Na noite desta quinta-feira (10/7), um fenômeno natural ganhará destaque nos céus: a chamada Lua do veado. Esse termo, muito utilizado em países da América do Norte, se refere à Lua cheia do mês de julho. O nome tem origem em tradições indígenas da região, que atribuíram nomenclaturas específicas para cada Lua cheia do ano, de acordo com eventos marcantes da natureza nesse período.
O espetáculo, visível das 18h até as 6h, ocorre quando a Lua se encontra em posição oposta ao Sol e se apresenta totalmente iluminada para quem a observa da Terra. Este fenômeno, embora alcance os olhos dos espectadores em várias partes do planeta, possui significado cultural mais forte entre norte-americanos. No Hemisfério Sul, não existe uma tradição equivalente relacionada a nomes das fases lunares.
Por que o nome “Lua do veado”?

A designação “Lua do veado” está relacionada ao ciclo da natureza nos Estados Unidos. Neste período específico do ano, cervos e veados começam a desenvolver seus chifres, marcando o amadurecimento desses animais. Dessa forma, as culturas indígenas passaram a chamar a Lua cheia de julho com esse nome simbólico, conectando o satélite ao ritmo dos animais e plantas da estação.
O costume de batizar as diferentes Luas cheias com nomes próprios não se limita apenas ao mês de julho. Por exemplo, a Lua de maio costuma ser chamada de Lua das flores, associada ao florescimento típico desse tempo, enquanto a de junho recebe o título de Lua do morango, devido à época de colheita da fruta nos Estados Unidos. Essas denominações ajudam a registrar as mudanças naturais percebidas por comunidades locais ao longo do ano.
- Chifres dos veados machos: Julho é o mês em que os chifres dos veados machos estão em pleno crescimento. Nessa época, eles estão grandes e majestosos, o que tornava a associação com a lua cheia muito evidente para os povos antigos, especialmente tribos nativas americanas.
- Renovação e crescimento: Os chifres dos veados são um símbolo de renovação e crescimento. A cada ano, eles caem e crescem novamente, mais fortes. Esse ciclo coincidia com a abundância do verão e a vitalidade da natureza, refletida na lua cheia.
- Tradição e folclore: O nome “Lua do Veado” é um dos muitos nomes tradicionais para as luas cheias ao longo do ano, criados por diferentes culturas para marcar eventos sazonais e ciclos naturais. Outros exemplos incluem a “Lua da Colheita” em setembro ou a “Lua Fria” em dezembro.
Quais são outras denominações para a Lua cheia de julho?
Além do nome mais conhecido, a Lua cheia de julho também recebe outros apelidos em diferentes regiões do mundo. Nos Estados Unidos, há ainda a expressão Lua do trovão, inspirada pelas tempestades de verão comuns nesta época no hemisfério norte. Já em países europeus, é comum o uso do termo Lua do feno, pois coincide com o momento em que ocorre o corte e armazenamento dessa planta alimentar.
- Lua das flores: Maio
- Lua do morango: Junho
- Lua do veado: Julho
- Lua do trovão: Julho (alternativo nos EUA)
- Lua do feno: Julho (Europa)
A origem desses nomes mostra a ligação entre fenômenos astronômicos e ciclos agrícolas ou pecuários em diferentes culturas. Os nomes, portanto, refletem a realidade e as prioridades de cada sociedade, servindo como marcadores do tempo e das mudanças naturais típicas de cada mês.
Quais são as características do fenômeno?
No ano de 2025, a passagem da Lua do veado estará associada a um contexto astronômico curioso: a chamada “Grande Parada Lunar”. Este fenômeno ocorre aproximadamente a cada dezoito anos, quando a força gravitacional do Sol contribui para um aumento na inclinação da órbita lunar em relação ao equador celeste da Terra. Como resultado, a Lua cheia pode aparecer especialmente alta ou baixa no céu, dependendo da época do ano em que ocorre.
A luminosidade da Lua cheia nesse período costuma causar o efeito de parecer mais próxima ou mais baixa, principalmente quando vista logo após o pôr do Sol, no horizonte leste. Essa ilusão de ótica é intensificada no inverno, quando a trajetória do Sol no céu está mais ao norte. Vale lembrar ainda que, apesar de episódios em que a Lua parece mais alaranjada, essa coloração não é propriedade do astro, e sim efeito da passagem da luz pela atmosfera terrestre.
- O fenômeno será visível em grande parte do planeta, especialmente em regiões com céu limpo durante a noite de 10 para 11 de julho.
- A luminosidade intensa da Lua cheia pode afetar a visualização de estrelas de brilho mais suave.
- As tradições populares são apenas referenciais culturais e não alteram propriedades físicas da Lua.
Observar a Lua do veado representa uma oportunidade de acompanhar não só um evento astronômico de rotina, mas também de conhecer um pouco dos costumes e da relação dos povos com os ciclos naturais. Mesmo que, do ponto de vista científico, não exista diferença entre essa e outras Luas cheias do ano, o fenômeno segue encantando entusiastas de astronomia e curiosos em diferentes partes do planeta.