Ruth Moreira, mãe da saudosa Marília Mendonça, participou de uma entrevista exibida neste domingo (13/7), no programa Fantástico, da TV Globo. Durante a conversa, Dona Ruth comentou sobre a batalha judicial que enfrenta com o cantor Murilo Huff pela guarda do neto, Léo.
Essa situação tem gerado debates sobre quem deve ser o responsável legal por Léo. Por um lado, Dona Ruth afirma cuidar de saúde e bem-estar do neto com acompanhamento médico especializado. Por outro, Murilo Huff sustenta que o melhor para a criança seria a convivência mais próxima com o pai. O processo judicial evidenciou relatos e divergências, especialmente quando surgiram informações de que dados médicos da criança com diabetes poderiam ter sido omitidos do pai.
Como a guarda de Léo se tornou uma disputa judicial?
🚨ASSISTA: Entrevista completa de Dona Ruth, mãe de Marília Mendonça, no #Fantástico falando sobre a disputa judicial pela guarda do filho da cantora com Murilo Huff. pic.twitter.com/cw0ZHxqLV0
— Hora da Fofoca (@horadafofocatv) July 14, 2025
Desde o falecimento da cantora, a rotina de Léo passou a ser dividida entre Dona Ruth e Murilo Huff. Inicialmente, houve um acordo em que a guarda era compartilhada, permitindo ao pai e à avó participação conjunta nas decisões referentes ao bem-estar do menino. No entanto, em junho de 2025, Murilo recorreu à Justiça de Goiás, solicitando a guarda unilateral, com base na alegação de possíveis irregularidades nos cuidados diários oferecidos pela avó. Entre as justificativas apresentadas, estavam supostas restrições de acesso de Murilo ao acompanhamento médico do filho e a suposta omissão de informações referentes ao tratamento da diabetes infantil de Léo.
Esse pedido de mudança de guarda foi aceito em primeira instância, gerando reações emocionadas de Dona Ruth, que se pronunciou na entrevista e destacou a convivência de respeito que sempre buscou manter com o ex-genro. Ela reforçou não compreender o motivo do afastamento e afirmou que todas as decisões relacionadas à saúde e cuidado do neto eram compartilhadas com acompanhamento profissional, inclusive pela endocrinologista da criança.
“Quando a gente perde um filho, a gente morre junto. Quando eu me vi sem o meu neto, eu revivi isso. Eu voltei a viver esse luto”, declarou Ruth. “A gente sempre teve uma relação de respeito. Ele sempre conviveu com a família lá. Ele ama o pai dele. Eu sempre quis que convivesse todo mundo junto”, disse ela.
Como a Justiça decide nos casos de guarda de menores?
Em situações de disputa pela guarda de uma criança, a legislação brasileira prioriza sempre o interesse do menor. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece como princípio fundamental o direito à convivência familiar saudável e segura. A Justiça avalia diversos fatores antes de tomar uma decisão sobre a guarda, como:
- Avaliação do ambiente familiar oferecido por cada responsável;
- Capacidade de prover os cuidados necessários para a criança;
- Participação efetiva na vida escolar e social do menor;
- Possíveis riscos à saúde física ou emocional;
- Opinião da própria criança, quando apropriado à idade.
No caso de Léo Huff, pesaram no processo judicial depoimentos de profissionais que cuidam do menino, informações sobre seu tratamento médico e relatos de pessoas próximas responsáveis por seu dia a dia.
Quais os impactos emocionais da disputa entre Dona Ruth e Murilo Huff?
A disputa judicial entre Murilo Huff e Dona Ruth ressalta os potenciais efeitos emocionais e psicológicos dessas situações para as crianças e demais envolvidos. A separação repentina de laços afetivos, especialmente após a perda da mãe, pode reforçar sentimentos de insegurança e instabilidade emocional. É comum que, em processos desse tipo, profissionais de psicologia infantil sejam acionados para analisar o contexto familiar e ajudar a indicar qual arranjo pode promover maior equilíbrio ao menor.
Apesar do embate jurídico, ambos os lados têm manifestado interesse pelo bem-estar de Léo, destacando a importância do vínculo afetivo e da continuidade dos laços com ambos os lados da família. O desenrolar deste caso ainda deve trazer desdobramentos importantes sobre guarda compartilhada, direitos dos avós e papel dos genitores após eventos de perda familiar.
Quais caminhos podem ajudar a resolver disputas de guarda de forma menos conflituosa?
Especialistas em Direito de Família apontam que a mediação e o diálogo são ferramentas essenciais em conflitos por guarda de menores. Algumas estratégias recomendadas incluem:
- Buscar a conciliação extrajudicial antes de acionar a Justiça;
- Priorizar acordos que respeitem as necessidades da criança;
- Contar com acompanhamento psicológico durante o processo;
- Manter sempre o foco no melhor interesse do menor, evitando exposição desnecessária.
A partir da experiência recente envolvendo Léo, muitos pais, avós e responsáveis podem refletir sobre as melhores formas de garantir que as rupturas familiares não impeçam a criança de manter laços afetivos e acesso a um ambiente saudável. O desfecho desta batalha jurídica, ainda em andamento em 2025, pode servir de referência para futuras decisões semelhantes em todo o país.
