Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu suspender a venda de uma linha de sabonetes da marca Mercado do Banho. A medida, publicada no Diário Oficial da União em 14 de maio de 2025, surpreendeu muitos consumidores e levantou questões sobre a segurança dos produtos cosméticos no Brasil.
A Anvisa tem a responsabilidade de assegurar que os produtos disponíveis no mercado sejam seguros para uso. No caso dos sabonetes da Mercado do Banho, a falta de registro sanitário foi o principal motivo para a proibição. Esse registro é crucial para garantir que os produtos não ofereçam riscos à saúde dos consumidores.
Por que a Anvisa proibiu os sabonetes?

O registro sanitário é um requisito essencial que comprova que os produtos passaram por testes rigorosos em laboratórios credenciados. Sem esse registro, não há garantias de que os produtos sejam seguros, o que pode resultar em riscos à saúde, como reações alérgicas e irritações. A decisão da Anvisa de proibir a venda dos sabonetes reflete a seriedade da situação e a necessidade de proteger os consumidores.
Ausência de Registro Sanitário:
- Os produtos da linha Mercado do Banho estavam sendo fabricados e comercializados sem o devido registro ou notificação junto à Anvisa.
- O registro é um processo obrigatório e crucial para cosméticos, pois ele garante que o produto passou por avaliações rigorosas de segurança, eficácia e qualidade.
- Sem o registro, não há comprovação de que os ingredientes utilizados são seguros, que as concentrações são adequadas ou que o processo de fabricação segue as boas práticas, evitando contaminações.
Riscos à Saúde Pública:
- A falta de registro impede que a Anvisa verifique a composição, segurança e eficácia dos produtos, tornando-os potencialmente perigosos para o consumidor.
- O uso de cosméticos não registrados pode causar diversos problemas de saúde, como dermatites, alergias, irritações na pele, reações tóxicas e até o agravamento de doenças de pele preexistentes.
- Grupos vulneráveis, como crianças e gestantes, estão em maior risco.
Irregularidade na Comercialização:
- A venda de produtos sem o registro sanitário é uma infração à legislação sanitária brasileira.
- A Anvisa atua de forma preventiva para proteger a saúde da população, retirando do mercado produtos que não cumprem as normas.
Quais produtos foram atingidos pela suspensão?
A suspensão inclui diversos produtos da linha Mercado do Banho, conhecida por seus ingredientes naturais e fragrâncias distintas. Os produtos afetados são:
- Mousse Corporal Hidratação Intensa Buriti
- Polpa Esfoliante Corporal Bali
- Sabonete Bali
- Sabonete Buriti
- Sabonete Cenas do Rio 3 – Pão de Açúcar
- Sabonete de Argila Verde
- Sabonete de Açafrão
- Sabonete de Capim Limão – Bandeira
- Sabonete de Lavanda Inglesa
- Sabonete de Marine
- Sabonete de Água de Arroz
A abrangência da suspensão sugere que o problema não está restrito a um único produto, mas afeta toda a linha de sabonetes.
Qual é a posição da empresa?
A empresa responsável pela fabricação, Maristela Simões – Indústria e Comércio de Perfumaria e Cosméticos LTDA, ainda não se pronunciou oficialmente sobre a suspensão. A ausência de uma resposta pública aumenta as incertezas sobre como a empresa pretende resolver a situação.
Para retomar a venda dos produtos, a empresa precisa atender a todas as exigências sanitárias, o que inclui a obtenção do registro sanitário e a realização de testes rigorosos. Até que isso seja feito, a comercialização dos produtos permanece suspensa em todo o território nacional.
Qual a importância da regulação no setor de cosméticos?
Este caso destaca a importância da regulação e da vigilância sanitária no setor de cosméticos. Produtos sem o devido registro representam riscos significativos à saúde dos consumidores. É essencial que empresas, consumidores e órgãos reguladores trabalhem juntos para garantir que a segurança e a inovação caminhem lado a lado, assegurando que apenas produtos seguros cheguem ao mercado.
Por que a regulação é essencial?
- Proteção do consumidor: Este é o pilar central da regulamentação. Os produtos cosméticos, ao entrarem em contato com a pele, cabelo e outras partes do corpo, podem causar reações adversas, irritações, alergias e até danos mais graves à saúde se não forem formulados, fabricados e testados corretamente. A regulação exige que os produtos sejam seguros para uso e que os ingredientes sejam controlados em termos de sua concentração e toxicidade.
- Qualidade e eficácia: A regulamentação garante que os produtos cosméticos não apenas sejam seguros, mas também cumpram o que prometem. Isso significa que as empresas precisam comprovar a eficácia de seus produtos por meio de testes e estudos, evitando propagandas enganosas e garantindo que o consumidor obtenha o resultado esperado.
- Controle de ingredientes: Órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, estabelecem listas de substâncias proibidas e controlam a concentração de certos ingredientes. Isso evita o uso de componentes tóxicos, alergênicos ou em quantidades que possam ser prejudiciais.
- Transparência e informação: A regulamentação exige que as empresas forneçam informações claras e completas nos rótulos dos produtos, incluindo ingredientes, modo de uso, precauções e advertências. Isso permite que o consumidor faça escolhas conscientes e esteja ciente de possíveis riscos.
- Combate à pirataria e produtos ilegais: A existência de um sistema regulatório robusto dificulta a comercialização de produtos falsificados ou sem registro, que representam um grave risco à saúde pública, pois não passam por nenhum tipo de controle de qualidade e podem conter substâncias perigosas.
- Confiança no mercado: Para as empresas, a conformidade com as normas regulatórias constrói credibilidade e confiança junto ao consumidor. Produtos que atendem às exigências transmitem segurança e integridade, o que é fundamental para o sucesso e a loncoevidade de uma marca no mercado competitivo de cosméticos.
- Padronização e boas práticas de fabricação: A regulamentação estabelece padrões de produção e exige que as empresas sigam as Boas Práticas de Fabricação (BPF). Isso assegura que os produtos sejam fabricados em ambientes controlados, com processos que minimizam riscos de contaminação e garantem a qualidade e a consistência do produto final.