O adolescente Miguel Oliveira, de 15 anos, conhecido por atuar como “pastor mirim”, foi impedido pelo Conselho Tutelar de continuar realizando pregações em templos religiosos. A medida foi adotada após o jovem ter recebido ameaças em decorrência de declarações feitas durante cultos evangélicos, conforme divulgado pelo portal Terra.
A decisão foi anunciada na segunda-feira (28/4) pela página Assembleianos de Valor. Segundo a publicação, a determinação foi resultado de uma reunião envolvendo o Conselho Tutelar, os pais de Miguel — Érica e Marcelo — e o pastor Marcinho Silva, líder da Assembleia de Deus Avivamento Profético, congregação onde o jovem costumava pregar.
Quais os impactos da decisão do Conselho Tutelar sobre Miguel?

Além de suspender, por tempo indeterminado, sua participação em eventos religiosos, o Conselho também impôs o afastamento das redes sociais. Com isso, Miguel está proibido de utilizar seu perfil no Instagram, onde possui aproximadamente 1 milhão de seguidores, assim como de fazer transmissões ou manifestações religiosas pela internet.
Outra medida definida exige que o adolescente deixe o ensino a distância e retome as aulas presenciais em sua escola regular.
Nos últimos tempos, Miguel se envolveu em controvérsias nas redes sociais. Em uma gravação recente, ele aparece durante um culto rasgando exames médicos de uma mulher, enquanto afirma: “Eu rasgo o câncer, eu filtro o seu sangue e eu curo a leucemia”.
As críticas a esse tipo de conduta levaram o Conselho a avaliar a situação e concluir que havia risco à saúde emocional do jovem, o que motivou a intervenção. Não há previsão para a retomada de suas atividades religiosas ou digitais.
Quais são os riscos do uso excessivo das redes sociais?
O uso excessivo das redes sociais pode levar a uma série de problemas emocionais e sociais. Entre os riscos mais comuns estão a ansiedade, a depressão e a baixa autoestima. A constante comparação com os outros e a busca por validação através de curtidas e comentários podem afetar negativamente a saúde mental dos adolescentes.
Além disso, a exposição pública pode aumentar a vulnerabilidade a críticas e cyberbullying. No caso de Miguel, suas declarações durante cultos evangélicos e a repercussão negativa nas redes sociais resultaram em ameaças e críticas, levando o Conselho Tutelar a intervir para proteger sua integridade emocional.
Como o afastamento das redes sociais pode beneficiar os adolescentes?
O afastamento das redes sociais pode oferecer aos adolescentes a oportunidade de se reconectar com o mundo real e desenvolver habilidades sociais fora do ambiente digital. Retornar às aulas presenciais, por exemplo, pode ajudar a fortalecer as interações face a face e promover um senso de comunidade e pertencimento.
Para Miguel, a suspensão de suas atividades online e o retorno às aulas presenciais podem proporcionar um ambiente mais estável e seguro para seu desenvolvimento pessoal. Essa medida visa reduzir a pressão da exposição pública e permitir que ele se concentre em seu crescimento emocional e acadêmico.
O que o futuro reserva para Miguel Oliveira?
O futuro de Miguel Oliveira ainda é incerto, mas as medidas tomadas pelo Conselho Tutelar visam garantir sua segurança e bem-estar. A suspensão de suas atividades religiosas e digitais pode ser temporária, mas é essencial para proporcionar um ambiente mais seguro para seu desenvolvimento pessoal.
À medida que ele se adapta a essa nova fase, é importante que Miguel receba apoio contínuo de sua família, escola e comunidade para ajudá-lo a navegar pelos desafios associados à sua exposição pública e ao uso das redes sociais. Com o tempo, ele poderá retomar suas atividades de forma mais equilibrada e saudável.