Nos últimos anos, a cidade de São Paulo tem enfrentado um aumento significativo nos casos de roubos e furtos de alianças. Este fenômeno está diretamente relacionado ao aumento do valor do ouro, que atingiu níveis históricos, impulsionando a demanda por este metal precioso. Como resultado, criminosos têm focado cada vez mais em subtrair alianças, que são frequentemente feitas de ouro.
Entre janeiro e março de 2025, foram registrados 1.981 casos de roubos e furtos de alianças, um aumento considerável em comparação com o mesmo período do ano anterior. A cidade de São Paulo concentra a maioria dessas ocorrências, representando 56% dos casos no estado. A maior parte dos crimes ocorre em vias públicas, o que torna a situação ainda mais alarmante para os moradores.
Por que criminosos estão visando alianças?
O aumento do preço do ouro é um dos principais fatores que explicam o foco dos criminosos em alianças. Em abril de 2025, o valor da onça de ouro alcançou um patamar recorde, o que torna as alianças um alvo atraente para o mercado clandestino. Além disso, a incerteza econômica global contribui para a alta demanda por ouro, intensificando ainda mais essa tendência.
Os criminosos estão cada vez mais especializados, focando em itens pequenos, mas de alto valor, como alianças. Este tipo de crime é facilitado pela facilidade de transporte e venda desses objetos no mercado ilegal. A Polícia Civil de São Paulo tem trabalhado para desmantelar essas redes criminosas, mas o desafio é grande devido à sofisticação das operações ilegais.
Quais as ações da polícia contra roubos e furtos de alianças?
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo tem intensificado os esforços para combater o roubo de itens valiosos, incluindo alianças. A Polícia Civil realiza investigações para identificar e desmantelar as redes criminosas que operam no mercado clandestino. Além disso, a Polícia Militar tem aumentado o patrulhamento em áreas mais vulneráveis a esse tipo de crime.
Nos últimos três anos, a 4ª Delegacia de Investigação de Crimes contra o Patrimônio, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), tem desempenhado um papel crucial no combate a esses crimes. Durante esse período, centenas de pessoas foram indiciadas e presas, e muitos mandados de busca foram cumpridos, resultando na recuperação de itens roubados.
Quais locais registram o maior número de casos?
Os dados indicam que a maioria dos roubos de alianças ocorre na Região Metropolitana de São Paulo. Cidades como Santo André, Osasco, Taboão da Serra, Embu das Artes, Guarulhos, São Bernardo do Campo e Diadema estão entre as mais afetadas. Nove em cada dez casos acontecem em vias públicas, com o período da manhã sendo o mais perigoso.
Essas áreas têm sido alvo de patrulhamento intensificado pela polícia, que busca prevenir novos crimes e capturar os responsáveis. A população é aconselhada a tomar precauções extras ao transitar por essas regiões, especialmente em horários de pico.
Como as alianças recuperadas são devolvidas?
A Polícia Civil de São Paulo está empenhada em devolver as alianças recuperadas aos seus legítimos proprietários. Durante a Operação Ouro Reverso, 12 joias foram apreendidas e estão disponíveis para reconhecimento por possíveis vítimas de furto ou roubo. Este processo é essencial para comprovar a origem ilícita dos objetos e dar continuidade às investigações.
