Nesta terça-feira (16/9), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a proibição da venda de azeites da marca Los Nobles. A decisão, divulgada no Diário Oficial da União, reflete a crescente atenção à segurança alimentar no Brasil. Segundo a Anvisa, o azeite, identificado como argentino nas plataformas online, não tem aprovação da Anmat, a agência sanitária argentina, sendo considerado clandestino.
Esse veto impede não apenas a comercialização, mas também a distribuição, importação e propaganda do produto. Ademais, a Anvisa destacou que nem a empresa responsável nem o CNPJ da distribuidora são conhecidos, o que levanta preocupações sobre a autenticidade e segurança do azeite consumido.
Por que o azeite Los Nobles foi proibido?

As críticas da Anvisa ao azeite Los Nobles reforçam a importância do controle rigoroso sobre os produtos alimentícios. A marca não possuía a aprovação da agência sanitária argentina Anmat, o que significa que não passou por inspeções de segurança e qualidade adequadas. A falta de transparência quanto ao fabricante e distribuidor torna o produto ainda mais suspeito, levando à proibição total de sua comercialização.
Além disso, a ausência de CNPJ registrado no Brasil para a distribuidora do Los Nobles indica práticas comerciais ilegais. Sem um CNPJ, é impossível rastrear e garantir a conformidade com os regulamentos locais, o que justifica a retirada do produto das prateleiras.
- Origem desconhecida: Não há informações claras sobre a origem do produto.
- Ausência de anuência prévia: Não há registro ou autorização da Anvisa para a importação do produto.
- Inexistência de registro na ANMAT: Não há registro do produto na Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica da Argentina (ANMAT).
- Suspeita de produção clandestina: Indícios de que o produto possa ser fabricado sem controle e fiscalização adequados.
Quais outras marcas foram suspensas em 2025?
A Los Nobles não é a única marca de azeite sob o radar das autoridades brasileiras. Desde o início de 2025, cerca de 20 outras marcas também enfrentaram restrições. Entre os maiores casos, estão marcas como Vale dos Vinhedos, Serrano, e Málaga, todas removidas do mercado por irregularidades semelhantes.
Essas ações destacam preocupações sérias, como importação e distribuição por empresas sem CNPJ, adulteração do produto com óleos vegetais inferiores e falhas no cumprimento dos padrões sanitários nacionais. A situação é um reflexo do intenso escrutínio em torno dos produtos alimentares no Brasil, fomentando um mercado mais seguro para o consumidor.
Como escolher um azeite de qualidade?
Com as crescentes restrições, o consumidor deve saber como identificar um azeite confiável. Optar por produtos com envase recente é crucial, já que o azeite perde suas propriedades com o tempo. Além disso, preços significativamente baixos podem indicar qualidade inferior ou adulteração, tornando importante desconfiar de ofertas fora do padrão.
Evitar compras a granel é outro ponto importante, pois o envase original do fabricante garante a segurança e a conformidade do produto. Consultar listas de produtos proibidos pela Anvisa ou o Ministério da Agricultura é um passo adicional que pode ajudar a proteger o consumidor contra fraudes.
- Verifique o rótulo: Prefira “extra virgem” e com indicação de país de origem e data de validade.
- Atenção à acidez: Azeites extra virgens devem ter acidez menor que 0,8%.
- Prefira embalagens escuras: Protegem o azeite da luz, mantendo sabor e qualidade.
- Cheque certificações: Selos de qualidade ou Denominação de Origem Protegida indicam controle rigoroso.
- Observe o aroma e sabor: Fresco, frutado e ligeiramente amargo ou picante indica qualidade; sabores rançosos ou suaves demais podem indicar fraude.
- Armazenamento correto: Conserve longe de calor e luz; temperaturas altas aceleram a deterioração.
- Preço desconfiadamente baixo: Muito barato pode indicar mistura com óleos refinados.
Como as ações da Anvisa impactam?

A proibição do Los Nobles e de outras marcas evidencia o comprometimento das autoridades brasileiras em garantir a segurança alimentar. Esse tipo de fiscalização rigorosa contribui para uma indústria mais transparente e ajuda a eliminar práticas fraudulentas. A atual conjuntura pressiona os fabricantes a manterem padrões elevados de qualidade e conformidade, evitando futuros incidentes que prejudiquem sua reputação.
Para o consumidor, as ações do governo são um alicerce na construção de confiança e segurança na escolha dos produtos que irão fazer parte de sua dieta. O aumento das restrições e fiscalização serve de alerta para outras marcas no mercado, incentivando a correção de práticas e promovendo a transparência na cadeia de produção e distribuição.
FAQ sobre azeite proibido pela Anvisa
- Quais são as características de um bom azeite? Um bom azeite deve ter um aroma fresco, cor vibrante e não apresentar sedimentos no fundo da garrafa. Ele deve ser armazenado em local fresco, fora da luz solar direta.
- Por que a fiscalização sobre azeites aumentou nos últimos anos? O aumento da fiscalização é uma resposta a frequentes casos de adulteração e falso rotulagem, que comprometem a segurança do consumidor e a integridade do mercado.
- Como identificar um azeite falso? Azeites falsos geralmente têm preços muito baixos, rotulagem incompleta ou confusa, e não especificam claramente a origem ou o produtor.
- Os azeites importados são sempre seguros? Nem sempre. Produtos importados sem as devidas aprovações sanitárias podem ser inseguros, por isso é vital verificar certificações e aprovações locais antes de comprar.