No universo do entretenimento brasileiro, histórias e acontecimentos nos bastidores muitas vezes chamam a atenção tanto quanto as apresentações nos palcos. A revelação feita por uma famosa dançarina trouxe à tona uma faceta pouco conhecida do grupo de axé É o Tchan, destacando não apenas as relações profissionais, mas também os laços pessoais entre seus integrantes. O relato de um affair vivido por Sheila Mello com Edson Gomes Cardoso Santos, conhecido como Jacaré, coloca em evidência aspectos curiosos e humanos da convivência no cenário musical.
Sheila Mello compartilhou detalhes desse envolvimento na terça-feira (1/7), durante participação no podcast Papagaio Falante, surpreendendo fãs e seguidores do grupo. A relação, segundo a própria dançarina, foi mantida em sigilo durante o período em que aconteceu, sendo conhecida apenas pelos membros do É o Tchan. Apesar de ter sido algo breve, o acontecimento revela como afetos e respeito mútuo podem permanecer, independentemente da dinâmica de um romance passageiro ou da exposição midiática.
Como foi a relação entre Sheila Mello e Jacaré?
Já rolou no passado! 🤫 Sheila Mello revelou no Papagaio Falante que teve um affair com Edson Cardoso, o famoso Jacaré: “Já, já teve um affair, sim (…) A gente teve um lance, durou pouco tempo, e assim acabou. Eu fui madrinha do casamento dele, e ele foi padrinho do meu” pic.twitter.com/1xQjtPu2h8
— Notas e fofocas (@notasefofocas) July 2, 2025
A convivência diária durante as viagens, ensaios e apresentações aproximou Sheila e Jacaré logo após a entrada da dançarina no grupo. Mesmo mantendo discrição sobre o romance, o respeito prevaleceu após o término. Em entrevistas, Sheila sempre ressaltou que a amizade permaneceu firme, evidenciando que a parceria profissional soube superar qualquer possível constrangimento. Além disso, episódios compartilhados futuramente demonstram uma relação baseada em confiança e reciprocidade.
“A gente teve um lance, pouco tempo, e acabou. Fui madrinha do casamento, ele foi padrinho do meu casamento”, disse Sheila.
Um dos fatores de destaque nos relatos recentes da dançarina é a gratidão nutrida por Jacaré, não pelo envolvimento romântico, mas pela postura ética e amiga ao longo dos anos. No início da trajetória de Sheila no É o Tchan, Jacaré fez questão de aconselhá-la sobre os riscos e armadilhas do mundo artístico, alertando sobre os perigos do deslumbramento com a fama e orientando-a quanto à importância da humildade. Tal atitude foi fundamental para ajudar a dançarina a manter os pés no chão diante das mudanças que vieram com o sucesso repentino.
Quais ensinamentos ficaram dessa experiência?
Sheila Mello destaca um episódio marcante, quando foi chamada a atenção por Jacaré após agir de maneira grosseira com um segurança. O conselho direto, seguido do incentivo para que ela se desculpasse, se transformou numa lição para toda a vida. O gesto demonstrou não apenas companheirismo, mas também responsabilidade afetiva entre colegas de trabalho. Segundo a dançarina, essa atitude contribuiu para moldar sua postura profissional e pessoal. São situações como essa que ilustram como os bastidores das bandas não se resumem apenas a coreografias e música, mas envolvem também trocas de valores e experiências de crescimento coletivo.
“Vá pedir desculpas agora! Lembra que você pediu para te avisar quando você estivesse virando essa pessoa escrot*? Você foi! Vai lá e pede desculpas agora!’. Isso foi uma lição tão grande para mim”, revelou Sheila.
Qual foi o impacto do É o Tchan na música?
Durante os anos em que estiveram juntos no palco, Sheila e Jacaré dividiram não só coreografias de sucesso, mas também momentos marcantes em celebrações particulares. Curiosamente, ambos participaram dos casamentos um do outro, testemunhando laços duradouros que vão além das questões profissionais. Vale mencionar ainda que a relação de respeito e admiração mútua se manteve intacta ao longo do tempo, o que é frequentemente relatado como raro no mundo da fama.
Popularização do Pagode Baiano e do Axé
- Alcance Nacional e Internacional: O grupo foi fundamental para levar o pagode baiano e o axé music para todos os cantos do Brasil, e até para o exterior (como a histórica participação no Festival de Montreux, na Suíça). Antes do É o Tchan, o gênero já existia, mas o grupo conseguiu uma projeção massiva, tornando-o um sucesso comercial estrondoso.
- Novos formatos e misturas: O É o Tchan trouxe uma nova fórmula para o axé, misturando elementos do samba de roda com influências caribenhas e cubanas, que já eram populares na Bahia. Essa fusão rítmica e a irreverência das letras contribuíram para um som contagiante e original.
O Fenômeno das Coreografias e Dançarinos
- Danças Virais: As músicas do É o Tchan eram indissociáveis de suas coreografias. As “dancinhas”, como a “Dança da Cordinha”, “Dança do Bumbum” e “Ralando o Tchan”, se tornaram febre nacional, sendo reproduzidas em festas, programas de TV e escolas. Isso criou um modelo de sucesso que muitas outras bandas tentaram replicar.
- Dançarinos-Celebridades: O grupo transformou os dançarinos em celebridades. Nomes como Carla Perez, Sheila Carvalho e Sheila Mello alcançaram fama equivalente, e muitas vezes até maior, que a dos próprios vocalistas. Elas se tornaram ícones sexuais da época e estamparam capas de revistas, movimentando a indústria de entretenimento.
Estratégia de Marketing e Comercial
- “Produto” Formado: O É o Tchan demonstrou um aguçado senso comercial na formatação do “produto” musical. A inclusão de dançarinas, a ênfase no aspecto cênico e visual dos shows e videoclipes (como “A Nova Loira do Tchan” e “Dança do Egito”) foram estratégias de marketing inovadoras para a época.
- Produtos Licenciados: Além das vendas milionárias de discos, o grupo explorou o licenciamento de produtos, como calçados, roupas e brinquedos, expandindo sua marca para além da música e reforçando seu impacto cultural.
- Bordões e Expressões: O grupo criou e popularizou diversos bordões e expressões que se incorporaram ao imaginário popular brasileiro, como “Sabe de nada, inocente!”.
Legado e Influência
- Alegria e Humor: O É o Tchan é lembrado por suas letras divertidas e bem-humoradas, que levavam alegria e leveza para o público em um período de desafios sociais. A banda se consolidou como sinônimo de entretenimento popular e festa.
- Inspiração para Outros Grupos: O sucesso do É o Tchan inspirou a formação de inúmeras bandas com temática e estrutura semelhantes, consolidando o modelo de grupos com forte apelo visual, dançarinos e músicas coreografadas.
- Relevância Duradoura: Mesmo após décadas, o É o Tchan continua presente na memória afetiva dos brasileiros, com suas músicas sendo tocadas em festas e shows e suas coreografias sendo resgatadas em plataformas como o TikTok, o que demonstra a permanência de seu legado.
Relatos como o de Sheila Mello sobre o convívio com Jacaré ajudam a entender melhor os desafios enfrentados por quem convive diariamente sob os holofotes. Trajetórias marcadas por relações verdadeiras e conselhos sinceros acabam sendo, para muitos, um dos maiores legados da experiência artística e pessoal.
