O corpo de Juliana Marins, brasileira que faleceu durante uma trilha em um vulcão na Indonésia, chegou ao Brasil nesta terça-feira (1/7). O translado internacional foi realizado pela companhia aérea Emirates Airlines, com desembarque no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 17h. O retorno de Juliana ao país mobilizou familiares, autoridades e órgãos oficiais, que acompanharam de perto cada etapa do processo.
Após o desembarque, a Força Aérea Brasileira (FAB) assumiu a responsabilidade pelo transporte da urna funerária até o Rio de Janeiro. O traslado seguiu para a Base Aérea do Galeão, com previsão de chegada às 18h30. A movimentação foi acompanhada por representantes da família e órgãos públicos, que buscavam garantir a segurança e o respeito durante todo o procedimento.
Por que será realizada uma nova autópsia no Brasil?
Corpo da brasileira Juliana Marins chegou ao Brasil nesta terça-feira (01), no Aeroporto Internacional de Guarulhos e será encaminhado para o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. pic.twitter.com/bJElMgRaAg
— Brasil Urgente (@brasilurgente) July 1, 2025
Uma das etapas mais importantes após a chegada do corpo de Juliana Marins ao Brasil é a realização de uma nova autópsia no Instituto Médico Legal (IML). O exame necroscópico deve ocorrer em até seis horas após o desembarque, conforme orientações da Defensoria Pública da União (DPU). O objetivo é preservar possíveis evidências que possam esclarecer as circunstâncias da morte, já que ainda existem dúvidas sobre a causa e o momento exato do falecimento.
O pedido para a realização de um novo exame partiu dos familiares de Juliana, que recorreram à Justiça Federal por meio da DPU. Segundo a defensora responsável pelo caso, a solicitação foi motivada pela ausência de informações detalhadas no laudo inicial emitido na Indonésia. Dessa forma, a nova autópsia busca garantir maior transparência e segurança jurídica para a família.
Dúvidas sobre a causa e o momento da morte
- A primeira autópsia, realizada na Indonésia, indicou que a morte de Juliana ocorreu logo após a queda, devido a traumatismo grave. No entanto, imagens de drones captadas após o acidente sugerem que ela poderia ter sobrevivido por mais tempo, movimentando-se, o que levanta dúvidas sobre a versão inicial.
- A família e a Defensoria Pública da União (DPU) buscam determinar a data e a hora exatas da morte, para verificar se houve omissão na prestação de socorro pelas autoridades indonésias. O resgate de Juliana demorou dias, e a família acredita que a demora pode ter sido crucial.
Possíveis implicações de responsabilidade
- A nova perícia busca esclarecer se a morte foi imediata ou se houve tempo em que Juliana poderia ter sido socorrida. Essa informação é crucial para apurar responsabilidades civis e criminais, caso se comprove negligência no resgate.
- A família denunciou negligência por parte do guia que a acompanhava e das equipes de resgate, que demoraram a iniciar e concluir as operações.
Pedido da família e da Defensoria Pública
- A família de Juliana recorreu à Justiça Federal no Brasil, com o apoio da Defensoria Pública da União, para solicitar a realização de uma nova autópsia. Eles desejam obter respostas mais precisas e completas sobre o que realmente aconteceu.
Discrepâncias nas informações
- Houve uma série de informações desencontradas e críticas em relação à forma como o caso foi conduzido na Indonésia, incluindo a divulgação da autópsia inicial à imprensa antes mesmo de a família ter acesso oficial aos resultados.
Como foi o processo de repatriação do corpo de Juliana Marins?
A repatriação do corpo envolveu uma série de procedimentos burocráticos e logísticos. Inicialmente, a família de Juliana enfrentou dificuldades para obter informações sobre o voo de retorno ao Brasil. Houve relatos de mudanças repentinas na programação do transporte, o que gerou apreensão entre os familiares. Em determinado momento, a companhia aérea alegou que o compartimento de carga estava lotado, o que atrasou o embarque da urna funerária.
- Contato com autoridades brasileiras e indonésias para liberação do corpo
- Solicitação de apoio da Prefeitura de Niterói e da Defensoria Pública da União
- Intermediação judicial para garantir o traslado e a realização da nova autópsia
- Desembarque em São Paulo e transporte para o Rio de Janeiro pela FAB
Durante todo o processo, a família buscou apoio institucional para assegurar que os trâmites fossem realizados de acordo com as normas internacionais e com respeito à memória de Juliana. O envolvimento de órgãos públicos foi fundamental para viabilizar o traslado e a realização dos exames necessários.
Quais são os próximos passos?

Com a chegada do corpo ao Brasil e a realização da nova autópsia, o próximo passo será o sepultamento de Juliana Marins em Niterói, sua cidade natal. O procedimento funerário será realizado após a conclusão dos exames no IML, respeitando os protocolos legais e as solicitações da família. A expectativa é que o sepultamento ocorra ainda nesta semana, reunindo familiares e amigos para a despedida.
- Realização da autópsia no IML do Rio de Janeiro
- Liberação do corpo para a família
- Preparação do velório e sepultamento em Niterói
O caso de Juliana Marins evidencia a complexidade dos processos de repatriação e investigação de mortes ocorridas no exterior. A atuação conjunta de familiares, órgãos públicos e autoridades judiciais foi essencial para garantir que todas as etapas fossem cumpridas de forma transparente e respeitosa. O desfecho do caso segue acompanhado de perto por diferentes setores da sociedade, atentos à busca por respostas e esclarecimentos.