Na manhã desta quinta-feira (10/4), a Polícia Federal deflagrou uma operação em Sorocaba, São Paulo, que chamou a atenção nacional. O prefeito da cidade, Rodrigo Manga, tornou-se alvo de uma investigação relacionada a desvios de recursos públicos destinados à saúde. A operação, denominada “Copia e Cola“, visa desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes na administração de serviços de saúde no município.
Rodrigo Manga, que recentemente anunciou sua intenção de concorrer à Presidência da República em 2026, caso o governador Tarcísio de Freitas opte pela reeleição, está no centro das atenções. A operação ocorre em meio a este cenário político, trazendo à tona questões sobre a gestão de recursos públicos e a integridade das administrações municipais.
Como a Operação “Copia e Cola” foi deflagrada?

O gestor municipal recentemente declarou interesse em disputar a Presidência da República nas eleições de 2026, caso o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decida concorrer à reeleição.
As investigações começaram em 2022, a partir de indícios de irregularidades na contratação de uma Organização Social (OS) encarregada da gestão de serviços de saúde no município de Sorocaba. O inquérito revelou também possíveis práticas de lavagem de dinheiro, realizadas por meio de depósitos em dinheiro vivo, quitação de boletos e transações imobiliárias suspeitas.
Mais de 100 agentes federais participam da operação, que cumpre 28 mandados de busca e apreensão autorizados pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região. As ações ocorrem em diversas cidades paulistas, como Sorocaba, Votorantim, São Bernardo do Campo, Santo André, Osasco, entre outras, além de um mandado executado em Vitória da Conquista, na Bahia.
Quais são as acusações?
Os investigados enfrentam acusações graves, incluindo corrupção passiva e ativa, ocultação de capitais, peculato, contratação direta ilegal e frustração de licitação. As ações fraudulentas envolvem depósitos em espécie, pagamento de boletos e transações imobiliárias suspeitas. Além disso, a Justiça determinou o sequestro de bens e valores que somam até 20 milhões de reais, e a proibição da OS investigada de firmar novos contratos com o poder público.
Qual o impacto político e social da operação?
A operação tem repercussões significativas tanto no cenário político quanto social. A investigação coloca em xeque a gestão de Rodrigo Manga e levanta questões sobre a transparência e a ética na administração pública. Além disso, a operação destaca a importância de mecanismos de controle e fiscalização na aplicação de recursos públicos, especialmente em áreas sensíveis como a saúde.
O desenrolar das investigações e suas consequências legais para os envolvidos serão acompanhados de perto, enquanto a sociedade aguarda respostas sobre o destino dos recursos que deveriam ter sido destinados ao bem-estar da população.