O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 25 de março de 2025 o julgamento de uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A acusação envolve uma suposta trama para anular as eleições de 2022. O ministro Cristiano Zanin será responsável por conduzir o julgamento, que ocorrerá em três sessões, com a primeira iniciando às 9h30.
Entre os crimes imputados a Bolsonaro e outros envolvidos estão a suposta liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. O caso é parte de uma denúncia mais ampla que envolve 34 pessoas, divididas em três núcleos.
Como Bolsonaro é acusado?

A denúncia contra Jair Bolsonaro e outros acusados foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ela detalha uma série de crimes que teriam sido cometidos com o objetivo de desestabilizar o processo democrático no Brasil. O chamado “Núcleo 1” da denúncia inclui, além de Bolsonaro, figuras como Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Braga Netto.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, já havia liberado o processo para julgamento presencial. O STF agora deve decidir se aceita ou não as acusações, em um julgamento que será acompanhado de perto por todo o país.
Como as defesas estão se posicionando?
As defesas dos acusados, incluindo a de Bolsonaro, apresentaram uma série de argumentos para tentar anular a denúncia. Um dos pontos centrais é o pedido de anulação do acordo de delação premiada do ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid. A defesa alega que Cid foi pressionado a colaborar, comprometendo seu direito de defesa.
No entanto, a PGR rebateu essas alegações, afirmando que Cid esteve sempre acompanhado de seus advogados e que o acordo de colaboração foi mantido judicialmente. A PGR também destacou que Cid reforçou a voluntariedade do acordo e seu compromisso com as cláusulas estabelecidas.
O julgamento no STF será um momento crucial para determinar o futuro legal de Jair Bolsonaro e dos outros acusados. Os ministros Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino analisarão se as acusações devem ser aceitas. Caso a denúncia seja aceita, o processo seguirá para a fase de instrução, onde serão coletadas provas e ouvidas testemunhas.
O desfecho deste julgamento poderá ter implicações significativas para o cenário político brasileiro, especialmente considerando o peso das acusações e o envolvimento de figuras de alto escalão do governo anterior.
Qual o impacto do julgamento no cenário político?
O julgamento de Jair Bolsonaro no STF ocorre em um momento delicado para a política brasileira. As acusações de tentativa de golpe de Estado e outros crimes graves levantam questões sobre a integridade do processo democrático no país. Além disso, o resultado do julgamento pode influenciar futuras eleições e a confiança do público nas instituições governamentais.
– Nos EUA, a perseguição contra @realDonaldTrump e as ridículas acusações de "insurreição" levaram quase 5 anos para serem convertidas em denúncia formal – e depois foram reduzidas a pó pela escolha soberana do povo americano. Tudo correu na primeira instância, com uma breve… pic.twitter.com/sQbYsDwAXZ
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 13, 2025