandir a participação para todos os 27 estados brasileiros
- Buscar apoio e cooperação federais em projetos estratégicos
FAQ sobre o consórcio da paz
- O consórcio substituirá as forças policiais estaduais? Não, o consórcio visa complementar as atividades de forças policiais estaduais por meio de cooperação e apoio mútuo.
- Todos os estados já aderiram ao consórcio? Até o momento, apenas alguns estados participam diretamente, mas há esforços para engajar todos os 27 estados do Brasil.
- O consórcio se sobrepõe às políticas de segurança pública federais? Não, ele é voltado à colaboração estadual, funcionando em complemento às diretrizes e políticas federais.
- Qual o papel do governo federal no consórcio? O foco é estadual, mas há expectativa de colaboração federal em pontos estratégicos, dependendo de futuras negociações.
 
 
