No cenário político atual, onde tensões e decisões estratégicas frequentemente moldam o futuro de parlamentares, o caso de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal, ganha destaque. Segundo informações da CNN, as lideranças partidárias indicam que a Câmara dos Deputados caminha para uma decisão que suspenderá, e não cassará, o mandato de Bolsonaro. Essa escolha está intimamente ligada a uma série de fatores políticos que refletem tanto o ambiente interno da Câmara quanto as pressões externas.
Em um movimento calculado, os parlamentares parecem relutar em seguir a postura defendida pelo Palácio do Planalto e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que favorecem a cassação do deputado. Dois motivos principais sustentam essa posição. Primeiro, há um sentimento generalizado de resistência contra o que é percebido como uma pressão externa para limitar a atuação parlamentar e submeter-se à autoridade do STF, especialmente após o embate referente à PEC da Blindagem, que gerou desgaste de imagem ao ser rejeitada no Senado.
Como Eduardo Bolsonaro pode ser impactado?

A decisão de optar pela suspensão, em vez da cassação, apresenta-se não apenas como um gesto de autodefesa corporativista, mas também como uma escolha estratégica. Isso porque, sob as regras atuais, faltas acumuladas durante o período de suspensão não são contabilizadas. Para Eduardo Bolsonaro, essa dinâmica significa que ele poderá manter seu número de ausências abaixo de um terço, o que é crucial para não perder seu mandato ao final do ano legislativo de 2025.
A expectativa nos bastidores é que o relator do caso, Delegado Marcelo Freitas (União-MG), recomende uma suspensão de dois a três meses. Essa abordagem permitirá que Eduardo Bolsonaro permaneça no jogo político com um dano minimizado, sob a premissa de que sua ausência temporária não resultaria em penalidades mais severas.
Por que Eduardo Bolsonaro está enfrentando esse processo?
O processo que pede a cassação de Eduardo Bolsonaro é resultado de uma combinação de fatores. Ele é acusado de acumular faltas em excesso, além de sua controvérsia atuação nos Estados Unidos. Durante sua estadia em Washington, realizou ações vistas como tentativas de responsabilizar autoridades brasileiras pelo julgamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa conduta gerou descontentamento e levou o Partido dos Trabalhadores (PT) a formalizar um pedido de cassação.
Com estas acusações, o relator Marcelo Freitas deve concluir um relatório preliminar que determinará se a denúncia é admissível, abrindo caminho para uma análise detalhada do mérito do caso. Essa fase do processo definirá o destino político imediato de Eduardo Bolsonaro.
- Quebra de decoro parlamentar: O PT apresentou uma representação alegando que Eduardo Bolsonaro adotou comportamentos incompatíveis com o cargo, incluindo ausências frequentes e atuação política no exterior.
- Atuação nos Estados Unidos: Desde fevereiro de 2025, o deputado reside nos EUA, onde teria buscado apoio para ações que resultaram em sanções econômicas contra o Brasil.
- Denúncia por coação: A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia por coação, associando Eduardo a tentativas de interferir em processos judiciais no Brasil.
- Processo no Conselho de Ética: O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou um processo disciplinar que pode levar à cassação do mandato, com prazo de até 90 dias úteis para conclusão.
- Suspensão como alternativa: Há movimentações para que, em vez da cassação, seja aplicada uma suspensão temporária, medida que não impactaria nas ausências parlamentares de Eduardo.

Quais os impactos para a Câmara dos Deputados?
Optar pela suspensão em vez da cassação reflete a tensão entre a Câmara dos Deputados e as instituições externas, como o STF. Há uma clara tentativa de proteger a autonomia legislativa, preservando a imagem do parlamento perante a opinião pública e seus eleitores. No entanto, essa postura pode ser vista como um movimento de autodefesa corporativista que visa manter a estabilidade interna ao evitar dar razão ao que é percebido como interferências externas indesejadas em seu funcionamento.
Essa estratégia poderia, de fato, ter consequências de longo prazo para a política nacional, pois as decisões tomadas hoje definem padrões para como parlamentares lidam com questões legais e éticas no futuro.
Um alerta, não uma ameaça: para quem ache que aprovar a anistia (não redução de pena) seria humilhante, sugiro se pôr no lugar de Moraes e sua esposa.
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) September 28, 2025
E lembro: o que eu e @pfigueiredo08 falamos normalmente – para não dizer 100% – ocorre.
FAQ sobre Eduardo Bolsonaro
- O que motivou a abertura do processo contra Eduardo Bolsonaro? O processo foi motivado pelo acúmulo de faltas e pela atuação de Bolsonaro nos EUA, onde ele buscou responsabilizar autoridades brasileiras em nome de seu pai, Jair Bolsonaro.
- A suspensão é considerada uma penalidade “leve”? Embora a suspensão seja menos severa que a cassação, ela ainda representa uma sanção significativa em decorrência das acusações enfrentadas por Eduardo Bolsonaro.
- Por que a opinião pública importa nesse caso? A opinião pública molda a percepção sobre a legitimidade e a imparcialidade das ações do legislativo, influenciando tanto o apoio popular quanto o posicionamento político dos parlamentares.
- Quais são as implicações políticas dessa decisão? A decisão de suspender em vez de cassar pode alterar como futuros casos de ética são julgados, além de destacar a tensão entre poderes em torno da autonomia legislativa.