As obras das barragens dos arroios Jaguari e Taquarembó no Rio Grande do Sul são marcadas por um compromisso firme com a proteção ambiental. A retomada da construção da barragem do Taquarembó, em Dom Pedrito, não apenas trouxe mudanças para a infraestrutura local, mas também para o ecossistema e as comunidades ao redor. Um exemplo curioso desse impacto é a história do cachorro caramelo, carinhosamente chamado de Barragi, que se tornou um símbolo da obra após aparecer perdido na área.
Essas construções, gerenciadas pela Secretaria de Obras Públicas (SOP), estão integradas ao Plano Rio Grande, uma iniciativa do governo estadual voltada para o desenvolvimento sustentável e proteção de recursos naturais. Com um protocolo rigoroso de cuidados ambientais, as obras pretendem assegurar que a flora e fauna locais sofram o mínimo impacto possível, refletindo um compromisso duplo com a sociedade e o meio ambiente.
Quais os impactos das barragens dos arroios Jaguari e Taquarembó?

Antes do início das construções, foram realizados estudos ambientais detalhados para avaliar os potenciais impactos e propor ações compensatórias e de mitigação. O objetivo desses estudos é garantir que a obra possa ser realizada sem prejudicar as comunidades e os ecossistemas próximos. Entre as ações previstas estão programas de monitoramento ambiental e educação para os trabalhadores envolvidos no projeto.
Essas medidas incluem resgates de fauna e flora, onde uma equipe especializada realiza a vistoria das áreas afetadas, promovendo o salvamento e relocação de animais nativos. Espécies como capivaras, ouriços-cacheiros e jararacas-do-pampa são algumas das encontradas durante esses processos. Além disso, a coleta de sementes de plantas nativas ameaçadas de extinção é essencial para futuros programas de reflorestamento.
- Alteração do ecossistema aquático: A barragem cria um grande lago artificial, o que transforma o ambiente de rio, que tem águas correntes, em um ambiente de lago, com águas mais paradas. Isso afeta peixes e outras espécies aquáticas que dependem da correnteza para se reproduzir ou viver.
- Perda de vegetação nativa: A área que foi inundada para formar os reservatórios era coberta por vegetação nativa. A construção das barragens causou a perda desse tipo de vegetação, que serve de habitat e alimento para diversas espécies de animais.
- Impacto na fauna local: Animais terrestres que viviam na área inundada precisaram se deslocar, o que pode ter levado à diminuição de algumas populações. A mudança de habitat também pode ter afetado espécies que dependiam das margens dos arroios, como algumas aves e mamíferos.
- Emissão de gases de efeito estufa: A decomposição da matéria orgânica (vegetação e solo) que ficou submersa após a inundação pode liberar gases como o metano, que é um potente gás de efeito estufa.
Quais os planos de proteção contínua?
O plano de proteção ambiental para as barragens Jaguari e Taquarembó também conta com monitoramento constante da qualidade da água e da fauna local, com relatórios enviados semestralmente à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Esse acompanhamento rigoroso garante que qualquer desequilíbrio ambiental possa ser imediatamente tratado, prevenindo danos maiores aos ecossistemas.
Além disso, o cuidado com os peixes migradores é uma prioridade. Equipamentos de marcação auxiliam no monitoramento das movimentações de espécies como a piava e o pintado, permitindo que as barragens sejam adaptadas para facilitar a passagem destes peixes entre os diferentes lados das construções.
Qual a importância da educação ambiental?
A conscientização ambiental é uma parte crucial do projeto das barragens. Programas de educação ambiental são realizados periodicamente para instruir os colaboradores sobre práticas sustentáveis e a importância da conservação dos recursos naturais. Essas atividades ajudam a solidificar a cultura de responsabilidade social e ambiental no local de trabalho, tornando os trabalhadores agentes de transformação e proteção do meio ambiente.
Iniciativas como essas são fundamentais para garantir que as obras não sejam apenas construções físicas, mas também contribuam para um legado de sustentabilidade e respeito à natureza. Com a participação ativa dos trabalhadores e da comunidade, é possível atingir um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental.
Como as barragens impactam a região?

As barragens dos arroios Jaguari e Taquarembó são exemplos de como grandes empreendimentos podem coexistir com práticas ambientais responsáveis. Além dos benefícios diretos em controle de cheias e fornecimento de água para a região, essas obras servem como modelos de gestão ambiental eficaz para futuras iniciativas em escala similar.
Os esforços contínuos para proteger a vegetação e a fauna locais, juntamente com programas de reflorestamento planejados, promovem não apenas a recuperação das áreas afetadas, mas também o fortalecimento dos biomas da região. Dessa forma, o projeto não apenas atende às demandas atuais, mas também prepara a região para um futuro mais resiliente e sustentável.
FAQ sobre barragens Jaguari e Taquarembó
- Como os peixes são protegidos durante a construção das barragens? Os peixes são monitorados através de equipamentos que rastreiam seus movimentos. Também há estruturas nas barragens que facilitam a passagem das espécies migratórias, garantindo que suas rotas naturais sejam mantidas.
- Que tipos de plantas são replantados após as obras? Sementes e mudas de espécies nativas ameaçadas de extinção são plantadas. Exemplos incluem corticeira-do-banhado, esporão-de-galo e sombra-de-touro, que são cultivadas em viveiros antes de serem replantadas.
- Como a comunidade local está envolvida no projeto das barragens? A comunidade participa através de programas de educação ambiental e comunicação contínua, garantindo que estejam cientes dos impactos e benefícios das obras, bem como das medidas de proteção sendo implementadas.
- Quem supervisiona as práticas ambientais nas construções? A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) é responsável pela fiscalização das práticas ambientais, recebendo relatórios periódicos para garantir a conformidade com as normas de proteção ambiental.