Na quinta-feira (21/8), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, juntamente com a secretária de Obras Públicas, Izabel Matte, esteve presente na vistoria das obras da barragem do Jaguari, localizada em São Gabriel, na região da Campanha. Esta construção é parte de um dos maiores investimentos estaduais voltados para o enfrentamento de crises climáticas, em conjunto com a barragem do Taquarembó, que está sendo erguida em Dom Pedrito. O valor total de investimento na barragem do Jaguari é de R$ 330 milhões, dos quais R$ 213,3 milhões são provenientes do Estado e R$ 116,7 milhões da União. Esse projeto representa a concretização de um compromisso assumido por Leite e Izabel, que buscaram destravar os investimentos nas duas barragens, cuja execução vinha sendo marcada por paralisações desde 2009, atrasando sua conclusão até então.
O governador destacou que o Estado está sendo responsável por 70% do aporte financeiro da obra, o que só foi possível após a equalização das contas públicas do Rio Grande do Sul. Segundo ele, a recuperação fiscal foi fundamental para transformar projetos como este em realidade. Ele expressou confiança na conclusão da barragem, prevista para o início do próximo ano, enquanto já se trabalha nos estudos para os canais de distribuição de água na região. Esta infraestrutura será essencial para enfrentar os ciclos de estiagem e aumentar a produtividade agrícola, trazendo uma transformação significativa para a realidade local.
Qual a importância das barragens para a região?

A construção das barragens do Jaguari e Taquarembó se apresenta como um divisor de águas na gestão hídrica estadual. Além de assegurar o abastecimento durante os períodos de seca, essas barragens permitirão a irrigação de cerca de 117 mil hectares, fortalecendo a resiliência climática da região. Ao regular os níveis dos rios nas cheias, elas também ajudarão a minimizar os impactos dos eventos climáticos extremos, tornando o Rio Grande do Sul mais preparado para responder a crises naturais.
Os municípios beneficiados, incluindo Cacequi, Dom Pedrito, Lavras do Sul, Rosário do Sul, Santana do Livramento e São Gabriel, são tradicionalmente agrícolas, com destaque para as culturas de arroz, soja e milho. No entanto, estas regiões enfrentam desafios constantes devido às variações climáticas. As barragens, portanto, não apenas garantirão a segurança das lavouras como também aumentarão a produtividade, beneficiando toda a economia regional. Com a melhora na eficiência agrícola e a redução das perdas, espera-se um aquecimento geral do agronegócio local, essencial para a sustentação econômica das comunidades envolvidas.
O plano estratégico por trás destes grandes investimentos está inserido no Plano Rio Grande, uma iniciativa do governo estadual liderada por Eduardo Leite. Este programa foi criado para proteger a população e reconstruir o estado, tornando-o mais forte e resistente às futuras adversidades climáticas. Ao tirar do papel iniciativas essencialmente paliativas e torná-las ações concretas, o Plano Rio Grande visa reconstruir e fortalecer a infraestrutura de forma abrangente, preparando o estado para enfrentar os desafios futuros.
- Abastecimento de água: O principal benefício é o abastecimento de água potável para as cidades próximas e para a região da Campanha, o que é fundamental para o consumo humano e para as atividades econômicas.
- Irrigação agrícola: As barragens são essenciais para a irrigação de lavouras, especialmente a cultura do arroz, que é uma das principais atividades econômicas da região. A água garante a produção mesmo em períodos de seca.
- Controle de cheias: As barragens ajudam a regular o fluxo dos rios, minimizando o risco de inundações em áreas urbanas e rurais, protegendo a população e a infraestrutura.
- Geração de energia: A barragem do Jaguari possui uma usina hidrelétrica, que contribui para a produção de energia elétrica para a região.
- Lazer e turismo: As áreas ao redor dos reservatórios são utilizadas para atividades de lazer, como pesca e esportes náuticos, e podem atrair turistas.
Como as barragens influenciam a economia local?

Com a expectativa de conclusão das obras no próximo ano, o impacto econômico positivo das barragens do Jaguari e do Taquarembó já começa a ser vislumbrado. A irrigação garantida por essas construções impulsionará não apenas a agricultura, mas também a pecuária, e isso se refletirá na sociedade como um todo. O efeito dominó inclui aumento da produção, maior eficiência no campo e um mercado mais aquecido, favorecendo o bem-estar econômico das comunidades locais.
Além dos benefícios para o agronegócio, as barragens também terão um papel crucial no fornecimento de água para a população em geral, evitando crises de abastecimento nos períodos de maior seca. Com cerca de 235 mil habitantes divididos entre seis municípios beneficiados, a segurança hídrica proporcionada por essas estruturas será essencial para manter um nível de qualidade de vida adequado, além de incentivar o desenvolvimento sustentável da região.
FAQ sobre obras da barragem do Jaguari
- Quais são os principais benefícios econômicos esperados com a construção das barragens? Os principais benefícios incluem aumento da produtividade agrícola, fortalecimento do agronegócio local, redução de perdas nas lavouras e aquecimento da economia regional.
- Como as barragens contribuirão para a resiliência climática do Rio Grande do Sul? As barragens regularão o fluxo dos rios durante as cheias e garantirão o abastecimento hídrico nas secas, reduzindo o impacto de eventos climáticos extremos.
- Quais municípios serão diretamente beneficiados pelas barragens? Cacequi, Dom Pedrito, Lavras do Sul, Rosário do Sul, Santana do Livramento e São Gabriel são os municípios que receberão os maiores benefícios das novas infraestruturas.
- Qual a previsão de conclusão das obras das barragens do Jaguari e Taquarembó? A expectativa é que as barragens sejam concluídas no início do próximo ano, marcando um avanço significativo na infraestrutura hídrica regional.