Em meio ao agravamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta sexta-feira (11) que o presidente norte-americano Donald Trump continua confiante na possibilidade de firmar um acordo com o governo chinês.
“O presidente tem reiterado sua disposição em negociar com a China”, declarou Leavitt durante uma coletiva. “Entretanto, a continuidade das represálias por parte de Pequim não será benéfica para eles”, alertou.
Qual o contexto das declarações da Casa Branca?
▶️ A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (11/4), que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está otimista quanto a um acordo comercial com a China. A declaração acontece dias após Trump aumentar as taxas sobre os… pic.twitter.com/Oq7PeI02KH
— Metrópoles (@Metropoles) April 11, 2025
As declarações surgem após a China anunciar um novo aumento nas tarifas de importação, elevando-as para até 125% em resposta às medidas adotadas por Washington. Na véspera, os Estados Unidos haviam confirmado a elevação das tarifas sobre produtos chineses para 145%.
Um representante do Ministério do Comércio chinês criticou a postura norte-americana, alegando que a escalada tarifária se tornou uma estratégia puramente numérica, sem respaldo econômico real. “Essas ações revelam a tentativa dos EUA de utilizar tarifas como instrumento de pressão e intimidação, o que acabou se tornando motivo de escárnio”, afirmou o porta-voz.
Também nesta sexta-feira, o presidente da China, Xi Jinping, comentou publicamente pela primeira vez sobre o conflito comercial. Durante um encontro com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, em Pequim, Xi reforçou que a China está preparada para enfrentar as adversidades.
Quais são os impactos econômicos da guerra comercial?
A guerra comercial entre Estados Unidos e China tem gerado impactos significativos em diversas áreas da economia global. As tarifas impostas por ambos os países resultaram em aumentos de preços para consumidores e empresas, além de afetarem as cadeias de suprimentos internacionais. Setores como tecnologia, agricultura e manufatura têm sentido os efeitos das tarifas, com empresas buscando alternativas para minimizar os custos adicionais.
Além disso, a incerteza gerada pela disputa tarifária tem levado a uma volatilidade nos mercados financeiros, com investidores preocupados com o potencial de uma desaceleração econômica global. As tensões comerciais também têm influenciado as políticas monetárias de diversos países, que buscam mitigar os efeitos negativos em suas economias.
Como a China está respondendo às tarifas dos EUA?

Em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos, a China tem adotado uma postura de resistência e autossuficiência. O presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a China não teme as pressões externas e que o país continuará focado em seu desenvolvimento interno. A estratégia chinesa tem sido diversificar suas parcerias comerciais e fortalecer seu mercado interno para reduzir a dependência das exportações para os Estados Unidos.
Além disso, a China tem buscado expandir sua influência econômica em outras regiões, como a Ásia e a África, através de iniciativas como a Nova Rota da Seda. Essa abordagem visa criar novas oportunidades de comércio e investimento, minimizando os impactos das tarifas americanas
O futuro das relações comerciais entre Estados Unidos e China permanece incerto, com negociações ainda em andamento e a possibilidade de novas tarifas sendo discutidas. A resolução da guerra comercial dependerá da capacidade de ambos os países em encontrar um terreno comum que permita um acordo mutuamente benéfico.