No último sábado (12/4), o ex-presidente Jair Bolsonaro passou por uma cirurgia complexa para tratar aderências intestinais. O procedimento, realizado em Brasília, destacou a complexidade das aderências abdominais, um problema recorrente em pacientes com histórico de cirurgias abdominais anteriores. As aderências são estruturas fibrosas que podem se formar após cirurgias ou inflamações, unindo órgãos internos e causando complicações.
Durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (14/4), o médico-chefe da equipe cirúrgica, Claudio Birolini, explicou que as aderências são inevitáveis em casos como o de Bolsonaro. Mesmo após a liberação das aderências existentes, novas podem se formar, o que pode prolongar o processo de recuperação. Este cenário é comum em pacientes com abdômen hostil, onde o tecido cicatricial tende a se desenvolver novamente.
Como o médico explicou o problema de Bolsonaro?
▶️ Médico sobre pós-operatório de Bolsonaro: "Sem previsão de deixar UTI"
— Metrópoles (@Metropoles) April 14, 2025
O ex-presidente Bolsonaro passou por cirurgia que durou 12 horas, sem intercorrências. Ele está internado em Brasília desde sábado (12/4)
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“As aderências vão se formar, isso aí é inevitável. Um paciente que tem um abdômen hostil, por mais que você solte tudo, essas aderências vão se formar”, informou Birolini em entrevista no Hospital DF Star, em Brasília.
Aderências abdominais são bandas de tecido fibroso que se formam entre órgãos internos, frequentemente após cirurgias ou inflamações. Elas podem causar dor, obstrução intestinal e complicações em procedimentos cirúrgicos futuros. O tratamento geralmente envolve cirurgia para liberar essas aderências, mas o risco de formação de novas aderências permanece.
A cirurgia de Bolsonaro, que durou 12 horas, teve como objetivo liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal. Segundo o cardiologista Leandro Echenique, o procedimento foi extremamente complexo devido à quantidade de aderências presentes. Apesar da complexidade, o resultado foi considerado excelente, sem complicações durante a operação.
Como o tratamento de aderências é afetado?
O tratamento de aderências abdominais apresenta vários desafios. Primeiramente, a liberação das aderências pode ser complicada devido à sua localização e extensão. Além disso, mesmo após a remoção, há uma alta probabilidade de que novas aderências se formem, o que pode exigir tratamentos adicionais no futuro. Cada caso deve ser avaliado individualmente para determinar a melhor abordagem.
“No pós-operatório imediato, essas aderências vão se formar, e isso faz com que a recuperação, nesses próximos dias, seja um pouquinho mais lenta, e a gente não tenha nenhuma intenção em acelerar isso daí”, disse o profissional.
“Tinha muita aderência (no intestino), mas o resultado foi excelente”, disse. “Não houve complicação, e todas as medidas preventivas serão tomadas”, completou o médico.
Quais os próximos passos para Bolsonaro?

Após a cirurgia, Bolsonaro permanece em recuperação, com um estado de saúde estável. A equipe médica está monitorando de perto o desenvolvimento de novas aderências e ajustando o tratamento conforme necessário. O processo de recuperação pode ser lento, mas medidas preventivas estão sendo tomadas para minimizar complicações futuras.
O caso de Jair Bolsonaro ilustra a complexidade das aderências abdominais e a importância de um acompanhamento médico cuidadoso. Com o avanço da medicina, espera-se que novas técnicas possam melhorar o tratamento e a prevenção dessas complicações no futuro.