Segundo informações do Metrópoles/Igor Gadelha, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, anunciou sua decisão de deixar o cargo. Essa decisão foi tomada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar uma denúncia contra ele por suposto desvio de emendas parlamentares. A saída do ministro foi discutida nesta terça-feira (8/4) em um almoço com lideranças do União Brasil e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em Brasília.
O encontro ocorreu na residência do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, e já estava agendado antes mesmo da denúncia da PGR se tornar pública. Além de Gleisi e Rueda, participaram do almoço os líderes do União Brasil na Câmara e no Senado, Juscelino Filho e o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Por que Juscelino Filho decidiu deixar o cargo?
Durante o encontro, Gleisi Hoffmann expressou que o Palácio do Planalto preferia que Juscelino Filho pedisse demissão, evitando que o presidente Lula tivesse que tomar essa decisão. Após a reunião, líderes do União Brasil se reuniram sem a presença de Gleisi e decidiram que Juscelino deveria pedir demissão para se preservar das investigações em andamento.
De acordo com lideranças do partido, a permanência de Juscelino no cargo poderia intensificar o foco das investigações sobre ele. Portanto, a decisão de deixar o cargo foi vista como uma medida para minimizar os impactos políticos e legais para o ministro e o partido.
Quem poderá substituir Juscelino Filho?
Com a saída de Juscelino Filho, o substituto deverá ser outro deputado federal do União Brasil. Um dos nomes mais cotados para assumir o cargo é o do atual líder da legenda na Câmara, deputado Pedro Lucas Fernandes. Fernandes, que participou do almoço com Gleisi, tem sido uma figura de destaque dentro do partido e recentemente acompanhou o presidente Lula em viagens ao Japão e Vietnã.
A escolha do novo ministro das Comunicações ainda não foi finalizada, mas espera-se que o anúncio seja feito em breve, garantindo a continuidade das atividades do ministério sem interrupções significativas.
Como Lula teria reagido?
O presidente Lula já havia se manifestado anteriormente sobre a situação de Juscelino Filho. Em junho de 2024, quando o ministro foi indiciado pela Polícia Federal, Lula afirmou que afastaria Juscelino caso a PGR apresentasse uma denúncia formal. Em entrevista, Lula destacou que, enquanto não houvesse indiciamento, Juscelino poderia continuar no cargo, mas que, com a aceitação da denúncia, ele seria afastado.
“O que eu disse para o Juscelino: ó, primeiro, a verdade só você que sabe. Então é o seguinte: se o procurador indiciar você, você sabe que tem que mudar de posição. Enquanto não houver indiciamento você continua como ministro”, disse Lula em entrevista ao portal UOL. “Se for aceito (o indiciamento), vai ser afastado”, emendou.
Hoje é Dia Mundial da Saúde. Como cidadão, médico e parlamentar, sei o quanto a saúde precisa ser prioridade para mudar vidas de verdade. No @mincomunicacoes, sigo atuando para garantir entregas e recursos que impactem diretamente na vida do nosso povo, especialmente no Maranhão.
— Juscelino Filho (@DepJuscelino) April 7, 2025
