Após a morte de um papa, a Igreja Católica inicia um processo rigoroso para eleger seu novo líder. Este processo é conhecido como conclave, e ocorre a portas fechadas, sem qualquer contato com o mundo exterior. Durante este período, a Igreja é governada de acordo com diretrizes deixadas pelo papa anterior, até que um novo pontífice seja escolhido.
Para ser eleito papa, é necessário que o candidato receba pelo menos dois terços dos votos dos cardeais eleitores. Embora, em teoria, qualquer sacerdote possa ser eleito, na prática, os papas são geralmente escolhidos entre os cardeais que já fazem parte do Colégio dos Cardeais há muitos anos.
Quem pode ser eleito papa?
De acordo com o Código de Direito Canônico da Igreja Católica, apenas homens batizados podem ser ordenados sacerdotes. Isso significa que, para ser eleito papa, é necessário ser pelo menos um padre, que é um membro da ordem dos presbíteros. Se um padre for eleito, ele deve ser ordenado bispo antes de assumir o cargo de papa.
Historicamente, os papas são escolhidos entre os cardeais eleitores, e não há precedentes recentes de um papa ser eleito fora deste grupo. Isso reflete a tradição e a estrutura hierárquica da Igreja, que se baseia em práticas estabelecidas ao longo dos séculos.

Requisitos teóricos:
- Ser do sexo masculino.
- Ser batizado na Igreja Católica.
- Ter o uso da razão.
Requisitos práticos (atuais):
- Ser um bispo ordenado.
- Desde o século XV, todos os Papas eleitos foram cardeais. Embora não seja um requisito canônico formal, é uma forte tradição e expectativa.
Processo de eleição:
O Papa é eleito pelo Colégio de Cardeais com menos de 80 anos em um encontro chamado Conclave. O Conclave acontece no Vaticano, a portas fechadas, e os cardeais votam em segredo até que um candidato obtenha dois terços dos votos.
Se um leigo fosse eleito Papa (o que é teoricamente possível), ele precisaria ser imediatamente ordenado bispo antes de assumir o cargo.
Por que mulheres não podem ser papa?
A Igreja Católica não ordena mulheres como sacerdotes, o que impede que elas sejam eleitas papa. Esta prática se baseia na tradição de que Jesus Cristo escolheu 12 homens como seus apóstolos. Assim, a ordenação sacerdotal é vista como um papel exclusivamente masculino, refletindo a vontade de Cristo conforme interpretada pela Igreja.
Embora as mulheres constituam a maioria dos fiéis, as decisões dentro da Igreja são tradicionalmente tomadas por homens. No entanto, há um movimento crescente entre as mulheres católicas que busca reformas que reconheçam sua igualdade dentro da estrutura eclesiástica.
Em resumo:
- O exemplo de Jesus Cristo: A Igreja ensina que Jesus escolheu apenas homens para serem seus apóstolos. Como os bispos são considerados os sucessores dos apóstolos, essa tradição é mantida.
- A tradição da Igreja: A Igreja Católica argumenta que, ao longo de sua história, sempre seguiu essa prática de ordenar apenas homens como sacerdotes e bispos.
- O ensinamento da Igreja: Documentos como a carta apostólica Ordinatio Sacerdotalis (1994) do Papa João Paulo II declaram que a Igreja não tem autoridade para ordenar mulheres ao sacerdócio, e essa posição é considerada definitiva. O Papa Francisco também reafirmou essa doutrina.
Qual é o papel das mulheres na Igreja Católica hoje?
Nos últimos anos, o papa Francisco ampliou a presença feminina em cargos de liderança no Vaticano. Em 2025, ele nomeou Simona Brambilla para liderar um importante departamento do Vaticano, marcando um passo significativo na inclusão feminina em posições de autoridade.
Além disso, Francisco nomeou Raffaella Petrini como presidente do Governatorato do Vaticano, demonstrando seu compromisso em aumentar a participação feminina em papéis de responsabilidade. Essas nomeações refletem um esforço contínuo para integrar mais mulheres em funções de liderança dentro da Igreja.
Quais os próximos passos?
Foi divulgado o projeto do #túmulo do Papa Francisco. Feito em mármore, traz apenas a inscrição “#FRANCISCUS” e a reprodução de sua cruz peitoral. O local da sepultura do Papa foi preparado em um nicho da nave lateral da Basílica de Santa Maria Maior pic.twitter.com/FgzsYFeebA
— Vatican News (@vaticannews_pt) April 24, 2025
O papa Francisco enfatizou a importância de trazer mais mulheres para o Vaticano em papéis de responsabilidade. Ele acreditou que a inclusão feminina está melhorando a eficiência e a dinâmica da administração eclesiástica. Essa abordagem progressista sugere que a Igreja Católica pode estar caminhando para uma maior igualdade de gênero em suas estruturas internas.
Embora a ordenação de mulheres como sacerdotes ainda não seja permitida, o aumento da presença feminina em cargos de liderança pode indicar um futuro mais inclusivo para a Igreja. A contínua promoção de mulheres para posições de destaque é um passo importante na busca por maior equidade dentro da instituição.