Fotógrafo que morreu na França. Foto: Reprodução/redes sociais.
O caso do fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, encontrado morto no rio Sena, na França, levanta questões sobre os desafios enfrentados por famílias em situações semelhantes. Flávio, que estava desaparecido há 45 dias, teve seu corpo encontrado em janeiro de 2025, e desde então, sua família busca trazer seus restos mortais de volta ao Brasil.
A mãe de Flávio, Marta Maria de Castro, está à frente dos esforços para realizar a cremação e o traslado do corpo para Minas Gerais. O processo tem sido complexo e oneroso, envolvendo questões burocráticas e financeiras significativas. A situação é agravada pela necessidade de arrecadar fundos para cobrir os custos envolvidos.
Quais são os desafios enfrentados pela família do fotógrafo?
Os desafios enfrentados pela família de Flávio são diversos. Em primeiro lugar, há o custo elevado da cremação e do traslado, que somam mais de R$ 23 mil. Além disso, as taxas bancárias e de câmbio representam um gasto adicional significativo. Marta Maria de Castro, a mãe do fotógrafo, recorreu a uma rifa virtual para arrecadar fundos, tentando alcançar R$ 60 mil para cobrir todas as despesas.
Outro obstáculo é a burocracia envolvida na transferência internacional de fundos e na obtenção de documentos necessários, como a certidão de óbito. A ausência deste documento impede a família de acessar contas bancárias e resolver pendências relacionadas ao apartamento de Flávio em Belo Horizonte.

Como a família do fotógrafo está lidando com a situação?
Para lidar com a situação, Marta Maria de Castro tem contado com o apoio de amigos e da comunidade. A rifa de uma bicicleta profissional, que pertencia a Flávio, é uma das estratégias adotadas para arrecadar fundos. Além disso, amigos da família, como Maria Iolanda da Silva, que reside na França, têm auxiliado nos trâmites burocráticos e na tentativa de recuperar os pertences de Flávio.
O consulado brasileiro em Paris também desempenha um papel importante, embora sua atuação se limite aos trâmites burocráticos, sem oferecer assistência financeira. A expectativa é que, após a chegada do pagamento à funerária, a cremação ocorra em poucos dias, permitindo que o processo de traslado avance.
Quais são as implicações legais e emocionais para a família?
As implicações legais e emocionais para a família de Flávio são significativas. Legalmente, a falta de um atestado de óbito impede o acesso a contas bancárias e a resolução de questões patrimoniais. Emocionalmente, a situação é desgastante, com Marta Maria de Castro relatando o uso de medicamentos desde o desaparecimento do filho.
Além disso, a família enfrenta despesas adicionais relacionadas ao apartamento de Flávio, que incluem aluguel e reformas. O advogado da família estima que o processo completo, desde a chegada das cinzas até a obtenção da certidão de óbito, pode levar pelo menos dois meses.
Em suma, o caso de Flávio de Castro Sousa destaca os desafios enfrentados por famílias em situações semelhantes, envolvendo questões financeiras, burocráticas e emocionais. A mobilização da comunidade e o apoio de amigos são fundamentais para superar essas dificuldades e permitir que a família possa dar um último adeus ao ente querido.