O agronegócio brasileiro tem se destacado pela sua resiliência em meio a desafios econômicos e climáticos. No último trimestre de 2024, a inadimplência no setor rural manteve-se estável, com um índice de 7,6%, conforme dados da Serasa Experian. Este cenário reflete uma combinação de estratégias de gestão e uso de tecnologias que têm contribuído para a estabilidade financeira dos produtores rurais.
Apesar de um leve aumento anual de 0,8 ponto percentual, o setor continua a demonstrar robustez. Essa estabilidade é atribuída a práticas de crédito mais criteriosas e ao uso de ferramentas de análise de risco, que têm sido fundamentais para mitigar os impactos das oscilações de mercado e das restrições de crédito.
Quais fatores contribuem para a estabilidade da inadimplência?

O uso de tecnologias avançadas e a implementação de políticas de crédito mais rigorosas são fatores-chave para a estabilidade observada. Segundo especialistas, a adoção de ferramentas como o Agro Score tem permitido uma análise mais precisa dos riscos, ajudando credores a tomar decisões mais informadas. Isso tem resultado em um equilíbrio saudável entre a oferta e a demanda por crédito no setor.
Além disso, a cautela dos credores na concessão de crédito tem sido um fator determinante. Essa abordagem cuidadosa visa garantir que o consumo de crédito permaneça sustentável, evitando um aumento descontrolado da inadimplência, especialmente em tempos de incerteza econômica.
Como a inadimplência varia entre diferentes portes de produtores?
Os pequenos produtores têm se mostrado menos impactados pela inadimplência, com um índice de 6,9%. Em contraste, os grandes produtores enfrentam maiores desafios financeiros, apresentando uma taxa de inadimplência de 10,2%. Este grupo, mais exposto a operações de maior volume e riscos complexos, sente mais intensamente os efeitos das flutuações de mercado.
Os médios produtores registraram uma inadimplência de 7,2%, situando-se entre os pequenos e grandes produtores. Esses dados destacam a importância de estratégias personalizadas de gestão de risco para cada segmento, considerando suas particularidades e desafios específicos.
Quais regiões do Brasil apresentam maior inadimplência?
As diferenças regionais são significativas no comportamento da inadimplência. O Sul do Brasil mantém a menor taxa, com 5,1%, refletindo condições climáticas e econômicas favoráveis. Em contrapartida, a região Norte, exceto Rondônia e Tocantins, apresenta o maior índice, de 11,3%, devido a desafios estruturais e financeiros, como dificuldades logísticas e menor acesso a serviços financeiros.
Essas disparidades regionais destacam a necessidade de políticas adaptadas às realidades locais, visando apoiar os produtores de maneira mais eficaz e promover a estabilidade financeira em todo o país.
Qual é o impacto das dívidas na cadeia do agronegócio?
A cadeia do agronegócio tem mostrado um baixo nível de inadimplência, com as dívidas concentradas principalmente em instituições financeiras, que representam 6,7% dos débitos. Em contraste, setores como agroindustrial e fornecedores de insumos têm uma participação mínima nas dívidas, indicando uma operação saudável e sustentável.
Essa situação positiva reforça a resiliência do setor, mesmo diante de desafios econômicos. A continuidade de práticas de gestão eficazes e o uso de tecnologias de análise de risco são essenciais para manter essa estabilidade e promover o crescimento sustentável do agronegócio brasileiro.
FAQ – Perguntas frequentes
- Qual é a taxa de inadimplência geral no agronegócio em 2024? A inadimplência geral é de 7,6% no último trimestre de 2024.
- Qual região apresenta a menor taxa de inadimplência? A região Sul do Brasil, com 5,1%.
- Por que os grandes produtores têm uma taxa de inadimplência mais alta? Eles estão mais expostos a operações de maior volume e riscos complexos.
- Que ferramentas ajudam a controlar a inadimplência? Ferramentas como o Agro Score que permite uma análise precisa dos riscos.