Se você está pensando em investir cerca de R$ 50 mil em um carro usado, é essencial saber quais modelos merecem sua atenção e, principalmente, quais você deve evitar. O especialista automotivo por trás do perfil Auto Amigos @autoamigosoficial, conhecido nas redes sociais por seus comentários diretos e bem-humorados, alertou sobre três modelos que, apesar do preço atrativo, podem se tornar verdadeiras dores de cabeça para o consumidor.
Com mais de 300 mil seguidores no Instagram @autoamigos.oficial e um engajamento crescente no TikTok, o perfil Auto Amigos é reconhecido por trazer uma visão diferente sobre o mercado automotivo, sempre com informações relevantes e embasadas em experiências reais. Neste artigo, vamos detalhar os motivos pelos quais esses três modelos não são indicados, segundo o especialista.
Quais são os três carros para evitar na faixa de R$ 50 mil?
O primeiro modelo citado é o Volkswagen Space Cross. Segundo o Auto Amigos, esse carro é “mais esquecido que letra de música inventada no chuveiro”. Apesar de ter bom espaço interno e um motor confiável, o grande problema está no câmbio automatizado I-Motion, conhecido por apresentar falhas frequentes e manutenção cara. Isso gera uma forte desvalorização do modelo, dificultando a revenda e aumentando os custos de uso.
Em segundo lugar, o Ford Fiesta com motor 1.6 e câmbio PowerShift é descrito como um dos mais problemáticos da categoria. De acordo com o especialista, “se fosse gente, teria perdido a guarda dos filhos”. O câmbio é alvo de diversas reclamações por trancos, superaquecimento e falhas crônicas. Mesmo com algumas melhorias nas versões exportadas, o modelo vendido no Brasil continua gerando dor de cabeça aos donos.

Por que o Fiat Freemont é um erro de compra?
O terceiro carro mencionado é o Fiat Freemont. Conforme explica o Auto Amigos, o modelo parecia promissor, mas “não sabia se queria ser SUV, minivan ou importado de respeito”. A realidade é que o Freemont, derivado do Dodge Journey, acabou herdando mais defeitos do que qualidades. O motor fraco para o porte e o câmbio automático de quatro marchas resultam em desempenho abaixo da expectativa e consumo elevado.
A revenda do modelo é difícil e a manutenção é cara, especialmente pela origem importada de muitas peças. Problemas como superaquecimento, falhas elétricas e defeitos no câmbio são frequentes em relatos de donos. Além disso, o consumo é um dos piores da categoria, segundo rankings especializados.

O que diz a reputação dos câmbios automatizados desses modelos?
Tanto o I-Motion da Volkswagen quanto o PowerShift da Ford são amplamente criticados por especialistas e consumidores. O Procon-SP e o portal Reclame Aqui acumulam milhares de queixas sobre esses sistemas, principalmente pela baixa durabilidade e alto custo de manutenção. No caso da Ford, houve inclusive processos judiciais e campanhas de recall nos EUA e Brasil, dada a gravidade das falhas.
Esses câmbios prometem a comodidade de um automático com consumo de manual, mas a realidade é outra. Na prática, os trancos, atrasos nas trocas e defeitos eletrônicos se tornam um problema constante. A economia inicial da compra pode rapidamente se transformar em prejuízo, principalmente pela dificuldade de revenda.
Por que esses carros sofrem tanta desvalorização?
A desvalorização acelerada é uma consequência direta da fama negativa desses modelos. Quando um carro é amplamente associado a problemas mecânicos ou custos elevados, o interesse do mercado diminui. O Space Cross, por exemplo, é um modelo raro nas revendas, e quando aparece, costuma ter preço abaixo da tabela Fipe.
No caso do Fiesta, o impacto é ainda mais forte. Modelos com PowerShift chegam a valer até 30% menos que versões com câmbio manual. Já o Fiat Freemont, apesar do porte familiar, sofre com a baixa procura e alto custo de manutenção. Isso tudo influencia diretamente o valor de revenda.
Quais opções mais seguras por até R$ 50 mil?
Segundo especialistas do setor, há opções mais equilibradas nessa faixa de preço. Modelos com motor 1.6, câmbio manual e histórico confiável são preferíveis. Exemplos incluem o Toyota Etios, o Honda Fit e o Hyundai HB20 nas primeiras versões. São carros com manutenção acessível e boa aceitação no mercado.
Outro ponto importante é evitar modelos com eletrônica complexa ou peças de difícil reposição. Avaliar o histórico de revisões, consultar a reputação online e fazer uma vistoria cautelar também são passos essenciais para uma compra segura.
Vale a pena arriscar por um carro mais completo?
Mesmo que alguns desses modelos ofereçam itens de conforto e design atrativo, o risco técnico e financeiro muitas vezes não compensa. Como ressalta o Auto Amigos, a aparência não paga oficina e muito menos garante mobilidade segura.
A recomendação é clara: priorize confiabilidade e facilidade de manutenção. Um carro pode até ser mais simples, mas se mantém seu valor, não deixa você na mão e evita gastos inesperados.
Quais fontes confiáveis embasam essas informações?
Este artigo utilizou como base relatos do Auto Amigos nas redes sociais, além de dados de portais como:
- Reclame Aqui: https://www.reclameaqui.com.br
- Procon-SP: https://www.procon.sp.gov.br
- Fundação Procon-SP e o Denatran
- Relatórios de consumo do Inmetro: https://www.gov.br/inmetro
Sempre recomendamos que o consumidor consulte fontes oficiais e faça uma avaliação profissional antes de fechar qualquer compra de veículo usado.