O início desta terça-feira (22/7), apresentou um cenário climático bastante distinto em diferentes regiões do Brasil. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertou para chuvas intensas principalmente no extremo Norte do território, enquanto o Sul recebeu um aviso rigoroso sobre a possibilidade de geada. Estados como Paraná, Santa Catarina e parte do interior paulista têm previsão de temperaturas mínimas que podem atingir os 3 °C, exigindo atenção redobrada aos moradores e setores sensíveis ao frio.
Na Região Norte, o tempo chuvoso continua predominando, especialmente nos estados do Amazonas, Amapá, Pará e Roraima. A instabilidade permanece devido à umidade proveniente do Oceano Atlântico, contribuindo para a formação de nebulosidade e precipitações volumosas em áreas específicas destas regiões. A meteorologista Andrea Ramos destaca que esse fenômeno meteorológico, observado também em trechos do Nordeste, ocorre por fatores termodinâmicos que facilitam a formação de nuvens densas e consequente precipitação, incluindo eventuais trovoadas e ventos fortes.
Por que as chuvas intensas permanece no Norte?
🌬️ Frente fria muda o tempo no Sul do Brasil a partir da noite de amanhã, 🌦️ trazendo mais nebulosidade do que chuva para os três estados.
— Meteored | Tempo.com (@MeteoredBR) July 21, 2025
🌧️ Previsão de chuva também para o leste do Nordeste e extremo norte do país.
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A manutenção das chuvas intensas na Região Norte está associada ao transporte de umidade oceânica para o continente, somando-se às temperaturas elevadas e características típicas da Amazônia. Nos estados do noroeste do Amazonas, norte de Roraima e norte do Amapá, esse padrão resulta em pancadas de chuva e, não raro, episódios de rajadas de vento. Essas condições elevam os riscos de transtornos como alagamentos e dificuldades de mobilidade em alguns municípios.
No litoral do Nordeste, pontos do Sergipe, Alagoas e Bahia também registram acúmulo significativo de precipitação. No entanto, nessas áreas, a chuva tende a apresentar intensidade moderada, sem o mesmo potencial de tempestades observado no Norte. Vale ressaltar que, em ambos os casos, a influência da umidade vinda do mar é fator determinante para a persistência do clima instável.
Como ficam as temperaturas no Sul e Sudeste?

No Sul do Brasil, o destaque do dia são os termômetros em queda. A previsão indica que o frio será mais intenso nos campos gerais do Paraná, na serra catarinense e em regiões mais elevadas do interior paulista. Nessas localidades, a mínima pode aproximar-se dos 3 °C, o que favorece a ocorrência de geada, especialmente nas primeiras horas da manhã. São condições importantes para agricultores e populações vulneráveis ao frio, pois afetam desde lavouras até a rotina cotidiana.
- Paraná, Santa Catarina e partes do interior de São Paulo com risco de geada;
- Temperaturas baixas ameaçam plantações sensíveis ao frio intenso;
- Variações grandes de temperatura no decorrer do dia, com tardes mais amenas.
Apesar do frio acentuado em algumas regiões, a maioria dos municípios do Centro ao Norte brasileiro vivencia um padrão diferente: dias quentes, secos e com variação térmica relevante. As noites e manhãs costumam ser mais frescas, enquanto as tardes apresentam temperaturas elevadas, mantendo o padrão observado no início da semana.
Quais são as orientações para enfrentar o mau tempo?
Em função das precipitações intensas e do risco aumentado por ventos fortes, o Inmet publicou uma série de recomendações para a população das áreas afetadas, visando reduzir danos e preservar a segurança. Moradores de zonas vulneráveis já foram orientados a adotar diversas medidas preventivas antes, durante e após episódios de chuva forte.
- Desligar aparelhos elétricos e o quadro geral de energia em caso de risco iminente;
- Observar alterações em encostas, evitando áreas de risco de deslizamento;
- Permaneça sempre em local protegido nos momentos de chuva ou ventania;
- Evite buscar abrigo sob árvores durante ventos fortes para minimizar risco de acidentes;
- Não estacione veículos perto de torres de energia ou placas publicitárias;
- Cuide de pertences em caso de inundação usando sacos plásticos para protegê-los da água;
- Procure informações oficiais e orientações na Defesa Civil (telefone 199) e Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Essas instruções são consideradas essenciais para minimizar perdas e preservar vidas em situações adversas provocadas por fenômenos meteorológicos intensos, comuns em temporadas de transição climática no Brasil.
Como a variação climática afeta o cotidiano?
Com o cenário de instabilidade se manifestando em várias regiões, desde o frio intenso e seco no Sul até as tempestades severas no Norte, diferentes setores da sociedade precisam monitorar de perto as atualizações climáticas para ajustar suas atividades. Agricultores, por exemplo, devem proteger plantações mais suscetíveis à geada, enquanto moradores das áreas urbanas impactadas pelas chuvas precisam adotar ações rápidas para evitar danos estruturais e pessoais.
A alternância de temperaturas e padrões de precipitação reforça a necessidade constante de atualização e preparo diante de mudanças meteorológicas, principalmente quando associadas a fenômenos extremos. O acompanhamento de fontes oficiais contribui para uma maior resiliência das comunidades e setores produtivos.

Saúde e Bem-Estar
- Aumento de doenças: Temperaturas elevadas e mudanças nos padrões de chuva favorecem a proliferação de vetores de doenças como mosquitos (dengue, zika, chikungunya) e a contaminação da água (cólera, diarreia).
- Problemas respiratórios: A poluição do ar, agravada por queimadas e emissões de gases, intensifica doenças como asma e bronquite.
- Estresse térmico: Ondas de calor extremas podem causar insolação, desidratação e agravar condições de saúde preexistentes, além de afetar a saúde mental (ansiedade, estresse).
- Saúde mental: A preocupação com o futuro do planeta e a vivência de eventos climáticos extremos podem gerar eco-ansiedade, depressão e outros transtornos psicológicos.
Segurança Alimentar e Economia
- Impacto na agricultura: Secas prolongadas, chuvas intensas e tempestades severas destroem plantações, prejudicando a produção de alimentos e elevando seus preços.
- Escassez de água: A alteração no regime de chuvas e o derretimento de geleiras podem levar à escassez de água para consumo, agricultura e geração de energia.
- Preços elevados: Eventos climáticos extremos impactam a cadeia de produção e distribuição de alimentos, levando ao aumento dos preços e afetando o poder de compra das famílias, especialmente as mais vulneráveis.
- Impacto em setores econômicos: Setores que dependem de condições climáticas estáveis, como o turismo e a pesca, podem ser gravemente afetados.
Infraestrutura e Moradia
- Desastres naturais: O aumento na frequência e intensidade de eventos como enchentes, deslizamentos de terra, vendavais e tempestades causam destruição de moradias e infraestruturas, como estradas e redes elétricas.
- Deslocamento populacional: Pessoas que perdem suas casas ou meios de subsistência devido a eventos climáticos extremos podem ser forçadas a se deslocar, tornando-se “refugiados climáticos”.
- Dificuldade de planejamento urbano: Cidades litorâneas enfrentam o risco de elevação do nível do mar e intrusão de água salgada, exigindo adaptações e realocações.
Na terça-feira, esse mosaico de condições atmosféricas segue como um retrato da diversidade climática que marca o país, ressaltando a importância das informações precisas e da precaução frente à força da natureza.