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O projeto subterrâneo de 17 anos e milhões de dólares que acabou sendo abandonado

Por Felipe Dantas
18/set/2025
Em Política
O projeto subterrâneo de 17 anos e milhões de dólares que acabou sendo abandonado

Linha ferroviária de Sarmiento (Argentina) - Foto: Wikimedia Commons

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Em 23 de janeiro de 2008, a então recém-empossada Cristina Fernández de Kirchner anunciou com grande entusiasmo a adjudicação do soterramento do Sarmiento, uma das obras ferroviárias mais ambiciosas da Argentina moderna. A promessa era transformar a malha urbana, com um túnel de 32,6 quilômetros de extensão que passaria por baixo do traçado do trem Sarmiento, reformando completamente as estações subterrâneas entre Caballito e Moreno. No entanto, ao longo dos anos, este grandioso projeto se converteu em um monumento à incerteza e à desídia governamental.

Segundo informações do jornal La Nación, a ideia era que o projeto fosse executado em três etapas. A primeira fase, da estação Caballito até Ciudadela, cobrindo 9,2 quilômetros, foi estimada em US$ 1000 milhões. As fases subsequentes levariam o túnel até Castelar e, finalmente, até a estação Moreno. No entanto, o que começou com aplausos e esperanças acabou se tornando um símbolo do insucesso, com apenas uma pequena parte da obra efetivamente realizada. Passados 17 anos desde o anúncio, o túnel Sarmiento permaneceu incompleto, e a realidade é que a Argentina não consegue mais financiar tamanha empreitada.

Quais os impactos da interrupção do projeto?

O projeto subterrâneo de 17 anos e milhões de dólares que acabou sendo abandonado
Cristina Kirchner – Foto: Creative Commons

A interrupção das obras do soterramento do Sarmiento trouxe consigo uma série de consequências além da paralisação física do projeto. A construção de um túnel que nunca foi utilizado acarretou não apenas a perda financeira e material, mas também a crescente frustração da população que esperava melhorias em seus deslocamentos diários. Os munícipes que utilizam o serviço de trem Sarmiento não viram nenhuma mudança significativa na qualidade das viagens.

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  • Impactos urbanos e sociais
    • A obra, iniciada em 2008, visava eliminar 50 passagens a nível, melhorando a segurança e fluidez do trânsito.
    • Com a paralisação, a linha continua operando a nível, mantendo os riscos de acidentes e congestionamentos.
    • Moradores próximos aos canteiros de obras abandonados enfrentam problemas de segurança e higiene, com obradores desocupados sendo alvo de reclamações.
  • Impactos econômicos
    • Investimentos estimados em US$ 420 milhões entre 2012 e 2018 não resultaram em benefícios proporcionais.
    • A Auditoria Geral da Nação identificou uma subexecução orçamentária de 69,53% e irregularidades nos contratos.
    • A falta de continuidade do projeto resultou em perdas econômicas significativas, sem retorno para a sociedade.
  • Impactos políticos e institucionais
    • O projeto atravessou diferentes administrações, com mudanças de contratantes e revisões contratuais, sem alcançar a totalidade do túnel planejado.
    • A falta de consenso e planejamento adequado contribuiu para a inviabilidade e eventual paralisação da obra.

Por que o projeto não prosperou?

Vários fatores contribuíram para o fracasso do soterramento do Sarmiento. Mudanças no cenário político, falta de planejamento eficaz e uma administração financeira instável influenciaram o andamento das obras. Além disso, as tensões econômicas e políticas, incluindo casos de corrupção associados ao consórcio envolvido no projeto, minaram a confiança e a viabilidade da proposta inicial. Somados a isso, a falta de continuidade nas políticas públicas de infraestrutura impediu que o projeto fosse finalizado.

