A palavra-chave Fusca automático já aparece na primeira linha para frisar a singularidade desse clássico. Renato Bellote, jornalista automotivo com 18 anos de experiência, editor-chefe do canal Garagem do Bellote TV (YouTube/TikTok), alerta sobre o legado do Fusca 1970 automático – um modelo que foge totalmente do padrão tradicional. Ele somou mais de 124 milhões de views e guiou mais de 1.200 carros em sua carreira.
Esse artigo vai explorar a história, funcionamento e curiosidades dessa raridade, confirmando tudo com dados de fontes automotivas e especialistas.
Por que o Fusca automático foi criado?
Renato Bellote destaca que a Volkswagen alemã lançou o modelo automático no final dos anos 1960, voltado para os EUA, onde câmbio automático dominava o mercado. Assim surgia o sistema “Stick Shift” ou “Auto‑stick”: era um câmbio manual adaptado para eliminar o pedal da embreagem, tornando a condução mais fácil ao volante.
Esse Fusca apresentava transmissão de três marchas e ré, com conversor de torque e embreagem acionada a vácuo. Havia versões em 1302 (Super Beetle) com motor 1.500 ou 1.600 cm³, entregando aproximadamente 50 cv.

Como funciona o câmbio automático do Fusca?
Renato explica que não há pedal de embreagem. A alavanca em “H” ativa a embreagem por um botão sensível, que aciona um solenóide elétrico e liberta o acoplamento. O carro, então, se movimenta em cidade, subidas ou estradas com três seleções: L (low), 1 (urbano) e 2 (estrada).
Completa Renato: “é semiautomático, mas o motorista raramente precisa trocar em vias urbanas”. É um automático com pegada clássica.
Fusca automático é tão raro assim?
Sim. Pouquíssimos eram importados para o Brasil nos anos 1970, geralmente por diplomatas e importações restritas. Há registros de cerca de duas unidades no país, como os modelos conduzidos por Gabriel Marazzi.
No Dream Car Museum, em São Roque (SP), está um exemplar azul-diamante 1970, reimportado do Peru em 2024, quase totalmente original e muito elogiado por restauradores.
É mito que o Fusca automático é difícil de dirigir?
Na verdade, é surpreendentemente tranquilo. Renato reforça que o sistema permite partida suave e poucos trancos, ideal para tráfego urbano. Em subidas íngremes, seleciona-se a marcha “Low” e o carro sobe com tranquilidade.
O automobilista adapta-se rapidamente após breve exercício, revelou Bellote, sem citar termos complexos.

Efeitos na manutenção e originalidade: vale a pena?
O sistema semiautomático exige manutenção do conversor de torque e do solenóide. Mas, para colecionadores, a raridade compensa: tem componentes originais raros e a tecnologia pioneira agrega valor histórico. A embreagem eletropneumática é similar ao sistema “Saxomat” usado na década de 60 e 70.
Com peças europeias e pouca circulação, restauração exige mão de obra especializada, mas guarda autenticidade e charme únicos.
Quais diferenças externas e mecânicas em comparação ao Fusca brasileiro?
Externamente, esse Fusca alemão tem detalhes distintos: para-brisas curvo, vidros maiores, abertura de tanque sob painel, pisca-alerta, inscrição “VW Automatic” na tampa traseira e rodas estilo “mexicanas”.
Mecanicamente, além do sistema automático, traz suspensão traseira independente (Super Beetle 1302) e motor mais forte, com cerca de 50 cv, capaz de atingir até 125 km/h.
Curiosidade: quem conduzia esses Fuscas?
Renato Bellote conta que raríssimos exemplares entraram no Brasil, trazidos por diplomatas ou residentes de consulado. Boa parte dos existentes hoje pertence a colecionadores apaixonados por clássicos, que mantêm originalidade e a história viva desses carros.
Por que você deveria se encantar por um Fusca automático?
Esse modelo é muito mais que um carro, é peça de museu funcional. Une charme retrô ao pioneirismo técnico. A jornada de pilotagem é diferente — e surpreendente —, ideal para entusiastas e apreciadores de antiguidades. Renato Bellote prometeu matéria completa e vídeo “com todos os detalhes” nos canais digitais.
Renato faz uma prévia interessante mostrando o câmbio, a cor azul-diamante e a ausência de embreagem — o “hands-on” promete ser revelador e educativo.
Ainda vale investir num Fusca automático?
Se você busca um carro com história, raridade e tecnologia exótica, sim. A rede de oficinas especializada em clássicos europeus também atende esse tipo de Fusca. Ele acumula valores em leilões e encontros clássicos, sendo objeto de fascínio em museus e feiras.
Contudo, é preciso atenção à procedência, originalidade das peças e histórico de restauração. Observadores recomendam revisar o conversor de torque, embreagem eletropneumática e itens como suspensão e tanque.
Fontes oficiais precisam ser consultadas?
- Volkswagen Archive
- Dream Car Museum: pecaseveiculos.com.br
- Mobiauto
- FlatOut