Em Santos, litoral de São Paulo, uma situação inusitada envolvendo um sorteio de empresa chamou a atenção. Larissa Amaral da Silva, uma mulher auxiliar de contabilidade de 25 anos, foi a vencedora de um Jeep Compass em um sorteio promovido pela Quadri Contabilidade, onde trabalhava. Contudo, o prêmio veio acompanhado de problemas inesperados.
Larissa, ao receber o veículo, descobriu que ele apresentava diversos defeitos mecânicos. Para corrigir as falhas, a funcionária teve que desembolsar cerca de R$ 10 mil, uma despesa que não estava prevista no acordo inicial. A situação se complicou ainda mais quando Larissa questionou a empresa sobre as condições do automóvel.
A mulher não tinha direito ao carro?
O sorteio realizado pela Quadri Contabilidade tinha como objetivo valorizar os funcionários e impulsionar os resultados da equipe. No entanto, a transferência definitiva do veículo para o nome de Larissa estava condicionada ao cumprimento de certas metas e à permanência na empresa por um ano. Essas condições foram estabelecidas no contrato firmado entre as partes.
Após a reclamação sobre os defeitos do carro, Larissa foi demitida antes de completar o período necessário para manter o prêmio. A documentação do automóvel ainda estava em processo de transferência, o que resultou na perda do veículo por parte da funcionária.
O que a empresa falou sobre o caso?
A Quadri Contabilidade, em nota, afirmou que o sorteio visava reconhecer o esforço dos colaboradores. A empresa destacou que o contrato especificava que a transferência do carro ocorreria apenas após o cumprimento das condições por 12 meses. Sobre os problemas mecânicos, a empresa alegou que Larissa optou por realizar os consertos por conta própria, mesmo tendo a opção de devolver o carro sem custos para avaliação.
A empresa também informou que está aguardando a ação judicial que Larissa pretende mover, para que os fatos sejam discutidos em tribunal.
A justiça pode ajudar a mulher nessa situação?
O caso de Larissa levanta questões importantes sobre as condições de sorteios e premiações no ambiente corporativo. Quando uma empresa oferece um prêmio, é fundamental que todas as condições estejam claramente definidas e acordadas entre as partes. A falta de clareza pode resultar em disputas legais, como a que Larissa pretende iniciar.
Além disso, a situação destaca a importância de uma comunicação transparente entre empregadores e empregados, especialmente quando se trata de prêmios que envolvem bens de alto valor. A expectativa é que o caso de Larissa sirva como um alerta para outras empresas sobre a necessidade de estabelecer regras claras e justas em sorteios e premiações.
