A publicitária Juliana Marins faleceu em decorrência de um acidente durante uma trilha no Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, na Indonésia. O caso ganhou destaque por envolver circunstâncias complexas, que exigiram investigação detalhada das autoridades brasileiras e indonésias. O episódio levantou questionamentos sobre a segurança em trilhas internacionais e a necessidade de procedimentos rigorosos em atividades de aventura realizadas em outros países.
Juliana Marins teria falecido entre dois e três dias depois de sofrer a queda. Essa conclusão consta em um laudo de autópsia encaminhado pela polícia indonésia à Polícia Civil do Rio de Janeiro, conforme divulgado em reportagem da TV Globo.
O que aconteceu na trilha do Monte Rinjani?

Juliana sofreu uma queda durante uma caminhada no Monte Rinjani, uma das trilhas mais procuradas por turistas que visitam a Indonésia. Segundo informações da perícia, a publicitária estava acompanhada por outros viajantes e havia contratado uma agência local para realizar o passeio. O acidente ocorreu na manhã do dia 21 de junho, quando Juliana caiu em uma vala profunda, sofrendo graves traumas que resultaram em politraumatismo e lesões internas múltiplas.
O resgate do corpo só foi possível três dias depois, à noite, devido à dificuldade de acesso à área e à localização remota da trilha. Esse intervalo, entre o acidente e o achado do corpo, trouxe obstáculos para a elucidação dos fatos e dificultou a definição do momento do falecimento, tarefa fundamental nos processos investigativos e judiciais.
Como a perícia identificou a causa da morte de Juliana Marins?
A família chegou a recorrer à Justiça brasileira para solicitar uma nova necrópsia, a ser realizada no país. No entanto, o governo antecipou-se à decisão judicial e autorizou o procedimento por conta própria. Apesar da realização do exame, os peritos brasileiros não conseguiram determinar com precisão a data da morte, devido ao estado em que o corpo chegou ao Brasil.
Segundo o portal Metrópoles, o novo laudo, baseado nas informações fornecidas pela primeira autópsia feita na Indonésia, indica que o óbito teria ocorrido entre 1h15 de 23 de junho e 1h15 de 24 de junho. Juliana havia sofrido o acidente pela manhã no dia 21, mas seu corpo só foi encontrado na noite do dia 24.
Segundo o relatório da Polícia Civil fluminense, a causa da morte foram os diversos traumas provocados pela queda. A perícia apontou que o falecimento ocorreu em decorrência de lesões internas múltiplas e politraumatismo, compatíveis com o acidente sofrido. O documento também menciona que, após o impacto, a estimativa é de que Juliana tenha sobrevivido por, no máximo, 15 minutos.
Quais cuidados tomar em trilhas internacionais?
A morte da brasileira Juliana Marins teria ocorrido entre o segundo e o terceiro dia após a primeira queda, aponta laudo. pic.twitter.com/fMskWZY6Mo
— Band Jornalismo (@BandJornalismo) July 10, 2025
Acidentes em trilhas ao redor do mundo não são incomuns, especialmente em destinos que oferecem desafios naturais e condições imprevisíveis. O episódio envolvendo Juliana Marins reforça a importância de algumas medidas preventivas:
- Escolha de agências especializadas: Optar por empresas reconhecidas e experientes é fundamental para garantir suporte adequado em situações de emergência.
- Equipamento e preparo físico: Utilizar equipamentos apropriados e avaliar a própria experiência são pontos essenciais para minimizar riscos.
- Informação prévia sobre o destino: Conhecer o local, as regras e as condições climáticas pode contribuir para evitar acidentes.
- Seguro viagem: Contratar cobertura internacional é imprescindível para assistência em casos de intercorrências graves.
Além desses fatores, a comunicação constante com familiares e amigos, ainda que à distância, e a atualização dos dados de localização em aplicativos de emergência podem salvar vidas e agilizar processos de resgate.
Quais os impactos do caso?
A morte de Juliana Marins continua gerando reflexões em 2025 sobre os procedimentos adotados por agências de turismo na Ásia e sobre o suporte dado a estrangeiros em situações delicadas. O caso serviu para alertar outros viajantes sobre a importância da cautela em ambientes naturais e das providências legais que envolvem a transferência de informações médico-legais entre países.
Órgãos brasileiros e indonésios reforçaram a necessidade de cooperação internacional e de processos ágeis para minimizar o sofrimento das famílias. O sepultamento da publicitária, realizado em Niterói, também foi marcado pelo debate em torno da liberação do corpo e da preservação de provas para futuros desdobramentos judiciais.
Tragédias como essa ajudam a gerar discussões públicas sobre a melhoria do atendimento em parques naturais, a fiscalização de agências prestadoras de serviços turísticos e o aperfeiçoamento dos protocolos de acidente para turistas brasileiros que optam por trilhas e aventuras fora do país.