No ano de 2025, o passaporte brasileiro alcançou uma posição mais elevada no ranking dos mais poderosos do mundo, destacando-se entre as economias emergentes por sua crescente aceitação internacional. Este avanço reflete um aumento considerável no número de destinos que os portadores de passaporte brasileiro podem visitar sem a necessidade de visto, chegando a 170 países. Esse movimento positivo foi atribuído principalmente à recente isenção de visto acordada com a China, que, juntamente com nações como Argentina, Chile, Peru e Uruguai, passaram a permitir a entrada de brasileiros sem a exigência de visto.
A Henley & Partners, consultoria responsável pela elaboração do ranking, baseia seus dados em informações fornecidas pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). Este estudo anual é uma referência sobre a liberdade de viagem associada a diferentes cidadanias, analisando um total de 199 passaportes e 227 destinos ao redor do mundo. A posição de cada país no ranking é determinada pelo número de pontos que seu passaporte soma, correspondente aos destinos que aceita sem visto prévio.
Por que a China dispensou o visto para brasileiros?

O avanço do Brasil, que passou da 17ª para a 16ª posição, é um indicativo significativo da crescente importância e prestígio dos documentos brasileiros na arena internacional. O país agora compartilha a posição com a Argentina e San Marino, todos com acesso livre a 170 países. Este marco reflete não apenas uma evolução diplomática, mas também o fortalecimento das relações internacionais que o Brasil vem promovendo nos últimos anos.
O motivo pelo qual a China decidiu dispensar o visto para portadores de passaporte brasileiro está alinhado com sua estratégia de se abrir mais aos mercados internacionais, promovendo um fluxo maior de visitantes e fortalecendo laços comerciais e culturais. Para a China, essa mudança não é só logística, mas estratégica. Estender essa isenção a vários países latino-americanos representa um passo importante rumo a um ambiente de negociações comerciais mais acessível e cooperativo.
A decisão chinesa não se restringe a interesses meramente diplomáticos. Ela visa também incentivar o turismo e os negócios bilaterais. Facilitando a entrada de brasileiros, chineses estão olhando para um aumento do turismo e das parcerias comerciais em setores estratégicos, onde esses países já têm parcerias estabelecidas, e outros potenciais que são vantajosos economicamente para ambos os lados.
Quais são os países com passaportes mais poderosos?
No topo da lista dos passaportes mais poderosos de 2025, Singapura se destaca ao oferecer acesso sem visto a 193 destinos. Esta colocação reafirma a posição de Singapura como um hub global, com sua economia vibrante e forte presença diplomática no cenário mundial. Na segunda posição, os passaportes da Coreia do Sul e do Japão possibilitam entrada livre a 190 destinos, refletindo suas extensas redes diplomáticas e acordos bilaterais.
Europeus e asiáticos dominam o ranking nas primeiras posições. Na sequência, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália e Espanha alcançam a terceira posição com 189 destinos. Logo abaixo estão Áustria, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal e Suécia com 188 destinos. Estes países têm uma longa tradição de acordos diplomáticos, aliados a suas economias estáveis e políticas de boa vizinhança, que continuam a ampliar as possibilidades de circulação de seus cidadãos ao redor do globo.

Veja a lista:
- Singapura (193 destinos)
- Japão e Coreia do Sul (190 destinos)
- Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália e Espanha (189 destinos)
- Áustria, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Suécia (188 destinos)
- Grécia, Nova Zelândia e Suíça (187 destinos)
- Reino Unido (186 destinos)
- Austrália, Chechênia, Hungria, Malta e Polônia (185 destinos)
- Canadá, Estônia e Emirados Árabes Unidos (184 destinos)
- Croácia, Letônia, Eslováquia e Eslovênia(183 destinos)
- EUA, Islândia e Lituânia (182 destinos)
- Liechtenstein e Malásia (181 destinos)
- Chipre (178 destinos)
- Romênia, Bulgária e Mônaco (177 destinos)
- Chile (176 destinos)
- Andorra (171 destinos)
- Argentina, Brasil, San Marino (170 destinos)
- Hong Kong (169 destinos)
- Israel (168 destinos)
- Brunei (164 destinos)
- Barbados (163 destinos)
A classificação de passaportes não é apenas uma curiosidade diplomática; ela tem impactos reais na vida dos cidadãos, seja em termos de planificação de viagens, oportunidades econômicas ou aspectos de status social. Um passaporte forte facilita viagens de negócios e turismo, enquanto um passaporte com menos acessibilidade pode restringir essas oportunidades.
Para as economias emergentes como o Brasil, alcançar uma melhor posição no ranking dos passaportes significa uma redenção no plano internacional, possibilitando mais interações comerciais favoráveis sem as barreiras burocráticas dos vistos. Isso também pode ser benéfico para empresas e indivíduos que procuram expandir suas atividades comerciais em locais que anteriormente necessitavam de burocracias adicionais para visitação.
Quais os próximos passos no rankin de passaporte?
Embora o Brasil tenha subido no ranking, ainda há espaço para melhorias. O governo continua a negociar acordos bilaterais para ampliar o número de países que os brasileiros podem acessar sem visto. O desafio continua nos países que ainda requerem um processo rigoroso para emissão de vistos, o que demanda contínuos esforços diplomáticos.
Com o mundo se recuperando dos impactos da pandemia, essa abertura para novos destinos destaca uma vontade global de fomentar uma retomada econômica mais ampla e integrada. O acesso facilitado aos passaportes exemplifica um passo significativo para uma conectividade global mais robusta e ampla, que promete fomentar um século XXI mais interconectado e interdependente.