Maria Luiza Canedo é arquiteta formada pela UNIP‑Bauru, criadora de conteúdos digitais (@marialcanedo, 148 mil seguidores) e gestora da Malu Canedo Arquitetura . Seu CRM não está disponível publicamente, mas seu perfil profissional e formação acadêmica podem ser confirmados no LinkedIn e Instagram oficiais .

O que é neuroarquitetura e por que valorizar um lar atemporal?
A neuroarquitetura une neurociência e arquitetura para criar ambientes que impactam positivamente o cérebro e as emoções. Canedo alerta contra o estilo “Brega Premium Plus” — decoração carregada de tendências passageiras, lustres chamativos e peças reflexivas — que transforma a casa em uma vitrine, sem transmitir acolhimento real.
Em vez disso, ela defende ambientes atemporais, conectados à personalidade dos moradores. Segundo a especialista, locais cheios de elementos desconexos não geram a sensação de refúgio — essencial para nos sentirmos “em casa”.
Por que ambientes passageiras distantes não geram sensação de lar?
Um ambiente tornado “vitrine” não promove familiaridade. A neuroarquitetura mostra como cores suaves, materiais naturais e iluminação adequada ativam reações cerebrais ligadas ao bem-estar e à segurança emocional.
Quando o lar é repleto de elementos conflitantes — como piso super‑refletivo, sofá de suede, parede 3D e sanca de gesso —, o cérebro se mantém em alerta, sem criar memórias afetivas. O local passa a ser mais um show de decoração do que uma extensão do morador.
Mito ou verdade: tendências passageiras podem prejudicar o bem-estar?
É verdade: a decoração fútil e desconexa pode gerar desconforto emocional. De acordo com estudos da neuroarquitetura, ambientes com design planejado (cores, texturas, layouts pensados) promovem calma, concentração e equilíbrio emocional.
A OMS reconhece que design ambiental impacta saúde mental; ambientes mal planejados aumentam níveis de estresse e ansiedade. Ao priorizar tendências estéticas de curto prazo, abre-se mão de conforto emocional duradouro.
Como montar um lar elegante, aconchegante e atemporal
Para Canedo, a chave está em:
- Escolher elementos que dialoguem com a personalidade dos moradores, evitando exageros visuais.
- Aplicar iluminação indireta e natural, criando relaxamento e estimulando a produção de neurotransmissores como serotonina .
- Valorizar materiais suaves e texturas naturais, que ativam o córtex sensorial e geram sensação de acolhimento .
Esses elementos favorecem a neuroplasticidade, criando um reforço positivo constante no cérebro — o que gera familiaridade e laços emocionais com a casa.
Alguma curiosidade sobre Maria Luiza Canedo e seu estilo?
Maria Luiza já disse que “um lar precisa tocar no olhar, no corpo e na alma”. Seu trabalho foca em elegância discreta e aconchego. Em seus projetos, ela evita recursos chamativos — como lustres enormes ou superfícies espelhadas — que refletem luz demais e roubam protagonismo dos moradores.
Ela também recusa rótulos de modismo: suas postagens enfatizam que ambientes atemporais favorecem a longevidade estética e emocional de um projeto.
Quais efeitos do ambiente desconectado no cérebro e comportamento?
Fontes da ANFA e estudos brasileiros mostram que ambientes inadequados elevam níveis de cortisol (hormônio do estresse) e reduzem a percepção de segurança emocional .
Ambientes equilibrados induzem produção de dopamina e serotonina, favorecendo a sensação de prazer, conforto e conexão afetiva. Assim, a neuroarquitetura demonstra que um ambiente bem projetado é benéfico para a saúde mental no dia a dia.
Você sabia? Como a luz natural moraliza o humor e o sono?
A ligação entre luz e ritmos circadianos é reconhecida pela OMS e por estudos sobre saúde pública. A luz natural regula produção de melatonina e cortisol, exigindo horários naturais de repouso e alerta .
Portanto, priorizar entrada de luz suave, sem reflexos ou peças brilhosas, apoia melhor qualidade de sono e disposição diária. Já a decoração exagerada interfere nesse equilíbrio biológico.
Como criar seu lar sem cair na armadilha das modas?
Antes de adicionar um item decorativo, pergunte: “Ele transmite quem eu sou?”. Valorizando personalidade e conforto, em lugar de tendências vistosas, o lar se torna reflexo dos moradores, não uma vitrine.
O foco em elegância atemporal, materiais naturais e iluminação planejada faz qualquer casa parecer versátil, acolhedora e duradoura — sem precisar trocar tudo a cada temporada.
Fontes oficiais
- Organização Mundial da Saúde (OMS) — estudos sobre ritmo circadiano e bem‑estar
- Academy of Neuroscience for Architecture (ANFA) — neuroarquitetura baseada em evidência
- Pointer, WEG, idaiação Idealista — textos sobre efeitos de iluminação, cor e textura no ambiente físico.