O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou publicamente nesta sexta-feira (11/4), após ser hospitalizado com dores abdominais, resultado de complicações relacionadas ao atentado que sofreu em 2018.
Segundo informações do Metrópoles/Paulo Cappelli, em uma conversa por vídeo, Bolsonaro relatou que ainda não há previsão para sua alta médica e comentou sobre seus planos após deixar o Hospital Rio Grande, localizado em Natal (RN).
Como Bolsonaro explicou a situação?
– Sigo internado no Hospital Rio Grande, em Natal, após sentir fortes dores abdominais durante a agenda que cumpria no interior do Rio Grande do Norte.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 11, 2025
– A causa foi uma complicação no intestino delgado, consequência das múltiplas cirurgias que precisei realizar após o atentado… pic.twitter.com/UxU0pJFWII
O médico pessoal de Jair Bolsonaro, o cirurgião Antonio Macedo, está acompanhando de perto o estado de saúde do ex-presidente. Segundo Macedo, Bolsonaro apresentou uma diminuição no funcionamento do intestino, condição que pode ser uma paralisia ou obstrução intestinal. Essa situação requer atenção especial, pois o intestino foi a parte mais afetada pela facada de 2018.
“Ainda estou sem previsão de alta. Esse protocolo médico precisa ser seguido corretamente. Quando eu tiver alta, volto para casa, em Brasília, e, depois de 10 ou 15 dias, retorno ao Nordeste para retomar as agendas da Rota 22”, afirmou o ex-presidente Bolsonaro. “Já estou quase 100% e continuo chipado”, brincou.
Atualmente, Bolsonaro está sendo medicado e o caso não é considerado grave. No entanto, existe a possibilidade de que uma cirurgia seja necessária para desobstruir o intestino e restaurar seu funcionamento normal. A decisão sobre a cirurgia dependerá da evolução do quadro clínico nos próximos dias.
Como a facada de 2018 ainda afeta a saúde de Bolsonaro?
A facada sofrida por Bolsonaro em 2018 deixou sequelas significativas, especialmente no sistema digestivo. A fragilidade nas alças intestinais é uma das principais preocupações médicas, pois pode afetar a evacuação e causar complicações abdominais. Devido a isso, a dieta oral foi suspensa temporariamente para evitar agravamento do quadro.
Se a cirurgia for necessária, ela será focada na desobstrução do intestino. O procedimento poderá ser realizado em Natal ou em São Paulo, dependendo da logística e da avaliação médica. O cirurgião Antonio Macedo está preparado para se deslocar e realizar a operação, caso seja preciso.
Problemas de saúde recorrentes:
- Dores abdominais: Bolsonaro frequentemente é hospitalizado devido a fortes dores abdominais, que ele e seus médicos associam diretamente às consequências da facada.
- Obstruções intestinais: O ex-presidente passou por diversas cirurgias no sistema digestivo após o ataque, incluindo a colocação e remoção de uma bolsa de colostomia. Essas intervenções o tornaram mais propenso a obstruções intestinais, que exigem internação e tratamento.
- Infecções: As cirurgias e o trauma abdominal podem aumentar o risco de infecções, que também levaram a hospitalizações de Bolsonaro.
Episódios recentes:
- Em janeiro de 2023, logo após deixar a presidência, Bolsonaro foi internado nos Estados Unidos com fortes dores abdominais, mais uma vez relacionadas à facada de 2018.
Outras considerações:
- Apesar dos problemas de saúde, Bolsonaro tem mantido uma agenda política ativa e manifesta a intenção de concorrer nas eleições presidenciais de 2026, embora esteja inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral até 2030.
Quais os próximos passos na recuperação?

Após a recuperação, Jair Bolsonaro planeja retornar à sua residência em Brasília e, após um período de repouso, retomar suas atividades políticas. Ele pretende continuar com a “Rota 22”, um tour nacional que havia iniciado antes da internação. Essa agenda inclui visitas a diversas regiões do Brasil, com foco especial no Nordeste.
Bolsonaro mantém uma postura otimista em relação à sua recuperação e está ansioso para retomar suas atividades. Ele continua sob monitoramento médico e aguarda a evolução de seu quadro clínico para definir os próximos passos.