Nos últimos dias, as redes sociais foram inundadas por discussões acaloradas acerca do possível retorno do horário de verão ainda em novembro deste ano. Tal prática, que já foi parte da rotina de diversas regiões do Brasil, está suspensa desde 2019. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a situação está sob análise constante. Contudo, de acordo com as informações mais recentes, a retomada da medida não deve acontecer por enquanto.
A nota divulgada pelo MME ressalta que, em 2025, a reflexão sobre o retorno do horário de verão considera muito mais que o simples ajuste dos relógios. Os estudos estão concentrados nos picos de demanda de energia elétrica, e analisam também a influência crescente da energia solar e fotovoltaica. Essa análise revela que a situação dos reservatórios é animadora, avançando conforme o previsto durante o período seco. O Sistema Interligado Nacional (SIN), responsável pelo controle da produção e transmissão de energia no país, encontra-se em uma condição melhor do que no ano passado.
Quais os principais impactos do horário de verão?
O objetivo primordial da mudança é reduzir o consumo de eletricidade, especialmente nos horários de pico. Durante esses períodos, quando as famílias retornam para suas casas e ligam aparelhos elétricos praticamente ao mesmo tempo, há um estresse no sistema elétrico. O ajuste nos relógios promove o aproveitamento da luz natural até mais tarde, o que diminui a necessidade de iluminação artificial e o uso simultâneo de outros equipamentos elétricos.
Essa medida alivia a pressão sobre o SIN, garantindo uma operação mais eficiente e segura do sistema elétrico brasileiro. Antes de ser extinto, o horário de verão era adotado no Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro, vigorando entre os meses de outubro e fevereiro.
- Aproveitar melhor a luz natural do dia, reduzindo o uso de energia elétrica.
- Diminuir a demanda por eletricidade no horário de pico.
- Contribuir para a economia de recursos energéticos.
- Ajustar a rotina social e econômica para os períodos com maior incidência de luz solar.
- Reduzir riscos de sobrecarga no sistema elétrico.
Como o ONS está lidando com a situação atual?
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirmou, durante uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) ocorrida no último dia 10, que o fornecimento de energia está plenamente garantido até fevereiro de 2026. Essa confirmação traz um alívio ao sistema energético, afastando temporariamente a necessidade de reintrodução do horário de verão como uma medida emergencial.
A vigilância contínua do CMSE sobre o sistema elétrico fortalece a tomada de decisões informadas. Além disso, o Comitê está preparado para disponibilizar informações atualizadas para fundamentar qualquer decisão final baseada nas necessidades de eficiência e sustentabilidade energética do país.
Por que o horário de verão não deve voltar agora?
A análise detalhada feita pelo MME e os dados fornecidos pelo ONS apontam que as condições atuais dos reservatórios e a segurança energética são satisfatórias, o que elimina a urgência de reintroduzir o horário de verão. Os dados demonstram que os avanços no uso de energias renováveis, como a solar, estão contribuindo significativamente para a manutenção de um sistema mais robusto.
Além disso, a evolução tecnológica e os novos hábitos de consumo, promovidos pela maior conscientização sobre o uso de energia, desafiam a eficácia do horário de verão como ferramenta única de economia de eletricidade. Portanto, a decisão de não retornar à prática neste momento está ancorada em análises criteriosas e multifatoriais.
FAQ sobre horário de verão
- O horário de verão contribui para a economia financeira? Sim, tradicionalmente o horário de verão ajudava a reduzir a conta de luz ao diminuir o consumo de energia nos horários de pico. No entanto, essa economia varia conforme o perfil de consumo das regiões e outros fatores econômicos.
- Por que algumas regiões não adotavam o horário de verão? Regiões mais próximas ao Equador, como o Norte do Brasil, experimentam menos variação na iluminação natural ao longo do ano, tornando o horário de verão ineficaz para economizar energia.
- A mudança climática pode influenciar a decisão de retomar o horário de verão? Com a mudança climática alterando padrões meteorológicos, avaliações detalhadas sobre fontes de energia renovável e previsões climáticas são imperativas para tomadas de decisões referentes à eficiência energética.
