Renato Aragão, famoso humorista brasileiro conhecido pelo personagem Didi Mocó, tornou-se uma figura icônica na televisão durante a década de 1970. Aos 90 anos, ele se vê envolvido em uma polêmica relacionada à sua filha adotiva, Juliana Aragão. A história veio à tona através do diretor Rafael Spaca, que está à frente de um documentário sobre “Os Trapalhões“, grupo humorístico que marcou época.
De acordo com Spaca, Juliana Aragão, adotada por Renato durante seu primeiro casamento com Marta Rangel, enfrenta dificuldades dentro do próprio lar. O diretor afirma que Juliana é “escondida” do público e sofre com comentários preconceituosos devido à sua orientação sexual. Essa situação gerou debates sobre a dinâmica familiar do humorista e o tratamento dado à filha.
Quem é Juliana Aragão?
Didi tem uma filha lésbica desprezada pela família, afirma Rafael Spaca pic.twitter.com/RtPdlwJD1t
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) April 8, 2025
Juliana Aragão, filha adotiva de Renato Aragão, vive na casa do pai, mas seu relacionamento com a família é descrito como conturbado. Ela trabalha como motorista de aplicativo, uma ocupação que, segundo Spaca, não reflete o prestígio de ser herdeira de um dos artistas mais renomados do Brasil. Juliana também é mãe e atualmente mantém um relacionamento com uma mulher, o que, segundo relatos, é motivo de discriminação dentro de casa.
“Ele mora, e pouca gente sabe disso, ele, a mulher, a Lilian, e a filha, Livia [na mansão]. Isso é o que todo mundo sabe. Mas dentro dessa casa dele tem uma outra filha, chamada Juliana, que eles escondem”, disse Spaca no podcast “Saladacast”.
Como a família de Didi se relaciona com Juliana?
Rafael Spaca revelou que Juliana não é amplamente conhecida pelo público, pois a família opta por mantê-la fora dos holofotes. Essa decisão, conforme o diretor, está ligada ao preconceito que ela enfrenta devido à sua orientação sexual. Comentários e piadas de mau gosto seriam comuns, criando um ambiente hostil para Juliana. A situação levanta questões sobre a aceitação e o respeito à diversidade dentro de famílias públicas.
“A Juliana foi adotada pelo Renato e pela Marta Rangel, que foi a primeira esposa dele (…) Ela pouco aparece [a Juliana]. Ela tem uma filha, mas hoje ela namora uma mulher. A Juliana, e não é desmerecer a categoria, trabalha de Uber hoje (…) Ela fez vaquinha para pagar algumas coisas da conta dela”, disse ele.
Quais as dificuldades de Juliana?

Apesar de ser filha de um artista consagrado, Juliana Aragão enfrenta dificuldades financeiras. Ela já recorreu a campanhas online para arrecadar fundos para despesas pessoais, como a compra de medicamentos e o conserto do ar-condicionado do carro que utiliza para trabalhar. Essas iniciativas revelam uma realidade desafiadora, contrastando com a imagem de sucesso associada ao nome de Renato Aragão.
A história de Juliana Aragão trouxe à tona discussões sobre preconceito, aceitação e a complexidade das relações familiares. O caso também destaca a importância de se discutir a inclusão e o respeito à diversidade, especialmente em famílias com grande visibilidade pública. A situação de Juliana serve como um lembrete da necessidade de empatia e compreensão em todas as esferas da sociedade.