A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou uma decisão importante recentemente ao proibir a fabricação, venda e uso de 32 suplementos alimentares da Ervas Brasillis Produtos Naturais Ltda. A medida desencadeada por uma inspeção sanitária revelou que os produtos eram fabricados sem a licença necessária, em condições insalubres, contrariando as boas práticas de fabricação. A determinação foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (5/9).
Segundo o relatório da Anvisa, a inspeção identificou que a empresa produzia suplementos em um estabelecimento sem a licença sanitária, o que é uma condição essencial para a legalidade da produção de alimentos e suplementos no Brasil. Além da suspensão imediata dos produtos, a agência também proibiu qualquer forma de propaganda ou distribuição dos itens listados, conforme informado em suas diretrizes legais.
Quais suplementos foram proibidos pela Anvisa?

Segundo informações do g1, dentre os produtos interditados, destacam-se suplementos populares como Creatina Monohidratada, Colágeno Hidrolisado e Ômega 3, todos fabricados sob diversas marcas associadas à Ervas Brasillis, como Turbo Black Vitamin e NB Nutrition. A lista completa inclui também a proibição de produtos naturais amplamente utilizados, como Moringa e Maca Peruana, evidenciando a extensão da medida adotada.
- Marca Ervas Brasil
- Moringa
- Maca Peruana
- Hibisco
- Graviola
- Marca Turbo Black Vitamin
- Creatina Monohidratada Sabor Frutas Vermelhas
- Creatina
- Colágeno Tipo II Não Desnaturado Sabor Iogurte
- Colágeno Hidrolisado Sabor Frutas Tropicais
- Cafeína com Taurina
- Magnésio Treonato
- Maca Peruana
- Maca Preta
- Lactoze sem Glúten
- L-Arginina e Alanina
- K2 + D3 2000 UI
- Energy Maca
- Creatina Monohidratada Sabor Laranja
- Max Vision
- Marca NB Nutrition
- Tadala Natural
- Ômega 3
- Moringa Oleifera
- Magnésio Treonato
- Magnésio Dimalato
- Colágeno Tipo II Não Desnaturado
- Cabelo Pele e Unha
- Ácido Hialurônico + Colágeno Tipo II
A decisão de apreender os lotes em circulação sublinha a gravidade das irregularidades detectadas, em um claro esforço para proteger a saúde dos consumidores e reforçar a regulamentação sanitária no setor alimentício.
Qual a importância da licença sanitária para a produção de suplementos?
De acordo com o artigo 46 do Decreto-Lei 986/1969, a licença prévia é imprescindível para a operação de qualquer estabelecimento que manipule, produza ou transporte alimentos e suplementos. Essa autorização é conferida pelas autoridades sanitárias locais e garante que as instalações cumpram os requisitos básicos de segurança e higiene. A ausência dessa licença não só torna a produção ilegal, mas também coloca os consumidores em potencial risco de saúde.
Produzir em condições insalubres pode resultar na contaminação dos produtos com microrganismos ou substâncias tóxicas, comprometendo a segurança alimentar. Por isso, a Anvisa atua de forma rigorosa para garantir que todas as etapas do processo de fabricação respeitem normas rígidas, protegendo assim o público e assegurando a qualidade dos produtos disponíveis no mercado.
O impacto da decisão da Anvisa?
A decisão da Anvisa tem implicações significativas tanto para os consumidores quanto para o mercado de suplementos. Para os usuários, especialmente aqueles que consumiam regularmente os produtos interditados, a medida requer que busquem alternativas regulamentadas. Isso reforça a importância de verificar a origem e a certificação dos suplementos antes de adquiri-los.
Para o mercado, a proibição serve como um alerta para outras empresas do setor, enfatizando a necessidade de cumprir rigorosamente as normas sanitárias. As penalidades enfrentadas pela Ervas Brasillis destacam o compromisso da Anvisa em manter um elevado padrão de qualidade e segurança, algo que certamente moldará as práticas futuras dentro do segmento de suplementos alimentares no Brasil.
Quais os próximos passos?

Com o aumento da fiscalização por parte da Anvisa, empresas do ramo precisaram intensificar seus protocolos de qualidade e segurança. Essa tendência provavelmente trará mais confiança ao consumidor e poderá até mesmo elevar o padrão dos produtos nacionais. Além disso, espera-se que as ações da agência estimulem o desenvolvimento de tecnologias e práticas inovadoras que assegurem a segurança e a eficácia dos suplementos alimentares.
Embora a interdição represente um desafio para a Ervas Brasillis e seus clientes, também funciona como um catalisador para tornar o mercado de suplementos alimentares mais transparente e seguro, promovendo um ambiente de consumo mais consciente e informado.
FAQ sobre a decisão da Anvisa
- Por que a Anvisa decidiu proibir esses suplementos especificamente? A Anvisa optou pela proibição após uma inspeção que constatou a fabricação sem a devida licença e em condições inadequadas, o que poderia comprometer a segurança dos produtos.
- O que acontecerá com os suplementos já adquiridos? Produtos já adquiridos devem ser descartados, e os consumidores devem aguardar orientações de pontos de venda para eventuais restituições ou trocas.
- Como saber se um suplemento tem a licença necessária? É importante verificar nos rótulos dos produtos ou consultar o site da Anvisa para assegurar que o suplemento possui a certificação necessária.
- Essa medida afeta apenas a Ervas Brasillis? No momento, sim. Contudo, a Anvisa mantém a fiscalização rigorosa em todo o mercado para garantir a segurança dos consumidores.