Um estudo recente da NASA trouxe à tona preocupações significativas sobre o impacto do calor extremo em várias regiões do Brasil nas próximas décadas. De acordo com a pesquisa, as mudanças climáticas globais estão intensificando as temperaturas, o que pode tornar certas áreas do país inabitáveis. As regiões do Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste são apontadas como as mais vulneráveis a essas mudanças.
Os cientistas adotaram uma abordagem abrangente, analisando não apenas a temperatura do ar, mas também a sensação térmica e a umidade. Esses fatores combinados podem amplificar os efeitos do calor, representando um risco maior para a saúde humana.
Como a NASA alerta sobre as regiões do Brasil?
Essas análises se baseiam no conceito de temperatura de bulbo úmido, que combina calor e umidade relativa do ar. Quando essa temperatura ultrapassa os 35°C, o corpo humano tem extrema dificuldade de se resfriar através da transpiração, tornando as condições potencialmente fatais mesmo à sombra.

As regiões do Brasil apontadas como mais vulneráveis a essas condições nos próximos 50 anos incluem:
- Centro-Oeste: Áreas com elevadas temperaturas e umidade em certas épocas do ano.
- Nordeste: Regiões já suscetíveis ao calor intenso, que pode ser exacerbado pela umidade.
- Norte: A combinação de alta temperatura e umidade natural da região amazônica é um fator de risco.
- Sudeste: Especialmente áreas urbanizadas como Rio de Janeiro e São Paulo, onde o asfalto contribui para aumentar a sensação térmica, e regiões costeiras com alta umidade.
É importante notar que:
- Essas projeções dependem de diversos fatores, incluindo o ritmo das mudanças climáticas e as medidas de mitigação adotadas globalmente.
- A NASA não divulgou um estudo específico com um alerta direto de inabitabilidade para o Brasil em 50 anos.
- Outras regiões do mundo, como o sul da Ásia, o Golfo Pérsico e partes da China e do Sudeste Asiático, também são consideradas vulneráveis a condições de calor extremo inabitáveis.
Como o calor extremo afeta a saúde?
O calor intenso pode ter consequências graves para a saúde das pessoas. Quando as temperaturas excedem 37°C, especialmente em condições de alta umidade, o corpo humano pode ter dificuldade em regular sua temperatura interna. Isso pode levar a problemas como exaustão pelo calor e insolação, que, em casos extremos, podem resultar em danos sérios à saúde.
Além disso, o calor pode agravar condições de saúde preexistentes, como doenças respiratórias e cardiovasculares. Estudos mostram que há diversos problemas de saúde relacionados ao calor que podem ser fatais, mesmo sem exposição direta ao sol.
Quais outras regiões do mundo estão em risco?
Além do Brasil, outras partes do mundo também enfrentam riscos semelhantes devido ao calor extremo. Regiões como o sul da Ásia, o Golfo Pérsico e partes da China e do Sudeste Asiático estão sob ameaça de condições climáticas extremas. As previsões são baseadas em dados de satélite e modelos climáticos que indicam aumentos significativos na temperatura de bulbo úmido.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o calor extremo foi responsável por um grande número de mortes anuais nas últimas duas décadas. No entanto, acredita-se que o número real possa ser ainda maior devido à subnotificação.
Medidas para Enfrentar o Calor Extremo:
Para mitigar os efeitos do calor extremo, é essencial adotar estratégias de adaptação e mitigação. Reduzir as emissões de gases de efeito estufa é crucial para controlar o aquecimento global. Além disso, a conservação ambiental, incluindo o combate ao desmatamento e às queimadas, é vital para proteger o meio ambiente e as populações humanas.
- Implementar políticas de conservação ambiental
- Promover práticas sustentáveis e consumo consciente
- Desenvolver sistemas de alerta precoce para ondas de calor
- Educar e conscientizar a população sobre os riscos climáticos
O estudo da NASA destaca a urgência de ações coordenadas em nível global. O calor extremo representa não apenas um desafio ambiental, mas também uma questão de saúde pública que requer atenção imediata e esforços conjuntos para garantir um futuro habitável.