Nesta sexta-feira (18/7), uma nova frente fria começou a influenciar o clima no território brasileiro, especialmente a partir do Sul do país. De acordo com previsões meteorológicas recentes, esta massa de ar polar trouxe um frio significativo, marcando madrugadas geladas e impactando diversas regiões, do Sul ao Centro-Oeste e parte do Sudeste. As informações meteorológicas apontam para rajadas de vento intensas e geada ampla nas áreas de serra e planalto dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
No Rio Grande do Sul, especialmente, o frio se estabeleceu com força, com mínimas abaixo de zero previstas em cidades das regiões serrana e dos planaltos. Em Porto Alegre, os termômetros chegaram a registrar temperaturas próximas dos 4°C no início do fim de semana. Florianópolis, por sua vez, enfrentou mínimas de 9°C a 12°C, enquanto Curitiba, capital paranaense, também sentiu o impacto do frio intenso, mesmo durante as tardes.
Quais regiões são mais afetadas pela frente fria?
🌧️ Sexta-feira com chuvas no extremo N do Brasil e no leste do NE.
— Meteored | Tempo.com (@MeteoredBR) July 18, 2025
🌬️ Massa de ar frio volta a deixar o tempo firme no S do país a partir desta sexta-feira e o frio ganha força nos próximos dias.
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Segundo a Climatempo, a região Sul será a mais impactada pelo núcleo da massa de ar polar, que traz as temperaturas mais baixas. A previsão é de madrugadas congelantes, registros negativos nos termômetros e ocorrência de geada neste sábado (19) e domingo (20) nos três estados da região. Ainda que com menor força, o frio também deve alcançar partes do Sudeste e do Centro-Oeste.
Nas áreas de serra e planalto do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, as temperaturas mínimas podem cair para abaixo de zero, com previsão de geada generalizada entre a noite desta sexta-feira e a manhã de domingo.
Em Porto Alegre (RS), a sexta-feira já começou com frio intenso, registrando 4°C. Durante o fim de semana, os termômetros não devem ultrapassar os 17°C. Em Florianópolis (SC), as mínimas ficam em torno de 9°C no sábado e 12°C no domingo, com tardes mais suaves. Já em Curitiba (PR), os dias devem amanhecer com 4°C no sábado e 6°C no domingo, com máximas que não passam dos 21°C.
Como o frio afeta o Sudeste e o Centro-Oeste?
Com a chegada da massa de ar polar, cidades do sudeste brasileiro também registram quedas nas temperaturas, principalmente durante as madrugadas do final de semana. Em São Paulo, os termômetros chegaram à casa dos 10°C, enquanto no Rio de Janeiro a previsão indicava mínimas de 11°C. No sul de Minas Gerais e na Serra Fluminense, o frio foi ainda mais perceptível. Apesar da presença do ar gelado, a ausência de chuva e a presença do sol durante as tardes proporcionaram um intenso contraste térmico, reflexo comum para o período do inverno brasileiro.
No Espírito Santo e no norte mineiro, a influência da frente fria é mais branda, mas ainda observada por meio das manhãs frias e do ar seco. As características do inverno nessas regiões, típicas de 2025, reforçam a ocorrência de madrugadas frias e grande amplitude térmica no decorrer do dia.

Qual a influência da massa de ar polar e o fenômeno da friagem na Região Norte?
Além de impactar as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a massa de ar polar também exerce efeitos significativos no Norte do Brasil, especialmente por meio do fenômeno conhecido como friagem. A friagem ocorre quando há uma brusca queda nas temperaturas, mesmo em estados tipicamente quentes e úmidos como Acre, Rondônia e parte do sul do Amazonas. Este fenômeno é causado pela chegada do ar frio de origem polar que consegue avançar até latitudes tropicais, promovendo dias mais frios, redução das máximas diurnas e sensação térmica incomum para os moradores locais. A friagem costuma ocorrer durante o inverno e pode ter impactos relevantes na saúde, bem-estar e nas atividades agrícolas das populações amazônicas.
Nos episódios de friagem, as temperaturas podem apresentar declínios bruscos de até 8ºC a 12ºC em pouco tempo, sendo inclusive acompanhadas por aumento da sensação de frio devido à umidade do ar. A friagem é frequentemente registrada em cidades como Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO), onde o ar polar provoca incômodo térmico e mudanças nas rotinas diárias. Esse fenômeno, apesar de não ser acompanhado de grandes volumes de chuva, pode intensificar o desconforto para grupos vulneráveis e afetar a agricultura devido ao choque térmico nas culturas tropicais. Entender a friagem é essencial para compreender como eventos extremos do inverno brasileiro também impactam a Região Norte.
A massa polar pode alcançar outras regiões do Brasil?

No Norte do país, os efeitos da frente fria chegam de modo mais suave, especialmente nos estados do Acre e Rondônia, sentidos principalmente mediante ventos frios que auxiliam no alívio do calor persistente. Em regiões como Amazonas, Roraima e Amapá, a predominância de calor segue inalterada, mas há risco elevado para ocorrência de temporais em algumas áreas. O sul do Pará e o Tocantins, por sua vez, continuam enfrentando tardes escaldantes e baixos índices de umidade relativa do ar.
- Região Sul: Grandes chances de geada, madrugadas com temperaturas negativas, ventos fortes e instabilidade climática.
- Centro-Oeste: Queda nas temperaturas, possibilidade de geada no sul do Mato Grosso do Sul e sensação de alívio térmico em Mato Grosso.
- Sudeste: Frio mais acentuado nas madrugadas, principalmente no sul e leste de São Paulo, Serra Fluminense e sul de Minas Gerais.
- Norte: Frio leve em partes do Acre e Rondônia devido à friagem, calor e alta umidade predominando nas demais áreas.
A situação climática causada por essa frente fria exige atenção em diferentes estados, principalmente devido aos riscos de geada, ventos fortes e variação brusca de temperatura. O cenário observado em julho de 2025 reforça a típica característica do inverno brasileiro, marcado por contrastes térmicos e pela influência de massas de ar polar que, frequentemente, avançam por vastas áreas do país. Entender esse comportamento do clima é fundamental para a população se adaptar e, em alguns casos, prevenir riscos associados à instabilidade do tempo.