  • Planejamento inadequado e falta de estudos prévios: O projeto foi iniciado sem estudos de impacto ambiental completos, aprovação de terrenos e definição clara do financiamento, o que comprometeu sua execução desde o início.
  • Problemas técnicos e operacionais: A obra enfrentou dificuldades técnicas significativas, incluindo a subexecução e a paralisação das atividades, especialmente no trecho entre Caballito e Haedo, devido a falhas na gestão e na execução.
  • Falta de continuidade política e mudanças de governo: Mudanças frequentes nos governos e nas administrações responsáveis pela obra resultaram em descontinuidade e falta de comprometimento com o projeto, afetando sua viabilidade e progresso.
  • Corrupção e escândalos envolvendo empresas contratadas: Empresas como Odebrecht e IECSA, envolvidas na execução do projeto, foram associadas a casos de corrupção, incluindo o escândalo Lava Jato, o que gerou desconfiança e questionamentos sobre a transparência da obra.
  • Críticas técnicas e falta de viabilidade: Especialistas e auditorias apontaram que o soterramento poderia reduzir a capacidade ferroviária da linha Sarmiento, em vez de melhorá-la, questionando a eficácia do projeto.
  • Impacto econômico negativo: O projeto resultou em um investimento de aproximadamente 420 milhões de dólares, com apenas 7.239 metros de túnel construídos, representando um desperdício significativo de recursos públicos.
  • Falta de visão estratégica e planejamento a longo prazo: A ausência de uma visão estratégica clara e de planejamento adequado contribuiu para a ineficiência na execução da obra e na gestão dos recursos envolvidos.

Quais os próximos passos para a infraestrutura ferroviária na Argentina?

À luz desses desafios, o futuro da infraestrutura ferroviária na Argentina exige uma abordagem mais pragmática. O reconhecimento do fracasso do soterramento do Sarmiento pode abrir caminho para projetos mais modestos e viáveis, que abordem as necessidades imediatas de transporte urbano sem sobrecarregar o orçamento nacional. A criação de alternativas, como a elevação de trilhos ou a construção de passagens subterrâneas, poderia ser uma saída prática e econômica.

As lições aprendidas com o soterramento do Sarmiento têm o potencial de redefinir a maneira como a Argentina aborda futuros empreendimentos de infraestrutura. Manter um equilíbrio entre ambição e possibilidade financeira será vital para garantir que novos projetos não fiquem presos no caos da desorganização, mas avancem de maneira a trazer reais melhorias para a população. O desafio está lançado, e o futuro dirá se o país conseguirá transformar seus planos em ações concretas e bem-sucedidas.

Odebrecht – Créditos: depositphotos.com / kuki_goy

FAQ sobre túnel subterrâneo do Rio Sarmiento

  • Qual era o principal objetivo do projeto de soterramento do trem Sarmiento? O projeto buscava modernizar a malha ferroviária urbana de Buenos Aires, construindo um túnel de 32,6 quilômetros para o trem Sarmiento. O objetivo era eliminar 50 passagens de nível, melhorando a segurança e a fluidez do trânsito.
  • O que causou a paralisação do projeto? A paralisação foi resultado de uma combinação de fatores, incluindo mudanças políticas, falta de planejamento eficaz, problemas técnicos, escândalos de corrupção envolvendo as empresas contratadas (como a Odebrecht) e a falta de recursos financeiros para continuar a obra.
  • O projeto foi totalmente abandonado ou há planos para retomá-lo? O texto não especifica se o projeto será retomado, mas sugere que a Argentina não consegue mais financiá-lo. Diante do fracasso, o país pode focar em projetos mais modestos e viáveis, como a elevação de trilhos, para atender às necessidades de transporte.
  • Quantos quilômetros de túnel foram efetivamente construídos e qual foi o custo? Apenas 7.239 metros do túnel foram construídos, a um custo estimado de 420 milhões de dólares entre 2012 e 2018. Isso representa um desperdício significativo de recursos públicos, já que o projeto ficou incompleto.
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