O Vaticano divulgou nesta terça-feira (4/3) informações sobre o estado de saúde do Papa Francisco, que atualmente tem 88 anos. Segundo a atualização, o pontífice passou por uma noite tranquila e continua em repouso. Na segunda-feira, ele enfrentou dois episódios de insuficiência respiratória aguda, o que exigiu o uso de equipamentos para auxiliar na respiração, embora não tenha sido necessária a intubação.
Os problemas respiratórios do Papa foram atribuídos a um acúmulo significativo de muco endobrônquico, resultando em broncoespasmo. Para tratar essa condição, foram realizadas duas broncoscopias para aspirar as secreções. A ventilação mecânica não invasiva foi retomada à tarde, e o Papa permaneceu vigilante e colaborativo durante todo o processo. O prognóstico ainda é reservado, o que indica que o estado de saúde é grave e requer cuidados intensivos.
Como está a internação e o tratamento do Papa?
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— Vatican News (@vaticannews_pt) March 4, 2025
O Papa Francisco está internado no Hospital Gemelli, em Roma, desde 14 de fevereiro. Inicialmente, ele foi diagnosticado com bronquite, mas a condição evoluiu para pneumonia, afetando ambos os pulmões. Esta internação marca a ausência mais prolongada do Papa desde o início de seu papado em março de 2013. Os médicos do Vaticano ainda não determinaram a duração do tratamento necessário.
O prognóstico reservado sugere que a situação do Papa é crítica e demanda atenção médica contínua. Apesar disso, a evolução do quadro clínico ainda é incerta, e a equipe médica está monitorando de perto sua recuperação.
O que é broncoespasmo?
Na sexta-feira anterior, o Papa Francisco apresentou um agravamento similar em seu quadro de saúde. O broncoespasmo é uma condição que causa dificuldade respiratória aguda, frequentemente seguida por episódios de vômito com inalação. Esse fenômeno é conhecido como broncoaspiração, onde o conteúdo do vômito é aspirado para os pulmões, agravando ainda mais a condição respiratória.
Durante o fim de semana, o Papa não apresentou novos episódios de insuficiência respiratória aguda, mas a situação voltou a se complicar na segunda-feira. A equipe médica continua a trabalhar para estabilizar sua condição e garantir a melhor recuperação possível.
Causas do broncoespasmo:
- Asma: A asma é uma das principais causas de broncoespasmo. Nela, as vias aéreas são hipersensíveis e reagem a diversos estímulos, como alérgenos, irritantes e exercícios, desencadeando a contração dos brônquios.
- Bronquite: A bronquite, inflamação dos brônquios, também pode causar broncoespasmo, especialmente em crianças.
- Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): A DPOC, uma doença pulmonar progressiva, causa inflamação e estreitamento das vias aéreas, levando ao broncoespasmo.
- Refluxo gastroesofágico (DRGE): O refluxo ácido do estômago para o esôfago pode irritar as vias aéreas e desencadear broncoespasmo.
- Exposição a irritantes: A inalação de fumaça, poeira, produtos químicos e outros irritantes pode causar broncoespasmo.
- Exercício físico: Em algumas pessoas, o exercício físico pode desencadear broncoespasmo, conhecido como broncoespasmo induzido por exercício (BIE).
- Infecções respiratórias: Infecções como bronquiolite e pneumonia podem causar broncoespasmo, principalmente em crianças pequenas.
Sintomas do broncoespasmo:
- Falta de ar
- Chiado no peito
- Tosse
- Aperto no peito
- Dificuldade para respirar profundamente
- Respiração rápida e superficial
Como o Vaticano está lidando com a situação?
O Vaticano tem mantido o público informado sobre a saúde do Papa Francisco através de comunicados regulares. A Santa Sé está empenhada em garantir que o pontífice receba o melhor cuidado médico disponível, enquanto também respeita sua privacidade durante este período delicado.
Embora a situação seja preocupante, a comunidade católica mundial permanece em oração pela recuperação do Papa. A liderança do Vaticano continua a operar normalmente, assegurando que as atividades da Igreja não sejam interrompidas.
Com a saúde do Papa Francisco sob vigilância, surgem especulações sobre o futuro de seu papado. No entanto, até o momento, não há indicações de que ele esteja considerando renunciar. A Igreja Católica tem protocolos estabelecidos para lidar com a saúde de seus líderes, e qualquer decisão será tomada com base no melhor interesse do Papa e da Igreja.
