No último domingo (21/9), as cidades baianas Correntina e Ibotirama registraram temperaturas impressionantes de 38,6ºC, posicionando-se entre os municípios mais quentes do Brasil. Conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Correntina e Ibotirama ocupam a 11ª e 12ª colocação no ranking nacional das cidades mais quentes. Essa onda de calor ocorre às vésperas da chegada da primavera, que se iniciou nesta segunda-feira (22/9).
O fenômeno do aumento das temperaturas não é uma exclusividade das cidades baianas. Em meio a uma primavera que promete ser ainda mais quente, outras regiões do Brasil também vivenciaram temperturas escaldantes. O Rio de Janeiro liderou o ranking das cidades mais quentes do país, com um impressionante pico de 40ºC. Seguindo de perto estão Corumbá, em Mato Grosso do Sul, com 39,9ºC, e Oeiras, no Piauí, com 39,7ºC. Vale ressaltar que essas elevações de temperatura têm gerado preocupações nas populações locais, habituadas a verões rigorosos, mas enfrentando índices superiores ao comum nesta primavera antecipada.
Como o aumento recente do calor no Brasil foi motivado?

O aumento das temperaturas pode ser atribuído a várias causas climáticas. Com a chegada da primavera, é natural que as temperaturas comecem a subir em várias regiões do país. No entanto, fatores como a forte atuação de massas de ar quente e seco, além das alterações climáticas, podem intensificar essa elevação térmica. No caso específico das cidades de Correntina e Ibotirama, sua localização geográfica contribui para as temperaturas elevadas, sendo áreas onde a insolação é intensa e prolongada.
As condições ambientais locais desempenham um papel crucial nesse contexto. Municípios situados em regiões de vale ou planícies, como no caso do Vale do São Francisco onde fica Ibotirama, estão sujeitos a esses picos de calor devido à pouca vegetação e alta exposição solar. Em períodos onde a umidade relativa do ar é baixa, a sensação térmica torna-se ainda mais desconfortável, exigindo medidas preventivas por parte dos cidadãos.
- Mudanças climáticas globais: o aquecimento global intensifica ondas de calor mais frequentes e duradouras.
- El Niño: o fenômeno climático contribui para temperaturas acima da média em várias regiões do Brasil.
- Alta pressão atmosférica: bloqueios atmosféricos dificultam a circulação de frentes frias, mantendo o ar quente estagnado.
- Urbanização e ilhas de calor: grandes cidades registram temperaturas ainda mais altas devido ao excesso de concreto e baixa arborização.
- Seca e baixa umidade: a falta de chuvas em determinadas áreas potencializa o aquecimento.
Quais os impactos do calor na vida cotidiana?
Essa elevação excepcional na temperatura tem impactos diretos na vida cotidiana das pessoas nas cidades afetadas. O calor extremo pode afetar a saúde, exacerbando problemas respiratórios e cardiovasculares, além de aumentar o risco de desidratação e insolação, especialmente entre crianças e idosos. A adoção de medidas preventivas, como a ingestão regular de líquidos e o uso de roupas leves, se torna essencial para lidar com essas condições climáticas adversas.
Na agricultura, setor econômico de grande relevância para essas cidades, o calor pode trazer tanto benefícios como desafios. Por um lado, algumas culturas podem experimentar um crescimento acelerado, mas, por outro, a falta de chuvas pode afetar a produtividade e a qualidade das colheitas. Assim, os agricultores precisam adaptar suas práticas para minimizar perdas e garantir a sustentabilidade de seus negócios.

Quais as cidades mais quentes do Brasil?
Com o início da primavera, as expectativas são de que as temperaturas continuem a subir. Segundo previsões meteorológicas, esta estação que antecede o verão poderá registrar recordes históricos de calor em várias regiões do Brasil. Essa perspectiva demanda atenção redobrada por parte das autoridades e da população, que devem se preparar para enfrentar condições talvez nunca antes experimentadas nesta época do ano.
Entender como o aquecimento global e fenômenos como El Niño podem influenciar o clima é essencial para se adaptar a essas mudanças. Esses padrões climáticos têm o potencial de alterar significativamente o regime de chuvas e temperaturas, afetando não apenas a vida cotidiana, mas também setores inteiros da economia nacional. A eficiência energética e o investimento em fontes renováveis de energia emergem como pontos chave para mitigar os efeitos do calor excessivo e garantir um futuro mais sustentável.
Veja o novo ranking das temperaturas mais altas registradas no Brasil:
- Marambaia (RJ): 40,0°C
- Corumbá (MS): 39,9°C
- Oeiras (PI): 39,7°C
- Aeroporto de Jacarepaguá (RJ): 39,5°C
- Porto Murtinho (MS): 39,4°C
- Angra dos Reis (RJ): 39,3°C
- Bertioga (SP): 38,9°C
- Seropédica, Área de Ecologia Agrícola (RJ): 38,9°C
- Forte de Copacabana (RJ): 38,7°C
- Rondonópolis (MT): 38,7°C
- Correntina (BA): 38,6°C
- Ibotirama (BA): 38,6°C
#Máximas: Confira as maiores #temperaturas registradas, até às 15h de hoje (22), pelo #INMET:
— INMET (@inmet_) September 22, 2025
🌡 Ibotirama (BA): 39,8°C
🌡 Oeiras (PI): 39,0°C
🌡 Seropédica (RJ): 39,0°C
🌡 Januária (MG): 38,9°C
FAQ sobre cidades mais quentes no Brasil
- Quais são as cidades mais quentes do Brasil? As mais quentes geralmente ficam no Centro-Oeste e Nordeste, com destaque recente para Correntina (BA), Ibotirama (BA), Rio de Janeiro (RJ), Corumbá (MS) e Oeiras (PI).
- Por que Correntina e Ibotirama estão tão quentes? A localização no interior da Bahia, clima semiárido e pouca umidade favorecem altas temperaturas, somados a massas de ar quente atuando na região.
- Como esses picos de temperatura afetam a agricultura local? Podem causar estresse hídrico nas plantações, reduzir a produtividade e aumentar os custos de irrigação, além de impactar a criação de animais.