Se você está com dívidas acumuladas ou tentando quitar um cartão com outro, essa mensagem pode mudar seu rumo financeiro. A advogada Larissa Marques Brandão, especialista em Direito Bancário, tem ajudado milhares de pessoas a sair do endividamento com estratégias legais e eficazes.
Com mais de 300 mil seguidores nas redes sociais, Larissa (@larissabrandao.adv) compartilha dicas práticas baseadas em sua vivência no atendimento a consumidores. Atuando como conselheira estadual da OAB/MS e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor, ela revela como agir com inteligência diante das ameaças dos bancos.
O que Dr. Larissa Brandão recomenda para quem está endividado com cartão ou cheque especial?
Larissa Brandão explica que muitos clientes caem na armadilha de tentar pagar dívidas antigas com novas linhas de crédito—usando um cartão para pagar outro, pegando empréstimos para quitar o cheque especial. Esse comportamento cria um ciclo que transforma dívidas menores em uma bola de neve insustentável.
Ela afirma que os bancos usam artifícios para gerar medo (nome sujo, penhora de bens, bloqueio de salário), mas, na prática raramente acionam a via judicial, sobretudo em dívidas de cartão ou cheque especial pois geralmente não há contrato formal entre banco e cliente nessa modalidade. O conselho da advogada é: não renegocie e não parcele. Guarde o seu dinheiro em outra conta ou banco, espere seis meses e, então, negocie à vista.

O que faz Larissa Brandão uma referência em Direito Bancário?
Você sabia que Larissa Brandão é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da OAB/MS no triênio 2025‑2027? Ela recebeu moção de congratulações por organizar conferência estadual sobre advocacia consumerista com apoio do Conselho Federal.
Ela produz conteúdo no Instagram e TikTok com foco em superendividamento, revisional de dívidas e fraudes bancárias, com milhares de visualizações diárias. Seu perfil @larissabrandao.adv oferece orientações claras com embasamento legal e foco nos direitos dos consumidores perante instituições financeiras.
E se eu quiser comprovar que posso negociar com desconto de até 90 %?
Um ponto chave que Larissa destaca é solicitar ao banco o Documento Descritivo de Crédito (DDC), conforme a Resolução CMN nº 5.004/2022. Esse documento traz todo o histórico da dívida, valores originais, juros cobrados, seguros e encargos. Com esses dados em mãos, o consumidor tem base sólida para exigir revisão e propor quitação com desconto.
O banco é obrigado a fornecer o DDC em até um dia útil quando solicitado. Se recusar, o consumidor pode registrar reclamação no Banco Central, Procon ou consumidor.gov.br. Esse respaldo legal muda totalmente o equilíbrio da negociação.

Por que a maioria das dívidas de cartão ou cheque especial não gera ações judiciais?
Segundo a advogada, essas modalidades de crédito quase nunca incluem um contrato formal, o que dificulta o processo de cobrança judicial. Com isso, recorrer à Justiça exigiria provas e tempo — muitas vezes anos — o que torna inviável para os bancos.
Sem ação judicial efetiva, o consumidor não precisa temer penhora de bens ou bloqueios de salário — os instrumentos de pressão usados nos filmes, mas pouco comuns na realidade jurídica dessas dívidas. Portanto, Larissa aconselha aguardar, guardar reservas financeiras, e negociar diretamente quando houver base concreta com o DDC.
O que você pode fazer agora para aplicar essa estratégia?
Peça imediatamente o DDC à sua instituição financeira. Use o canal digital ou presencial — em até um dia útil o banco deve entregar. Se houver recusa, reúna provas e registre reclamação no Banco Central ou no Procon. Com essas informações, aguarde seis meses e avalie negociar à vista.
Essa técnica evita sufocar seu orçamento com juros e parcelamentos que nunca terminam. Com apoio legal claro e embasado, essa abordagem já permitiu descontos de até 90 % em dívidas problemáticas.