A professora norte-americana Katie Donnell, de 28 anos, considerada um exemplo de vida saudável por sua família, faleceu repentinamente após sofrer um ataque cardíaco. Sua mãe, Lori Barranon, acredita que o consumo excessivo de energéticos pode ter sido o responsável pela tragédia, já que a jovem não apresentava histórico de problemas cardíacos.
Segundo Lori, Katie sofria de ansiedade e já havia buscado ajuda médica diversas vezes. No entanto, fazia uso frequente de energéticos, chegando a consumir até três latas por dia, além de ingerir suplementos de cafeína antes de suas sessões de exercícios, que aconteciam duas vezes ao dia.
Como o caso aconteceu?

O colapso ocorreu enquanto Katie estava reunida com amigos. De repente, seus olhos se reviraram, e os presentes inicialmente suspeitaram de um AVC. No entanto, logo perceberam que se tratava de uma parada cardíaca. A equipe de emergência chegou rapidamente, mas enfrentou dificuldades para entubá-la, resultando em uma prolongada falta de oxigenação no cérebro.
Os médicos tentaram reanimá-la por três horas e, no hospital, suspeitaram de possível uso de drogas. Diante da gravidade do quadro, Katie foi colocada em coma induzido por 10 dias. No entanto, a cada tentativa de despertá-la, a jovem sofria convulsões, tornando a recuperação inviável.
Sem perspectivas de melhora, a família tomou a dolorosa decisão de desligar os aparelhos que a mantinham viva. Os médicos indicaram que o consumo excessivo de energéticos poderia ter sido um fator determinante para a morte, embora não fosse possível confirmar com certeza.
Abalada, Lori deixou um alerta em entrevista ao jornal The Sun: “Tenho certeza de que foi isso que a matou. Mantenham seus filhos longe dos energéticos, ou vocês podem acabar como eu, com a vida destruída”.
Quais são os efeitos dos energéticos no organismo?
Os energéticos são conhecidos por conterem altas doses de cafeína, taurina e outros compostos que prometem aumentar a energia e a concentração. No entanto, esses ingredientes podem causar efeitos colaterais significativos. O consumo excessivo pode levar a sintomas como insônia, arritmia cardíaca, aumento da pressão arterial e até convulsões.
Especialistas alertam que, quando combinados com atividades físicas intensas, os energéticos podem aumentar o risco de problemas cardiovasculares. A nutricionista Regiane Cruz explica que a combinação de substâncias estimulantes com o esforço físico pode resultar em complicações graves, como infartos.
Como evitar os riscos associados aos energéticos?
Para minimizar os riscos, é importante que os consumidores estejam cientes das quantidades seguras de consumo de cafeína. Recomenda-se que adultos saudáveis não excedam 400 mg de cafeína por dia, o que equivale a cerca de quatro xícaras de café. No entanto, muitas bebidas energéticas contêm quantidades significativas de cafeína em uma única porção, o que pode facilmente levar ao consumo excessivo.
Além disso, é crucial que as pessoas evitem combinar energéticos com outras fontes de cafeína ou medicamentos que possam interagir negativamente com esses produtos. Consultar um profissional de saúde antes de iniciar o consumo regular de energéticos é uma medida prudente, especialmente para aqueles com condições de saúde preexistentes.
1. Moderação é fundamental:
- Limite o consumo: A quantidade segura de energéticos varia de pessoa para pessoa, mas geralmente é recomendado não exceder uma lata por dia.
- Não misture com álcool: A combinação de energéticos e álcool pode mascarar os efeitos do álcool, levando a um consumo excessivo e aumentando o risco de intoxicação.
2. Atenção aos ingredientes:
- Cafeína: Verifique a quantidade de cafeína na bebida e evite consumir outras fontes de cafeína ao mesmo tempo.
- Açúcar: Muitos energéticos são ricos em açúcar, o que pode levar ao ganho de peso, cáries e outros problemas de saúde. Opte por versões com baixo teor de açúcar ou sem açúcar.
- Outros estimulantes: Alguns energéticos contêm outros estimulantes, como taurina e guaraná, que podem aumentar os efeitos da cafeína e apresentar riscos adicionais.
3. Grupos de risco:
- Crianças e adolescentes: O consumo de energéticos não é recomendado para crianças e adolescentes, pois seus corpos são mais sensíveis aos efeitos da cafeína e outros estimulantes.
- Gestantes e lactantes: Grávidas e lactantes devem evitar energéticos devido aos riscos para o bebê.
- Pessoas com problemas de saúde: Indivíduos com problemas cardíacos, hipertensão, ansiedade ou outros problemas de saúde devem consultar um médico antes de consumir energéticos.
4. Alternativas mais saudáveis:
- Sono adequado: Priorize uma boa noite de sono para ter energia naturalmente.
- Alimentação equilibrada: Consuma alimentos nutritivos que forneçam energia sustentada ao longo do dia.
- Exercícios físicos: A prática regular de exercícios físicos pode aumentar os níveis de energia e melhorar o humor.
- Hidratação: Beba água suficiente para se manter hidratado e evitar a fadiga.
5. Consulte um profissional de saúde:
- Se você tiver dúvidas sobre o consumo de energéticos ou se sentir algum efeito colateral, consulte um médico ou nutricionista.
O que a sociedade pode fazer para conscientizar sobre os perigos dos energéticos?
A conscientização sobre os riscos dos energéticos é fundamental para prevenir casos como o de Katie Donnell. Campanhas educativas podem ajudar a informar o público sobre os perigos do consumo excessivo e a importância de moderar a ingestão dessas bebidas. Além disso, é necessário que haja uma regulamentação mais rigorosa sobre a rotulagem e a publicidade dos energéticos, garantindo que os consumidores tenham acesso a informações claras e precisas.
Famílias, escolas e comunidades desempenham um papel vital na educação dos jovens sobre os riscos associados aos energéticos. Promover hábitos de vida saudáveis e alternativas naturais para aumentar a energia e a concentração pode ajudar a reduzir a dependência dessas bebidas.
O caso de Katie Donnell serve como um alerta sobre os perigos do consumo excessivo de energéticos. Embora essas bebidas possam oferecer um impulso temporário, os riscos associados ao seu uso exagerado são significativos. A conscientização e a educação são ferramentas essenciais para proteger a saúde pública e evitar tragédias semelhantes no futuro.