Recentemente, o filme “O Agente Secreto” gerou discussões acaloradas devido ao financiamento que recebeu, totalizando impressionantes R$ 7,5 milhões. Este montante, ao contrário do que muitos poderiam especular, não teve origem na famosa Lei Rouanet. Em vez disso, essa soma foi obtida através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), gerenciado pela Ancine, agência brasileira responsável pelo desenvolvimento das atividades audiovisuais no país.
O filme, protagonizado pelo aclamado ator Wagner Moura e dirigido por Kleber Mendonça Filho, mostra-se como uma forte aposta não apenas para as bilheterias nacionais, mas também para a premiação do Oscar de 2025. A produção foi concebida a partir de um orçamento que ultrapassa os R$ 27 milhões, contando ainda com significativo apoio financeiro internacional, oriundo de países como França, Alemanha e Holanda.
Como o cinema brasileiro é financiado?
Eletrizante. Emocionante. Cheio de pirraça.
— Vitrine Filmes (@vitrine_filmes) October 6, 2025
E cada dia mais perto. A um mês da estreia brasileira de O AGENTE SECRETO, confira o Trailer Oficial do filme.
Um filme de Kleber Mendonça Filho, estrelando Wagner Moura.
6 de novembro nos cinemas.
Edição do trailer: Marina Kosa pic.twitter.com/ia1mnpiTRW
No Brasil, o financiamento de obras cinematográficas pode contar com múltiplas fontes de investimento, além do suporte estatal. Uma das principais alternativas para produtores de filmes é o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que apoia projetos por meio de editais públicos, destinando recursos significativos para garantir a realização de produções de grande potencial. Diferente da Lei Rouanet, o FSA foca especificamente no segmento audiovisual, permitindo que longas-metragens alcancem grandes públicos, tanto nacionalmente quanto internacionalmente.
A Lei Rouanet, muitas vezes associada erroneamente a filmes como “O Agente Secreto”, na verdade, destina-se a outras formas de expressão artística. Ela apoia principalmente iniciativas de curta e média metragem, entre outros tipos de projetos culturais. Para obras de longa-metragem, quando se discute incentivos fiscais, a alternativa adequada é o FSA, que concede verbas destinadas a fomentar o cinema em seus diferentes formatos.
Qual é o custo total de “O Agente Secreto”?

“O Agente Secreto” é um exemplo de colaborações internacionais no cinema. Com um orçamento de R$ 27,165,775, o filme combinou investimentos privados e públicos, provenientes de quatro países diferentes. Esta prática de coprodução é comum em projetos que visam distribuição global, permitindo a troca de expertise e a partilha de custos de produção. Dos R$ 27 milhões, além dos R$ 7,5 milhões provenientes do FSA, aproximadamente R$ 5,5 milhões foram conseguidos através da iniciativa privada brasileira. Já o suporte internacional, somando em torno de R$ 14 milhões, teve participação da França, Alemanha e Holanda.
A integração de diferentes fontes de financiamento é um testemunho da força e da importância do cinema como meio cultural e econômico. Além disso, destaca-se a resistência e a inovação dos cineastas nacionais que, mesmo frente a desafios orçamentários, buscam se destacar em uma indústria altamente concorrida.
Por que o filme não utilizou a verba de distribuição do FSA?

Apesar de o FSA ter previsto um investimento adicional de R$ 4 milhões para a distribuição do filme no Brasil, a equipe de produção optou por não utilizar esse incentivo. Essa decisão pode estar relacionada a estratégias de mercado diferentes, considerando que a distribuição envolve táticas complexas que vão além do simples financiamento.
O palco está preparado para que “O Agente Secreto” conquiste os cinéfilos ao redor do mundo a partir de sua estreia nos cinemas brasileiros em 6 de novembro de 2025. Este filme representa não apenas o fortalecimento do cinema nacional, mas também a convergência de esforços públicos e privados em prol da arte e da cultura.
FAQ sobre filme com Wagner Moura
- Como o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) apoia as produções brasileiras? O FSA oferece investimentos através de editais públicos, cobrindo diversas fases da produção audiovisual, desde a pré-produção até a pós-produção, incluindo questões como distribuição e lançamento.
- Qual o impacto de produções como “O Agente Secreto” na indústria cinematográfica brasileira? Produções com reconhecimento internacional elevam a visibilidade do cinema nacional, impulsionando a economia criativa e criando oportunidades para novos talentos.
- Que fatores influenciam uma produção a optar por coproduções internacionais? Coproduções internacionais oferecem vantagens como maior acesso a recursos financeiros, expertise técnica e canais de distribuição mais amplos, facilitando a entrada em mercados estrangeiros.
- O que impede o uso da Lei Rouanet para longas-metragens? De acordo com a legislação, a Lei Rouanet se destina a apoiar curtas e médias metragens, além de outras manifestações culturais, o que limita sua aplicação para longas.