Nos últimos anos, muitos pais têm compartilhado experiências sobre as fases do desenvolvimento infantil, especialmente em relação ao comportamento das crianças na faixa dos 3 e 4 anos. Essa etapa, conhecida popularmente como “adolescência da infância”, costuma ser marcada por mudanças de atitude, maior autonomia e desafios no dia a dia familiar. O jornalista Tiago Leifert, por exemplo, trouxe à tona esse tema ao relatar situações cotidianas com sua filha Lua, de 4 anos, mostrando como a rotina pode se transformar nesse período.
O jornalista usou suas redes sociais para compartilhar, com bom humor e sinceridade, os desafios que tem enfrentado na criação da filha Lua, de 4 anos, fruto de seu relacionamento com a jornalista Daiana Garbin. Para ele, a verdadeira “fase rebelde” das crianças não aparece aos 2 anos, como é popularmente dito, mas sim entre os 3 e 4.
Como Tiago Leifert relatou a fase atual da filha?
No vídeo divulgado nesta quarta-feira (25/6), o apresentador brincou sobre a rotina com a filha: “Ela está terrível, a minha pequenininha. Levando uma vida normal de uma criança de 4 anos… e terrível. Falam que os terrible twos, os 2 anos, são a adolescência da infância. Mentira! Espera fazer três ou quatro para você ver. Eles começam a reparar que, se disserem ‘não’ para você, não tem o que fazer. Você é refém. Eles são agentes do caos, não estão nem aí para nada”, relatou, arrancando risos dos seguidores.
Atividades corriqueiras, como trocar de roupa ou escovar os dentes, têm se tornado verdadeiras disputas em casa. “Vamos botar roupa? ‘Não’. Você está de castigo! ‘Tá bom’. Não vai comer chocolate! ‘Suave’. Vamos para a escola? ‘Não’. Vai escovar o dente! ‘Também não’”, ironizou Leifert.
Ele ainda revelou a técnica nada convencional que usa com Daiana para escovar os dentes da filha: “É igual domar um jacaré. Fica minha mulher segurando a boca do jacaré e alguém entra lá e escova. Você começa a virar refém”.
A alimentação de Lua também virou motivo de piada. “Você oferece um ovinho gostosinho, não quer comer. Pão de leite? Não quer. Churrasco, picanha alfa premium limited edition? Não quer comer. Pão de queijo gourmet? Não vai comer. Tábua de privada de shopping? Vai lamber. Cera de ouvido, pasta de dente? Vai comer”, brincou.
Quais são os principais desafios da chamada “adolescência da infância”?
A expressão “adolescência da infância” refere-se ao comportamento desafiador que algumas crianças apresentam entre os 3 e 4 anos. Nessa idade, elas começam a perceber que podem tomar decisões próprias e, frequentemente, testam os limites impostos pelos adultos. Isso pode se manifestar em negativas constantes, resistência a rotinas e até mesmo em pequenas birras diante de situações cotidianas.
Entre os desafios mais relatados estão:
- Negação frequente: A criança passa a dizer “não” para tarefas simples, como trocar de roupa ou ir para a escola.
- Resistência à alimentação: Muitos pais observam que os filhos rejeitam alimentos saudáveis, preferindo experimentar itens inusitados ou pouco convencionais.
- Dificuldade com a higiene: Atividades como escovar os dentes podem exigir criatividade e paciência dos responsáveis.
Como lidar com comportamentos desafiadores em crianças de 3 e 4 anos?

Para muitos adultos, encontrar maneiras de contornar situações de impasse com crianças pequenas exige uma combinação de firmeza, empatia e criatividade. Estratégias como transformar tarefas em brincadeiras, oferecer escolhas limitadas e manter a calma diante das negativas podem ajudar a tornar o cotidiano mais leve.
- Estabeleça rotinas: Crianças se sentem mais seguras quando sabem o que esperar. Rotinas claras podem reduzir a resistência.
- Ofereça opções: Permitir que a criança escolha entre duas roupas ou dois alimentos, por exemplo, dá sensação de autonomia sem perder o controle da situação.
- Utilize o diálogo: Conversar sobre sentimentos e explicar as razões das regras pode ajudar a criança a compreender os limites.
- Transforme tarefas em jogos: Atividades lúdicas tornam o momento mais agradável e colaborativo.
Além dos desafios típicos do desenvolvimento, algumas famílias enfrentam situações que exigem atenção especial, como o diagnóstico de doenças raras. No caso de Lua, filha de Tiago Leifert, o retinoblastoma – um tipo raro de câncer ocular – foi identificado aos 11 meses de idade. A detecção precoce desse tipo de condição é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento e preservar a qualidade de vida da criança.
O relato público sobre a experiência de Lua contribuiu para ampliar a conscientização sobre a importância de observar sinais incomuns e buscar orientação médica sempre que necessário. A informação adequada pode ser decisiva para garantir o bem-estar infantil e proporcionar um desenvolvimento saudável, mesmo diante de desafios inesperados.