Na madrugada desta segunda-feira (24/3), um terremoto de magnitude 5,3 foi registrado no Chile, conforme informações do Centro Sismológico Nacional do país. O evento sísmico ocorreu na região norte da comuna La Serena, a uma profundidade de 84,9 km, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Embora o tremor tenha sido sentido, ele não causou grandes danos, o que levanta questões sobre o impacto de terremotos de diferentes magnitudes.
O Chile é conhecido por sua atividade sísmica frequente, devido à sua localização na borda da Placa de Nazca e da Placa Sul-Americana. Este evento recente é mais um lembrete da importância de entender a magnitude dos terremotos e seu potencial de destruição. Compreender a escala de magnitude e os efeitos associados é crucial para a preparação e resposta a desastres naturais.
Aviso de nuevo sismo. 🇨🇱
— Chile Alerta 🇨🇱⚠🌎 (@ChileAlertaApp) March 24, 2025
4.6 (Ml) – 38 km al oeste de Coronel.
2025/03/24 00:37:44
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Como a magnitude de um terremoto é medida?
A magnitude de um terremoto é uma medida da energia liberada durante o evento sísmico. Esta medida é crucial para determinar o potencial de destruição do tremor. A escala de magnitude é logarítmica, o que significa que cada aumento de um ponto na escala representa uma liberação de energia aproximadamente 32 vezes maior. Portanto, um terremoto de magnitude 6,0 é significativamente mais poderoso que um de 5,0.
De acordo com a universidade americana Michigan Tech, os terremotos são classificados em diferentes intervalos de magnitude, cada um com seu potencial de danos específico. Terremotos de magnitude até 2,5 geralmente não são sentidos, mas são registrados por sismógrafos. Já aqueles entre 2,5 e 5,4 podem ser sentidos, mas causam apenas pequenos danos.
Escala Richter:
- Desenvolvida por Charles Richter em 1935, essa escala mede a magnitude de um terremoto com base na amplitude das ondas sísmicas registradas por sismógrafos.
- É uma escala logarítmica, o que significa que um aumento de um ponto na escala representa um aumento de dez vezes na amplitude das ondas e cerca de 31,6 vezes na energia liberada.
- Embora ainda seja usada, a Escala Richter é mais precisa para terremotos de magnitude moderada e para distâncias específicas do epicentro.
Escala de Magnitude de Momento (Mw):
- Considerada a escala mais precisa para medir a magnitude de terremotos, especialmente os de grande porte.
- Baseia-se no momento sísmico, que leva em consideração a área da falha geológica que se moveu, o deslocamento médio nessa falha e a rigidez das rochas.
- Assim como a Escala Richter, a Mw é uma escala logarítmica.
Escala de Intensidade de Mercalli Modificada (MMI):
- Ao contrário das escalas de magnitude, a MMI mede a intensidade de um terremoto com base nos efeitos observados na superfície da Terra, como danos a construções e relatos de pessoas.
- É uma escala qualitativa, variando de I (não sentido) a XII (destruição total).
- A MMI fornece uma avaliação dos efeitos de um terremoto em uma determinada área, enquanto as escalas de magnitude fornecem uma medida da energia total liberada no epicentro.
Quais são os impactos de terremotos de diferentes magnitudes?
Os impactos de um terremoto variam significativamente conforme a magnitude. Para magnitudes entre 5,5 e 6,0, os danos a edifícios e outras estruturas são comuns. Quando a magnitude está entre 6,1 e 6,9, os danos podem ser extensos, especialmente em áreas densamente povoadas. Terremotos de magnitude entre 7,0 e 7,9 são considerados grandes, causando destruição significativa em áreas habitadas.
Para terremotos de magnitude 8,0 ou mais, o potencial de destruição é extremo, podendo devastar comunidades inteiras próximas ao epicentro. O Chile, por exemplo, já experimentou um terremoto de magnitude 9,5 em 1960, o maior já registrado, causando destruição em larga escala.
Como o Chile está preparado para enfrentar terremotos?

O Chile possui uma infraestrutura robusta para monitorar e responder a terremotos, devido à sua história de atividade sísmica intensa. O país investe em tecnologias avançadas de detecção e sistemas de alerta precoce para minimizar os impactos dos terremotos. Além disso, a construção de edifícios resistentes a terremotos é uma prioridade nas áreas urbanas, visando reduzir os danos e proteger vidas.
A preparação e a educação da população também são fundamentais. Programas de treinamento e simulações de evacuação são realizados regularmente para garantir que os cidadãos saibam como agir em caso de emergência. Essas medidas, combinadas com o monitoramento contínuo, ajudam a mitigar os riscos associados aos terremotos no Chile.
O recente terremoto de magnitude 5,3 no Chile destaca a importância de compreender a magnitude dos terremotos e seus potenciais impactos. Com uma infraestrutura sólida e uma população bem preparada, o Chile continua a ser um exemplo de resiliência em face de desastres naturais. A educação contínua e o investimento em tecnologia são essenciais para enfrentar os desafios futuros e proteger a população de eventos sísmicos.