Uma denúncia feita pela ADEE (Associação de Pessoas com Acondroplasia e Outras Displasias com Nanismo) reacendeu um debate importante sobre dignidade e inclusão. Lamine Yamal denunciado por contratar anões na sua festa de 18 anos gerou repercussão nas redes sociais e mídia internacional.
No vídeo pelo Instagram @jozaofutebol, Jozão comenta que os convidados teriam sido contratados apenas para “animar” e servir como enfeite, o que viola a dignidade dessas pessoas. A ADEE classificou a situação como crime, apontando violação da legislação espanhola.
O que diz a lei espanhola sobre isso?
Segundo a ADEE, o uso de pessoas com deficiência para entretenimento que sirva de objeto de “burla, mofa ou irrisão” viola a Lei Geral de Direitos das Pessoas com Deficiência da Espanha.
Essa lei proíbe expressamente “espectáculos o actividades recreativas en que se use a personas com discapacidad … para suscitar la burla”, o que enquadraria o comportamento denunciado.
Quem é a ADEE e por que a denúncia é séria?
A ADEE representa pessoas com acondroplasia e outras formas de nanismo, e reagiu à contratação apontando que, em pleno século XXI, é inadmissível usar essas pessoas como “atração”.
O presidente da associação destacou que atitudes de figuras públicas têm grande impacto e podem reforçar estereótipos, especialmente entre jovens.
O que se sabe sobre a festa de Lamine Yamal?
O evento de 18 anos foi realizado na Masia Alcázar del Garraf, com cerca de 250 convidados, incluindo celebridades do esporte e entretenimento.
A reportagem também menciona um vídeo de Yamal em um carro sem cinto, mas a polêmica principal gira em torno da presença suposta de pessoas com nanismo apenas como entretenimento.
Por que isso é tratado como crime e não apenas polêmica?
De acordo com a lei espanhola, não se trata apenas de polêmica cultural, mas de crime, pois fere a dignidade e direitos de pessoas com deficiência, sendo proibido utilizá-las em atividades humilhantes.
A ADEE já anunciou que seguirá com medidas legais e campanhas sociais para garantir que o incidente não seja ignorado.
Como a sociedade deve reagir a esse tipo de atitude?
É fundamental promover mais respeito e inclusão, não apenas na Espanha, mas globalmente. A contratação de pessoas com nanismo para entretenimento reforça a necessidade de conscientização e educação sobre acessibilidade e igualdade.
A relação com leis, inclinação a estereótipos e uso indevido do corpo alheio como “atração” deve ser revista à luz de direitos humanos e legislações inclusivas.