Em um episódio que chamou a atenção do Brasil, Débora Rodrigues dos Santos foi julgada por sua participação nos atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. O caso ganhou notoriedade após Débora ser fotografada pichando a frase “Perdeu, mané” em uma estátua em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. A frase, que remete a uma declaração do presidente do STF, Roberto Barroso, tornou-se um símbolo das tensões políticas do período. Hoje o ministro Alexandre de Moraes votou.
O julgamento de Débora está sendo conduzido pela Primeira Turma do STF, com o ministro Alexandre de Moraes atuando como relator. Nesta sexta-feira (21/3), Moraes votou pela condenação de Débora a 14 anos de prisão, dos quais 12 anos e 6 meses devem ser cumpridos em regime fechado. Além disso, a pena inclui 1 ano e 6 meses de detenção em regime aberto e o pagamento de 100 dias-multa.
Como a mulher é acusada?

Débora foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em julho de 2024 por uma série de crimes, incluindo associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado. A denúncia foi aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF, que agora analisa a condenação da ré. O caso é emblemático dos esforços das autoridades brasileiras para responsabilizar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
A frase pichada por Débora faz referência a um episódio ocorrido em novembro de 2022, quando o presidente do STF, Roberto Barroso, foi gravado em Nova York dizendo “Perdeu, mané, não amola” a um manifestante. A declaração de Barroso foi feita após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais, e a frase rapidamente se tornou um símbolo das divisões políticas no país.
Quem vota além de Moraes
O julgamento de Débora ocorre em um plenário virtual, onde os ministros do STF depositam seus votos em uma plataforma online, sem debates presenciais. Além de Alexandre de Moraes, os ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino, Luiz Fux e Cristiano Zanin têm até o final de março de 2025 para se manifestar sobre o caso. Débora está presa desde março de 2023, após ser alvo da 8ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os participantes e financiadores dos atos.
Qual é o impacto do caso Débora Rodrigues?
O caso de Débora Rodrigues dos Santos é um exemplo significativo das tensões políticas e sociais que marcaram o Brasil nos últimos anos. A condenação proposta pelo ministro Alexandre de Moraes reflete a seriedade com que o STF está tratando os atos de 8 de janeiro. Além disso, o julgamento destaca a importância da justiça em um contexto de polarização política, buscando responsabilizar aqueles que atentaram contra a democracia brasileira.
Simbolismo e Política:
- A frase “perdeu, mané”, dita pelo ministro Luís Roberto Barroso do STF, tornou-se um símbolo da polarização política no Brasil.
- A pixação da estátua da Justiça com essa frase foi vista por muitos como um ato de desafio ao Supremo Tribunal Federal e ao sistema judicial brasileiro.
Consequências Legais:
- Débora Rodrigues foi acusada de participação nos atos de 8 de janeiro, incluindo vandalismo e tentativa de golpe de Estado.
- O ministro Alexandre de Moraes, do STF, votou para condená-la a 14 anos de prisão, destacando a gravidade dos crimes cometidos.
- O caso gerou debates sobre a proporcionalidade das penas e a interpretação dos crimes de participação em atos.
Repercussão na Mídia e na Sociedade:
- O caso atraiu grande atenção da mídia, com ampla cobertura dos atos de vandalismo e das acusações contra Débora Rodrigues.
- A sociedade brasileira se dividiu em relação ao caso, com opiniões divergentes sobre a gravidade dos atos e a justiça das punições.
- A defesa de Débora Rodrigues classificou a decisão como um “marco vergonhoso na história do Judiciário brasileiro”, e alega que a acusada jamais teve envolvimento com crimes.
Impacto no Debate sobre Liberdade de Expressão:
- O caso também levantou questões sobre os limites da liberdade de expressão e o direito de protesto.
- Alguns argumentaram que a pixação da estátua era um ato de expressão política, enquanto outros a consideraram vandalismo e desrespeito às instituições.